quarta-feira, 18 de julho de 2007

Nelson Rodrigues e a vida como ela é

Recentemente homenageado na última edição da Festa Literária Internacional de Parati, no início de julho, Nelson Rodrigues voltou aos holofotes.
 
Tive até o momento pouco contato com as obras em si do dramaturgo, cronista e polemista por vocação. No entanto, o que li e vi, adorei. Em muitas vezes, Nelson soa aparentemente simples, mas sua obra apresenta uma profundidade acerca da condição humana ímpar. Basta ler as frases que vão abaixo:
 
"Eu sou reacionário porque sou pela liberdade. O não reacionário é o comunista que não tem liberdade nem para fazer greve. O socialista ortodoxo teve que engolir a castração imposta pela URSS e vem me falar de liberdade?"
 
"Tudo passa, menos a adúltera. Nos botecos e nos velórios, na esquina e nas farmácias, há sempre alguém falando nas senhoras que traem. O amor bem-sucedido não interessa a ninguém."
 
"Nós nos achamos sujeitos formidáveis, mas realmente o ser humano só se salva quando chega a conhecer a própria hediondez. É isso que eu procuro quando escrevo: reconhecer a hediondez do ser humano."
 
"Meus personagens são tirados da vida real e da vida irreal. As pessoas se chocam porque se reconhecem. Elas se sentem despidas."
 
 

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