quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Tucano "vampiro"

Na política brasileira, tem até tucano "apreciador" de sangue humano...
 
Está na folhaonline. O deputado do PSDB da Paraíba, Ronaldo Cunha, encaminhou o pedido de renúncia ao seu mandato. Ele responde a um processo de tentativa de homicídio contra o ex-governador Tarcísio de Miranda, em 1993.
 
Ronaldo alega ter reagido a uma onda de difamações e ameaças feitas por Tarcísio a ele e a sua família.
 
Na política brasileira é assim: mesmo com pendenga na justiça, você pode ser eleito e exercer o mandato numa boa. Ao menos até a situação apertar e o seu nome ficar exposto à tempestade pública.
 
Para evitar injustiças ou constrangimento ao eleitor, melhor seria políticos responderem e comprovarem sua inocência antes, e partirem ao pleito depois.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Uma visão considerável do filme “Tropa de Elite”

Prometi a mim mesmo não voltar ao assunto enquanto não assistisse "Tropa de Elite" no cinema, mas um artigo no Observatório da Imprensa merece uma menção.
 
Fala da incapacidade de diversos setores da esquerda em lidar com a obra, sem cair no apelo débil de apologia ao fascismo – algo próximo ao que tratei por aqui. Toca no cerne da questão aos meus olhos: qual política de repressão ao crime queremos? Não é nenhuma análise sociológica, mas vale a pena ser lido.
 
O único senão, para mim, é o autor crer na necessidade de um BOPE como o apresentado na tela, devido às circunstâncias. Faz-se mister a repressão em uma guerra – termo horrível para os "crentes" – urbana tal qual no Rio de Janeiro. No entanto, isso não legitima ações exterminadoras ou torturas, contrariando o estado de direito.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

Seus problemas acabaram! A copa de 2014 é nossa!!

Pois é, o Brasil foi confirmado como sede da Copa do Mundo de 2014. Já podemos comemorar, afinal tudo pode ser iluminado a partir de hoje...
 
Quero só ver como serão tratados os problemas da nação com essa história. Principalmente as verbas para as obras necessárias à estrutura do evento. Gosto muito de futebol, da festa, mas educação, saúde e segurança devem estar acima de espetáculos. Estes vem e vão. As dificuldades permanecem. Então, devagar com a euforia.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

O filósofo do “carvalho”!

Quem acompanha, mesmo regularmente, as polêmicas intelectuais e políticas nos últimos 10 anos, com certeza conhece o filósofo Olavo de Carvalho. Desde meados dos anos 90 ele vem polemizando com a esquerda, partindo – intelectualmente – para o pau sem concessões. Seu cartão de visitas, apresentado para o mundo acadêmico, leitor comum de jornais e simples observadores políticos foi a obra “O Imbecil Coletivo”. Nesta, a intelectualidade brasileira à esquerda, sofreu com ou sem razão. Na época teve até ajuntamento no Jornal do Brasil de Marilena Chauí, Leandro Konder, Muniz Freire, entre outros, para respondê-lo. Olavo não deixou por menos e devolveu. Algumas manifestações foram parar na justiça. Está tudo registrado no site do polemista.

Carvalho segue o estilo “pitbull” da filosofia: morde e sacode até a “vítima” não suportar. Emir Sader tomou algumas e preferiu o silêncio afetado de pseudo-sábio.

Olavo de Carvalho passou por diversos jornais e a revista Época. De todos saiu esbravejando, dizendo-se perseguido por esquerdistas. Talvez seja um sintoma de megalomania, crendo ser uma espécie iluminada de analista da realidade. Fato é que, mesmo esculachando a FSP por exemplo, ainda hoje tem espaço por lá, sendo procurado para entrevistas ou tendo seus livros lá resenhados. Para ele, tudo não passa de estratégia da hegemonia esquerdista, buscando álibi para dizer que a direita tem espaço na grande mídia.

Hoje o filósofo se encontra no JB e no Diário do Comércio, escrevendo para eles lá dos EUA. Mas o ápice do estilo “olaviano” é o seu programa de rádio transmitido de sua casa para todo o mundo via internet.

A despeito de seu conhecimento filosófico, no tal programa via internet, Carvalho destila um tratado nada erudito de palavrões, entre denúncias contra a revolução comunista em marcha e as patacoadas da política e do comportamento social no Brasil e no mundo. Parece um adolescente tentando mostrar rebeldia escandalizando os puristas com vocabulário chulo.

Ontem o programa foi impagável. Olavo começou desancando duas professoras brasileiras que utilizaram métodos, digamos, sacanas de ensino. Uma, Adriana Guimarães, responsável por ministrar a disciplina de Células e Moléculas no curso de Biologia, do Centro de Ciência Biológicas da Universidade Federal do Pará, convocou alunos do 1° período a coletar sêmen para aulas em microscópios. Algo fora do procedimento. Dois alunos recusaram-se e foram repreendidos pela professora. O filósofo não teve dúvidas: aconselhou os alunos a chamarem a mestra para executar o procedimento necessário até encher o tubo de ensaio!

Outra, Raimunda Gomes Castro, também no Pará, apelou ao método “olaviano”, ordenando aos alunos escreverem uma redação abarrotada de palavrões. Quem se recusou, foi constrangido perante aos outros alunos. Para Olavo tudo não passa de indução de comportamento, um método perverso das professoras, corroborado pela ONU para a transformação sutil das crianças. E mandou as professoras, acusadas de “biscas”, tomar no extremo orifício do reto – ou popularmente falando, cu. Além aconselhá-las mamar um pênis – no mundo pornô, “piroca”.

Segundo ele, palavrão é a única forma de comunicar-se em certos momentos. No entanto, não é válido passar tal método argumentativo sutilmente para as crianças.

E no decorrer do programa teve para todo mundo: o governador Sérgio Cabral, alunos universitários maconheiros e leitores de Foucault, Che Guevara “cagão”, Condoleezza Rice,Otávio Frias Filho, da FSP, donos do Globo. Aliás, os jornais para ele não servem nem para substituir papel higiênico. Falou sobre o dia em que mandou 300 sem-terras calar a boca e ficaram todos tremendo de medo. Também defendeu a guerra no Iraque.

Por fim, mandou igualmente Drauzio Varella tomar ânus adentro, por ter dito que o crime é uma instituição de direita.
Os interessados em ouvir um programa mais humorístico – para maiores, claro – que informativo, é uma opção do “carvalho”.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Falsos democratas, falsos humanistas (II)

Retorno ao assunto do comportamento quase religioso de grande parte da esquerda, tendo por base alguns escritos do site http://www.fazendomedia.com/, de autoria da professora Adriana Facina. Em seu artigo tratando de “Tropa de Elite”, ela continua a taxar a obra de fascista. Como já comentei sobre o aspecto da crítica não somente dela, como de Marcelo Salles, outro articulista do site, meu mote volta-se para outra perspectiva, envolvendo agora a presidente do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ, Cecília Coimbra.

Cecília é uma pessoa ligada à luta pelos direitos humanos e foi citada por Facina no referido artigo. Cobrar posturas humanistas do Estado e denunciar seus abusos será algo sempre urgente, com o qual concordo. O que não posso aceitar é a incoerência em certos discursos.

A presidente do Tortura Nunca Mais foi militante comunista nos anos de chumbo,sendo presa e torturada por representantes do Estado na ditadura militar brasileira. No entanto, isso não lhe outorga o direito de criminalizar uns e santificar ou omitir-se sobre outros. As coisas iniciam-se fora de ordem quando Cecília diz ter feito parte de um grupo de resistência ao militares no poder, tentando levar quem a lê ou escuta ao engano. Tanto ela como vários outros militantes dos anos de chumbo lutavam contra a ditadura militar, desejando a instalação de sua própria, a socialista. Não lutavam pela democracia, isso é fato. Nunca li em suas entrevistas, o seu reconhecimento a tal aspecto. Pelo contrário. Ainda insiste na instalação do socialismo.

Logo, quando vejo a professora defendendo incondicionalmente Cecília Coimbra, dizendo que esta sempre esteve ao lado dos oprimidos, da vida humana, vejo o quanto é falso o discurso dessa esquerda representada por elas. Quantas vezes vozes como a de Adriana ou de Cecília levantaram-se contra as ditaduras nada humanistas de Fidel Castro ou Kim Jong Il? Quando admitiram a violência dos regimes socialistas contra cidadãos contrários? Nunca, pois em nome da idéia que defendem, tudo é válido. Mesmo aquilo que denunciam hoje, sob um regime contrário aos seus ideais. É assim o funcionamento de uma mente guiada cegamente por uma ideologia radical e falsamente humanista.

Facina, quando a revista Veja traçou recentemente um perfil sanguinário de Che Guevara, escreveu contra. Ainda que pese o formato por vezes sensacionalista de Veja ao retratar certos fatos, a historiadora não teve coragem de admitir o caráter violento e equivocado de Guevara na Revolução Cubana. Preferiu ser leniente, afinal foi tudo pela causa.

Talvez, gente como Facina e Cecília não percebam o quanto aproximam-se de seus antagonistas. Da mesma forma, justificando algo maior, a ditadura militar alcançou o poder. E muita gente, comum ou destacada socialmente, até hoje a defende. Bush, apelando ao “sistema cabeça-de-cuco de pensamento”, foi para a guerra ao terror dizendo que quem não o apoiava estava ao lado do terror.

Advogar pela vida exige estar além de ideologias. É preciso livrar-se de seus grilhões.

sábado, 27 de outubro de 2007

Mino Carta, a Globo e a incongruência

Leio Carta Capital sempre quando oportuno, assim como as outras revistas semanais. Apesar de certas posições de sabujice ao governo Lula, pode-se refletir sobre seu conteúdo.

Mino Carta, é dono da revista e tem um blog, onde publicou uma nota explicando o porquê de não aceitar um anúncio da Globo nas páginas de seu semanário. Em tempo: a Globo, juntamente com a Folha de São Paulo e outros jornalões, foi acusada por Carta de tentativa de golpe nas últimas eleições, ao expor às vésperas do escrutínio o dinheiro usado por petistas para comprar um dossiê fajuto, no intuito de atingir José Serra. Lula teria sido o prejudicado, tendo de definir a disputa em segundo turno.

Mino também lembra o passado tenebroso da emissora no mundo da comunicação e seu envolvimento com a ditadura, manipulações diversas e outras facetas pouco lisonjeiras do império Global.

No entanto, alega não ter colocado o tal anúncio na edição especial – referente às empresas mais admiradas do Brasil, uma tradição de Carta – por considerá-lo ofensivo. Dizia o seguinte: “De tanto nos investigar, a CartaCapital acabou descobrindo o que você já sabia”. Caso tivessem aceitado mudar o conteúdo, seriam anunciados.

Mino Carta parece sofrer de síndrome do socialismo chique. Critica acerbamente os donos do poder, o mercado livre, mas não resiste a uns milhares pingando em sua conta. Certa vez, mesmo contrário a produtos transgênicos, publicou anúncios da Monsanto, uma das maiores empresas produtoras de alimentos modificados geneticamente. Após certo tempo e recebimento de protestos dos leitores, parou. Agora, mesmo relembrando as peripécias nada decentes da Globo, tem a desfaçatez de dizer que, caso o anúncio fosse alterado, publicaria em sua revista.

Ora, se algo não presta, por que estampar festivamente na publicação? Estranha lógica do Mino...

Falsos democratas, falsos humanistas (I)

Sempre quando falo de meu desencanto com a forma de fazer política no Brasil, tendo a complicar o olhar de meus interlocutores comprometidos ideologicamente. Para um direitista posso ser um esquerdista; para este eu sou um daquele. Eu adoro vê-los trabalhando dentro de suas limitadas lógicas para conceituar a tudo e a todos. Divirto-me.

No caso específico deste comentário, volto-me para a esquerda brasileira, a religiosa – leia-se militante. Os indivíduos pertencentes a tal esfera política são os mais interessantes de observar. Têm discursos pomposos, citações de grandes pensadores ou políticos – nem sempre esquerdistas, haja vista o caso de Cláudio Lembo – e, não raro, posições polêmicas ou simplesmente equivocadas. No site fazendo media temos ótimos exemplares dessa espécie.

Há uma professora da Universidade Federal Fluminense chamada Ariana Facina que escreve por lá. Na realidade professa essa religião, a de militante esquerdista. Volta e meia registro alguns comentários discordando da forma como ela e outros articulistas expõem sua visão de mundo, sempre aparentemente com coerência e enleado à verdade.

Recentemente, a polêmica foi por causa do filme “Tropa de Elite” – novidade...

Para a professora e cia., não há dúvidas: “Tropa” é um filme fascista, de apologia à tortura e ao BOPE. Num misto de preocupação social e ideologia pura, Facina e Marcelo Salles, jornalista e articulista também do site, denunciaram a “lavagem cerebral” que o filme faz nas crianças da periferia. Conforme eles, já teriam testemunhado várias criancinhas encarnando o capitão Nascimento, demônio em forma de gente.

Registrei um comentário argumentando que o filme “Cidade de Deus” provocou algo semelhante entre crianças. Facina respondeu que crianças de classe-média não brincavam de Zé Pequeno, personagem marcante da obra de Fernando Meirelles, e não havia comparação entre o impacto de “Cidade” e o de “Tropa” nas crianças. Repliquei lembrando-a da febre entre adultos, adolescentes e crianças de todas as classes, causada pela sutil frase “Dadinho é o caralho, meu nome agora é Zé Pequeno, porra!”. Além de ter ido parar nas pistas de dança da juventude abastada, sampleada por djs. Indaguei também como ela poderia ter tanta certeza em suas afirmações sobre o impacto no comportamento das crianças. Haveria alguma demonstração científica? Facina ou Marcelo nada respondeu.

Definitivamente, o comportamento da militância em geral é condicionado ao pensamento “cabeça-de-cuco”, adjetivo cunhado muito convenientemente por Arnaldo Jabor, um homem odiado por crentes direitistas e esquerdistas.

Voltando ao filme, na ótica maniqueísta da professora, como Rodrigo Pimentel - um dos roteiristas - alegou ser uma obra sem compromisso ideológico, trata-se de um alinhamento com o outro lado. Dentro do raciocínio dela, o filme é fascista por ter sido construído sobre a ótica opressora de Nascimento, reproduzindo e legitimando a ação do BOPE na vida real. Quando tomei conhecimento dessa perspectiva na qual os esquerdistas crentes afogam-se para criticar a obra, foi inevitável lembrar a cruzada religiosa norte-americana nos anos 80, contra discos e artistas do pop e rock. A culpabilidade por causa de comportamentos suicidas e insanos de jovens era atribuída à música. Sempre quando a justiça foi acionada, os músicos venceram...

Outra estranheza me causa certo “zelo” dos nossos humanistas crentes quando tem de referir-se aos criminosos da favela ou periferia. Na verdade não existem criminosos nessas localidades nunca, conforme o discurso dessa ala progressista. Todos envolvidos na ilegalidade estão no balaio de vítimas do sistema, foram obrigados a escolher o crime. Moro em periferia e posso garantir que as coisas não são bem assim. Muitas incursões ao crime são opcionais; afere-se numa balança da consciência os meios existentes para enfrentar as dificuldades sociais e chega-se à conclusão de que o melhor é alcançar o “status” pelo crime. A polícia, que realmente não é um braço confiável do Estado, passa a ser criminalizada unicamente. Não há o mesmo zelo em problematizar o comportamento do policial. Este sempre é o opressor, movido pela ânsia de matar pobre (sic). Se o sistema, posicionando-se agora no paradigma dos humanistas em questão, leva ou não ao agente do Estado proceder de tal forma, não é interessante. Tem-se uma falsa humanização do bandido – que é um infrator da lei, seja pobre ou rico –, descambando para uma leniência pura e simples.

Definitivamente, a parcela dogmática da esquerda não procurou analisar os vários problemas explicitados em “Tropa de Elite”, optando pelo escândalo e uma falsa moralização, portando-se como a direita conservadora. Encerro este comentário por aqui. Somente voltarei a falar do filme após vê-lo novamente, dessa vez no cinema.

Porém ainda seguirei com o assunto sobre a esquerda crente em outro comentário.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O insatisfeito

Alterei o mote do blog. Substituí a segunda frase, "o blog rebelde", por "ou a insatisfação". Creio ser menos, digamos, "teen". E bem direto, sem passar pela afetação.

Estar insatisfeito, principalmente no Brasil, é algo quase intrínseco a toda sociedade. Os pobres estão insatisfeitos; a elite está insatisfeita; os políticos estão insatisfeitos. O mundo está de saco cheio da zona armada por nós mesmos.

Lula está insatisfeito e quer a CPMF até 2011. O PSDB, também de saco cheio, não queria. Agora quer com ressalvas. Os demos, aborrecidos, fazem beicinho e, insatisfeitos, batem o pé e arvoram-se nossos heróis na luta contra a cobrança sobre a movimentação financeira. Outrora do lado dos tucanos no governo da nação, estiveram descontentes com os petistas porque estes eram contra. Hoje, são a favor. Nem todos. Há insatisfeitos com a majestade barbuda dentro de seu partido.

Existem insatisfeitos com Bush. Também com Chávez. O quê dizer de Bin Laden? Tem aqueles descontentes com um, mas não com o outro. Igualmente com o outro, não com um. Eu estou profundamente enfastiado com os três.

Talvez estejamos desgostosos de tal maneira, a ponto de não vermos sentido em apontar o dedo na cara dos canalhas e mostrá-los quem é que manda.

E nos damos por satisfeitos com nossa insatisfação.

Bizarro

Em Nova Délhi, Índia,esta semana, elefantes morreram eletrocutados depois de se embebedarem, correrem maluquetes por campos de arroz até encontrar um poste de luz elétrica - claro!
 
Segundo foi informado, uma tribo fez cerveja de arroz e cerca de quarenta elefantes enfiaram o pé na jaca. Depois de estarem chapados, os bichinhos resolveram desbundar pelos arrozais da região.
 
Um desavisado "trombudo" resolveu parar junto a um poste e se coçar. Foi quando a coluna não suportou e caiu, deixando os fios elétricos sobre o pobre animal. Quando outros ouviram o som de agonia do companheiro, partiram ao seu encontro. Para virarem churrasco também.
 
Graças a intervenção de alguns aldeões, morreram apenas 6 elefantes. Dessa "cerva" eu quero distância.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

Religiosos brasileiros querem um Estado teocrático?

Uma reportagem interessante saiu no jornal A Tribuna de ontem, daqui do ES. Tratava da viagem de uma comissão de pastores locais para Brasília, ao encontro de outros líderes religiosos evangélicos do Brasil, para se reunirem com senadores e deputados. O intuito do grupo evangélico era convencer os políticos optarem pelo veto à lei contra a discriminação de homossexuais.

A questão é delicada - sem trocadilhos...

Primeiro ponto a ser considerado. Tenho colegas homossexuais e quando os encontro, trato como todos os outros amigos heteros. Isso incluiu até troças, algo dentro da idéia de relações jocosas que estudamos em antropologia; faço brincadeiras ácidas, mas dentro de um limite criado pelo laço de amizade. Não se busca a ofensa. Assim mesmo nunca escondi das amizades homossexuais com as quais tenho liberdade de conversar qualquer assunto, o quão acho estranho isso de, digamos, "bate-bolas". Uma sensação de estranhamento natural dado o contexto no qual crescemos socialmente.

Estranhamento este que não nos permite diminuir as pessoas por causa de sua prefrência sexual. Algo ignorado por grande parte dos religiosos.

Voltando ao conteúdo da reportagem citada acima, algumas declarações dos líderes religiosos oferecem um exercício de qual mundo eles poderiam construir se estivessem no poder, com apoio da maioria. Abaixo uma declaração do pastor Ely Blunck, daqui de nossa capital:

" Com a aprovação dessa lei, será legalizado o ato da pedofilia. O projeto se refere à opção sexual, e pedofilia também é uma forma de opção. A sociedade não é obrigada a isso de forma natural (sic)."

Ely Bluncky é apresentador de um programa religioso local chamado "Desafios". Creio ainda existir, sempre aos sábados após o almoço - caso você seja tradicional e almoce entre as 12 e 13 horas. Entrevistava pessoas que davam seu testemunho, naquele formato habitual de "estava perdido e encontrei Jesus". No final ele aparecia em um vídeo clipe de gosto duvidoso, com canções idem e voz anasalada. Parei algumas vezes para analisar o conteúdo do negócio. Há muito tempo não vejo nem propaganda. Por isso tenho minhas dúvidas se ainda existe. Caso tenha acabado, falta nenhuma fará; semelhantes a ele, tem às dezenas pululando a televisão.

Mas não quero falar do programa do tal Ely, e sim de sua declaração. Conseguiu ser pior que o programa a quilômetros. Esse cidadão, no afã de defender seu ponto de vista baseado numa concepção religiosa, comete uma bobagem sem fim. Alguém tem de lembrar a esse pangaré de Jesus que pedofilia é antes de mais nada, crime. Homossexualismo só é crime em Estados teocráticos, quase primitivos, onde normalmente nem a mulher tem voz ativa.

Ora, se um vizinho for indelicado com minha mãe ou esposa eu tenho várias opções para tratar o assunto. Posso tentar resolver dialogando. Ou então posso decidir fazer igual a ele com sua esposa ou mãe. Também posso matá-lo. No entanto isso é crime, ainda que opção.

Apenas um bronco, bitolado por tradições religiosas, pode considerar uma alternativa de relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, cientes de suas escolhas, igual a uma relação sexual entre um pervertido adulto e uma criança.

Outro representante dessa espécie de primata religioso soltou uma igualmente terrível. Segue as palavras do pastor Enoque, também daqui:

"São várias matérias que explicam os motivos pelos quais somos contrários à lei. Trata-se de uma condenação citada na própria bíblia(sic)."

Faça-me o favor! Quer usar seu livro divino para doutrinar seus fiéis em seus templos, tudo bem. Agora, vir evocar autoridade (?) bíblica para justificar o impedimento de uma lei dentro de um Estado laico, é loucura! Daqui a pouco vão exigir leis conforme o antigo testamento. Aí, haja chicote, pedrada e outros flagelos para a mulherada.

Questionar o conteúdo da lei é válido. Estamos numa democracia. Contudo apelar a conceitos religiosamente deformados ou considerados de inspiração divina é acinte.

O Estado é laico e não necessita de inspiração divina para resolver os problemas mundanos.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O PC do B é pop

Leio na revista Istoé desta semana sobre a nova estratégia do Partido Comunista do Brasil de atrair filiados e futuros candidatos. Nem é preciso ser sabedor do catecismo marxista. Basta ser honesto...
Com isso, já estão em suas fileiras várias "celebridades". A bandeirinha "peladinha" Ana Paula é uma delas. Os próceres do partido comunista crêem ser ela uma angariadora de votos – algo meio em falta para os comunistas.
Além de Ana Paula, outras figurinhas marcadas passaram a fazer parte dos quadros do PC do B. Netinho, o pagodeiro, Hugo Oyama, tenista de mesa e Jairzinho, o jogador da seleção brasileira de 70, são algumas das estrelas a ostentar o céu vermelho dos comunistas.
Os socialistas também acenaram, antes, com artistas para terem mais destaque no cenário político. Gretchen, a cantora do bumbum, filiou-se no início do ano ao PPS visando uma Prefeitura de Pernambuco, Itamaracá. Além dela de a ex-petista Soninha, antiga vj da MTV e o ex-goleiro do Corinthians, Ronaldo.
Pois é. Nada contra artistas na política. Afinal, a democracia permite. Não obstante, comunistas e socialistas parecem muito mais interessados em inchar suas legendas do que contribuir para o desenvolvimento da prática política brasileira.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

PSDB mostra a cara. Apenas para os incautos

Política é coisa fascinante. No entanto, sua prática em geral requer estômago forte. Principalmente no Brasil. Foi Maquiavel quem melhor definiu a essência da prática política, causando escândalo aos humanistas – e idealistas – já no século XV, quando escreveu O Príncipe. Na verdade, até hoje seus escritos continuam tão reais quanto contundentes, provocando reações diversas a julgar pela interpretação.
 
Por aqui, em solo brasileiro, os nossos políticos parecem optar por um maquiavelismo à moda da casa. Veja a atuação do PSDB nessa novela da CPMF. Começou com um discurso salvacionista, ao lado do DEM, contrariando posições tomadas quando eram "vitrine" – leia-se governo. Eu já tinha comentado em determinada ocasião que não passava de farsa, algo intrínseco ao político e potencializado no caso tupiniquim.
 
Os demos continuam a fazer beicinho e a defender (?) os brasileiros da tal CPMF. Já o PSDB...
 
Noticiários despejam em destaque a nova (!) posição dos tucanos. Agora querem negociar com o governo petista. Não aceitam a cobrança como está hoje, prorrogada até 2011 e com a alíquota de 0,38%. O senador Arthur Virgílio, líder do PSDB na casa, já fala em liberar sua bancada na votação da matéria. Amanhã, o senador e sua turma se reúnem com governistas para expor suas reivindicações, tais como diminuição de gastos públicos e redução da alíquota atual. O governador José Serra igualmente acena de maneira positiva, dizendo existir impostos piores do que a CPMF.
 
Os interesses na questão ficam bem claros. No caso de José Serra, significa mais recursos para São Paulo investir em áreas de saúde, por exemplo. Ademais, a possibilidade de eleger-se presidente nas próximas eleições existem. Se os tucanos jogarem com a não extinção da cobrança, muita coisa se explica.
 
Muitos ainda acreditam numa diferença em essência entre tucanos e petistas. Eu creio apenas numa distinção de métodos. Seus fins são os mesmos: alcançar o poder a qualquer custo e permanecer com ele de qualquer forma.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

Tiro no “olho” do favelado é refresco. Já no do bacana de Copacabana...

Não sou contra política de repressão ou enérgica no combate ao crime. Para um estudante de Ciências Sociais, isto pode soar como um sacrilégio entre os meus iguais. Porém, peço a palavra sempre em meio à fogueira.
 
Gosto e defendo a liberdade. Mas bem sei o quanto o exercício pleno desta pode ser um problema quando um bando de cabeças de amebas – espécie extremamente comum entre os humanos – não sabe o que fazer com ela. Os efeitos colaterais costumam ser desastrosos para o todo social.
 
No combate ao crime, em especial ao tráfico de drogas, é necessária a repressão. Contudo penso ser o escopo mais amplo que o choque direto. Além do tratamento duro contra o comércio de drogas, faz-se necessário o investimento maciço em políticas públicas voltadas para a saúde, educação e cultura. Apenas chumbo não muda a realidade em setores periféricos da sociedade. Outra coisa é preciso deixar bem clara: ações enérgicas podem exigir o confronto. No entanto não inclui execuções, como tem sido demonstrado por alguns estudos sobre a violência no Rio.
 
Escrevo este texto motivado pelas declarações dadas ontem pelo secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. Segue o pensamento do homem:
 
"Buscá-los (os traficantes) na Zona Sul, no Dona Marta, no Pavão-Pavãozinho, 'eu (polícia) estou muito próximo da população'. É difícil a polícia ali entrar. Porque um tiro em Copacabana é uma coisa, um tiro na Coréia, no Alemão, é outra. E aí?"  
 
Obviamente, depois dessa patacoada ele tentou se redimir dizendo que não é bem assim. Aquela tentativa de sempre tentar remendar algo dilacerado. O estrago já havia sido feito.
 
A violência carioca chega a níveis alarmantes. Reflexo dos anos de descaso para com os centros periféricos. Tenta-se hoje, no governo de Sérgio Cabral, tomar as rédeas pelo imperativo da força, partindo-se para o confronto urbano. Policiais são recebidos a balas e explosivos por traficantes dispostos a defenderem o território que julgam pertencer-lhes. Afinal, enquanto o Estado mantinha-se ocupado deixando a favela à própria sorte, eles "assumiram" o poder.
 
O resultado dessa política unicamente de confronto pode ser desastroso, como o ocorrido recentemente na  favela da Coréia. Entre policiais e traficantes, está a população da favela – que parece não ser população para o secretário. Além da exposição dos agentes do Estado e dos exageros criminosos – executar marginal rendido também  é crime –, vidas como a do garotinho de 4 anos são ceifadas em meio ao horror.
 
Quando os criminosos mudam a estratégia como apontado pelo secretário, deslocando-se para os morros próximos às áreas nobres, percebe-se então como a política adotada pelo governo do Rio é limitada e, ao que parece, exclusivista. O secretário sabe quão custoso pode ser para ele e seu governo um tiro em alguém de Copacabana por causa de ações policiais. Já nos filhos da favela Coréia...
 
Simplesmente exterminar traficantes não resulta na transformação necessária para a sociedade. Existe todo um "exército reserva" disposto a assumir as vagas dos tombados em combate. E com mais ódio como método.
 
Caso não se crie uma política contra os entorpecentes capaz de abrangir os grandes fornecedores de drogas, de inibir e conscientizar o usuário, além dos fatores sociais já expostos anteriormente, as cenas de horror continuarão habitando os nossos lares de uma forma ou de outra. Sejam eles da zona nobre ou da zona pobre.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Futebolísticas

O exótico mundo de Eurico Miranda
 
Os vascaínos merecem o karma. Após a saída de Celso Roth, o presidente do clube buscou uma solução original: nomear Romário técnico interino. Problema não haveria, caso o veterano ainda ser jogador e ter se escalado para jogar! Fico a imaginar como seria Romário técnico substituindo Romário jogador...
 
Aguardemos quarta-feira, dia de jogo para o bacalhau pela Copa Sul-Americana.
 
Apenas um goleiro latino-americano? Não...
 
Rogério Ceni está entre os selecionados para a disputa da Bola de Ouro no final do ano. Dadas as peripécias do goleiro, a indicação foi até válida. Mas ganhar o prêmio é impossível. Além de figurar entre os primeiros não europeus  a entrar na disputa - a premiação saiu dos limites da Europa, até que enfim -, ano passado o prêmio foi dado a um zagueiro, Canavarro. Ganhasse um goleiro, estariam corroboram a era do anti-gol.
 
Não tenho nada contra defensores ganhando prêmio. No entanto, conforme as circunstâncias - é só lembrar da Copa do Mundo passada -, esse é o momento de valorizar os valores da criação plástica do futebol.
 
E para não dizer que não falei de Souza
 
No último fim de semana, ao falar da vitória do Flamengo sobre o Grêmio e a posição privilegiada no campeonato, esqueci de comentar o gol de Souza, a quem sempre esculacho. Foi um belo feito. Mas isso não muda minha opinião sobre o futebolzinho de araque dele - ao menos no Fla.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

Tempos modernos

Desço do ônibus, após sair da Universidade mais cedo e alcanço a rua de minha residência. Subitamente, meus ouvidos captam um diálogo curioso logo atrás de mim, que diz muito sobre os nossos dias.
 
- Eu tenho intimidade com vários amigos da escola. Sempre que encontro eles na rua eu abraço, beijo no rosto. Mas não tenho coragem de ficar com eles não – disse a primeira.
 
- O que é que tem? Eu tenho coragem de ficar com um amigo, tranqüila – retrucou a outra.
 
Ao ouvir a suavidade tenra das vozes, não resisto e olho para conferir as autoras do diálogo despretensioso e convicto. E confirmo a minha suspeita: duas meninas entre 09 e 10 anos.
 
Por instantes remeto-me ao meu passado, trazendo à tona o comportamento de nossa geração há vinte e poucos anos. O interesse precoce pelas amiguinhas ou colegas, ainda trazia uma idéia de namoro, mesmo que fantástico e resumido em um beijo tão longo quanto um raio. Hoje as crianças falam em ficar.
 
Ou seja, o encontro com o sentimento fast-food inicia-se cedo. Penso com meus botões: será isto um reflexo dos tempos modernos ou apenas um desvelo de algo encoberto romanticamente por outros tempos? Para quem pretende ser pai como eu, faz-se mister pensar para aprender lidar com isso. Enfim, daqui a 10, 12 anos muita coisa mudará no comportamento de nossas crianças.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

Ainda sobre as bobagens raciais

Depois das bobagens de James Watson sobre a inferioridade intelectual do africano, muitos resolveram aderir ao coro dos patetas, liderados pelo (ig) Nobel. Inclusive gente que se quer pensante e douta.
 
Pelo mundo virtual tem muito parvo concordando de chofre com a besteira, baseando-se em idéias construídas sobre uma consistente base feita à moda Sérgio Naya, responsável pela construção – e desabamento – do edifício Palace II. Voltando-se a um darwinismo social capenga de século atrás, corroboram as declarações do cientista pateta. Afinal, o europeu "evoluiu" e os africanos ficaram para trás. Nem se lembram de povos de organização mais simples ainda existentes na Europa.
 
Ora, pegue um recém nascido de qualquer europeu "evoluído", mesmo de família abastada, intelectual e deixe-o numa tribo fechada, de organização simples. Vá procurá-lo 15, 20 anos depois e espere algum resquício de "apuro" do branco europeu...

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

domingo, 21 de outubro de 2007

Um Nobel de bobagens

Semana passada, o mundo científico entrou em polvorosa.Um de seus mais destacados integrantes, James Watson, ganhador do Nobel e um dos descobridores da estrutura do DNA, abriu a boca e soltou besteira sem tamanho, voltando ao fim do século XIX e início do XX. Segundo o cientista americano, o futuro da África é sombrio por adotarem naquele continente, políticas sociais dos povos ocidentais "desenvolvidos". Em suma, disse ser o negro menos inteligente do que o branco.
 
Bem, para um cientista envolvido com pesquisas genéticas, isso é uma besteira incomensurável. O sr. Watson volta aos tempos dos lixos da eugenia, da idéia de inteligência superior conforme clima e posição geográfica. Em seu livro lançado recentemente , ele já tinha exposto algo similar com mais elegância. Deve estar gagá.
 
Sua afirmação não encontra respaldo científico sério. Os estudos atuais sobre as diferenças e proximidades entre os indivíduos etnicamente diferentes, derrubaram por completo o abjeto conceito de raça. Ademais, se houvesse como explicar o destaque de indivíduos negros ou africanos em áreas diversas, quando têm oportunidade de desenvolverem seu potencial?
 
A questão da África é um fenômeno complexo. Fatores internos e externos conspiraram contra o continente. Apelar a idéias caducas para tentar esclarecê-la somente demonstra quão caduco é o suposto estudioso do assunto.
 
Mas fico tranqüilo. James não é o último, sem será o primeiro ganhador do Nobel a soltar asneiras dignas do Ig Nobel.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

Mengão vence a aproxima-se da Libertadores

E o Fla vence mais uma. Hoje foi o dia do Grêmio ser derrotado por 2 x 0 no Maracanã. Com isso o Mengo vai para 49 pontos e fica perto da Libertadores.
 
Para quem, até a metade do campeonato, estava próximo ao abismo da segunda divisão, hoje as coisas parecem ter mudado. Claro, não se pode esquecer que o goleiro Bruno foi fundamental nos últimos jogos para o time estar bem posicionado atualmente. Igualmente vale registrar a importância de Joel "Cachaça", técnico sempre vencedor no Flamengo e peça importante na afirmação do time.
 
De quebra, foi registrado também o recorde de público do campeonato. Só podia ser o Mengo. Agora, é continuar o trabalho sério, não menosprezar o América-RN, compromisso seguinte e partir para as Libertadores.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

sábado, 20 de outubro de 2007

Capitão Nascimento faz até rir

Pois é. O filme do Padilha além de levantar polêmicas e escandalizar os crentes, faz até rir. Em tempos de internet, os desocupados - só pode ser coisa deles - e criativos fazem de tudo. Abaixo vai uma piada já em todo o canto virtual. Se é original, adaptada, pouco importa. Sei que é boa e guardarei aqui no meu canto.

Um dia quiseram ver quem era o melhor: MacGyver, Jack Bauer, ou Cap. Nascimento.

Chegaram pro MacGyver e falaram: “A gente soltou um coelho nessa floresta. Encontre-o mais rápido que os outros e você será considerado o melhor!” MacGyver pegou uma moeda de 5 centavos no chão, um graveto e uma pedra e entrou na floresta.Demorou 2 dias pra construir um detector de coelhos em floresta e voltou no terceiro dia com o coelho.

Daí chegaram pro Jack Bauer e falaram a mesma coisa. Ele entrou correndo na floresta, e 24 horas depois apareceu com o coelho. Durante a operação, desarmou 5 bombas nucleares, recuperou 10 armas químicas, escapou de um navio cargueiro e foi pra China matar 100 terroristas.

Pediram então para o Cap. Nascimento ir buscar o coelho. Se ele demorasse menos de 24 horas, seria o melhor. E ele respondeu:
— Tá de sacanagem comigo, 05? Ce tá de sacanagem comigo? Você acha que eu tenho um dia inteiro a perder com essa porra de coelho, 05? Tu é um mo-le-que! MO-LE-QUE, 05!!!

Virou-se para a floresta e gritou:
— Pede pra sair! Pede pra sair, cambada!Em menos de cinco segundos, já tinham saído da floresta 300 coelhos, 20 jaguatiricas, 50 jacarés, Robin Hood, 1000 paca-tatu-cotia-não, o Shrek e uma preguiça correndo a 40 km por hora!

Dai ele gritou:— 02, tem gente com medinho de sair da floresta, 02! Tem gente com medinho de sair da floresta, 02!!! 07, traz a “ponto 30”.Nisso, o Bin Laden saiu da floresta. Chorando.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Arnaldo Jabor passa pito nos demos. Eu falei antes

Acabo de assistir Arnaldo Jabor passando um pito nos demos, os democratas do Dem. Fala sobre a CPMF. Eu, que não sou analista de coisa alguma, já tinha chamado a atenção para o fato do Dem ir para horário nobre posar de defensores da sociedade. Isso tem poucas semanas .

Ontem o Jabor comentou o caso dos demos – conforme São Lulão – ficar fazendo “biquinho”, se passando por heróis da sociedade ao posicionarem-se contra a CPMF. Coisa que não faziam 06 anos atrás. O comentarista relembrou quem criou a cobrança e o apoio empedernido dos demos a FHC e sua turma. Agora encenam o papel do PT desejando encalacrar o Congresso. Para Jabor, o governo não pode abrir mão desse “esparadrapo”, haja vista Lula não ter feito as reformas necessárias.

Particularmente sou contra esse imposto. O governo vem com essa história de que o bolsa-família – sua maior realização... – murcha sem a cobrança. Ué, mas ela não foi criada para a saúde?

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

A cantora Gil é um mulherão por que tem cabelo esticado, ou tem cabelo esticado por que é um mulherão?

Uma nota naquelas páginas “indispensáveis” de celebridades da revista ISTOÉ desta semana, me chamou a atenção. Escrita por Luciana Franca, falava sobre uma foto sensual da cantora baiana Gil. Dizia:

“O mulherão da foto nada lembra a cantora espevitada que puxava trio elétrico em Salvador com um penteado esquisito. “Não tenho mais aqueles cocos”, diverte-se Gil, que, agora mais sofisticada, vive a melhor fase da carreira.”

Não gosto de patrulha politicamente correta. Porém, a mania de nossa sociedade em uniformizar padrão de beleza e sofisticação, nos mostra o quanto ainda temos de nos "sofisticar" e aprender a admirar tão unicamente o belo e o agradável, sem necessitarmos de modelos pré-concebidos.

Quando li a tal nota, referindo-se a Gil hoje como mulherão sofisticada, sem o penteado esquisito, fico a pensar que a bela Quitéria Chagas deve entrar na fôrma freqüentada por Gil para tornar-se também um mulherão...

O desencantamento com o mundo

Na noite de ontem, os telejornais levaram ao ar uma reportagem deprimente. Falavam sobre a operação da Polícia Civil no Rio de Janeiro, tendo como resultado 12 mortes. Além de 10 criminosos, conforme informou a polícia, morreram 1 policial e uma criança de 4 anos.

A guerra no Rio é algo insustentável e lastimável. Quando me deparei com as cenas da ação da Polícia Civil mostradas nos jornais da tv e internet, um profundo desencanto tomou conta do meu ser. Fico a pensar qual é o limite de resistência para todos aqueles que estão na linha de tiro nessa guerra urbana. Pais e filhos, pessoas simples sem poder ir e vir, totalmente desorientadas em meio e tiros e granadas. E muitos "especialistas" preferem o apelo a teorias mirabolantes, afirmando não existir uma guerra no Brasil. Creio ser o momento de novos paradigmas no estudo desse fenômeno que tomou conta principalmente do Rio de Janeiro.

Igualmente chocou ver 2 criminosos fugindo insanamente da polícia, enquanto chovia tiros sobre suas cabeças. Nesse momento fico a pensando onde chegamos. A violência tornou-se algo tão absurdo nos dias modernos, que em certos momentos temos de assistir semelhantes perseguindo semelhantes de forma implacável.

Mesmo sabendo tratar-se de marginais, as cenas de perseguição mostradas ontem e disponíveis na internet obriga à reflexão. Afinal de contas, independente dos crimes por eles cometidos, são vidas humanas. Seria este o único caminho para resolver a questão?

Creio ser necessário a repressão, mas apenas ela é insuficiente. Mister faz-se atacar o problema por todos os lados possíveis, de forma igualmente implacável. Somente assim poderemos, talvez, alcançar a tão propalada civilização.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Quando a militância ou seus sintomas podem cegar

Costumo ler assuntos variados, de matizes ideológicos idem. Não sendo grande entusiasta das visões antagônicas majoritárias de esquerda ou direita, não raro provoco confusão em conversas com os ditos esclarecidos ou militantes. Quando me acusam disso ou daquilo, respondo: sou apenas um defensor da liberdade sem concessões. Esta exercida dentro dos parâmetros necessários para o equilíbrio social, obviamente.
 
Hoje abro a caixa de correio eletrônico em meu trabalho e me deparo com um texto enviado pelo Correio Caros Amigos, de um mestrando em administração de empresas focado em representações sociais dos "afro-descendentes". O nome do autor é Luiz Valério P. Trindade. Assunto abordado no texto: a forma como os autores de novelas focam o sempre polêmico envolvimento amoroso de pessoas de classe e cor distintas. Tece suas críticas basicamente em torno das personagens de Lázaro Ramos e Débora Falabella na novela "Duas Caras".
 
Inicia mal a meu ver. Classifica a  maneira como o autor Aguinaldo Silva resolveu dar vida às personagens dos atores citados acima como "ideologia do branqueamento". E por quê? O autor coloca a personagem de Lázaro Ramos – negro – como favelado e a de Débora Falabella – branca – como pertencente à classe média da zona sul do Rio de Janeiro. E, na visão do crítico, a personagem do favelado negro somente alcançará o tal status "se for embranquecido". Nas palavras do próprio Luiz, a "união com a jovem branca (...) traz subliminarmente esta mensagem".
 
Sinceramente, não sei se o autor do texto já teve acesso ao roteiro da novela. Porém, pelo que pude perceber é que ele parte de uma premissa já construída a priori e meio combalida por um prisma militante. Ora, pelo que li numa entrevista de Aguinaldo Silva no jornal, trata-se de uma história de amor entre pessoas de mundos distintos. Se assim for realmente ao longo da trama, Luiz Valério equivoca-se redondamente.
 
Luiz tem todo o direito de criticar o clichê da novela – jovem preto pobre com moça branca rica. Contudo apelar a idéias radicais para tanto, pode demonstrar um preconceito às avessas. Particularmente, também vejo a abordagem como batida. Mas da maneira como pretende o autor, não tem nada de ideologia de branqueamento. Trata-se de um história de amor, que reproduz-se  de uma forma ou de outra na vida real. Se terá algum efeito em seu público, tal como a diminuição do preconceito de cor, é outro assunto.
 
Ao que parece, Luiz Valério não se conforma mesmo é com o modelo sempre adotado quando as novelas ou minisséries pretendem falar da questão do preconceito. O negro na condição de pobre ou sensual e o branco, rico e disposto a desafiar tradições familiares e sociais.
 
Nesse caso, ele tem certa razão. Por que não pessoas de cores distintas, mas condições sociais semelhantes?, por exemplo. Contudo, ao meu ver, sua crítica se perde ao tentar introduzir conceitos para parecer bem aos olhos militantes.  Estes costumam ter visão limitada devido seu fervor quase religioso para lidar com as questões sociais.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

De volta à civilização?

Final da tarde de domingo retornei ao lar, após uns poucos dias numa região praieira, em Anchieta, sul do nosso Estado. Confesso ter um sabor sempre amargo ter de deixar um lugar agradável, onde grande parte das casas tem muros baixos sem portões e pessoas simples vivem suas vidas ao lado de promotores, juízes e outros destacados cidadãos de nossa sociedade centrada em classes.

Espanta-me saber que existe um lugar onde bicicletas, churrasqueiras ou outros objetos podem ficar expostos no quintal, aos olhos de pessoas transitando altas horas da noite e amanhecerem sempre ali. Conforme ouvi de alguns habitantes de Parati, praia onde passei o feriadão, preocupações com furtos em residências nas redondezas inexiste. Se é pelo fato de haver certos figurões ou não, interessa pouco. Mais importante é saber o quanto a localidade pode oferecer, ainda, certa paz de espírito.

Apesar de ter tido que levar material para estudo da minha monografia - e não ter conseguido fazer a leitura de 15% do necessário - foram dias aprazíveis, dos quais sempre desejamos um prolongamento interminável.

Retornando de carona com um casal amigo, ao chegar na região próxima ao meu bairro, comento a volta para casa. Meu amigo, ao volante, diz: de volta à civilização. Retruquei, será? E volto o pensamento para o afastado e inspirador Parati, sempre torcendo para que a civilização não chegue por lá...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Ao litoral!

Pois é, feriadão, vou dar uma ida ao litoral. Descanso, álcool e ... monografia! É o fardo. Estou de partida para o litoral do estado e tenho que levar comigo toda a bagagem intelectual - ainda não pertencente a mim - para dar prosseguimento ao projeto de monografia. Uma resenha para a próxima quarta.
 
Pouco? Sim. Triste é ter de aprofundar a leitura em um espaço ínfimo de tempo. Espero encontrar inspiração.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

Chávez quer tomar a Venezuela de assalto em definitivo

Dia 02 de dezembro a Venezuela passará por um referendo acerca da reforma constitucional - leia-se criar uma constituição ainda mais chavista. Dr. Chávez faz campanha e anuncia que a propriedade privada no país sofrerá transformações. Na realidade, toda propriedade ou ficará a cargo do Estado ou será submetida a sanções caso não se enquadre às regras - leia-se confisco.
 
Gostaria muito que fóssemos uma grande aldeia global, com tudo para todos, sem preocupações com isso ou aquilo, com o possuir a qualquer custo. Porém a realidade é outra. Caminhamos numa direção, desde os nossos primeiros passos sobre a terra, onde o homem descobriu que poderia ser detentor de coisas e que essas teriam valor. Isso, de um jeito ou de outro pode sofrer alterações, mas a possibilidade de voltarmos a ser como éramos antes, é praticamente nula. A sociedade é antes de tudo baseada em vontades, desejos de indivíduos.
 
Chávez, esse símbolo do atraso latino-americano, acredita ser possível impor um modelo de sociedade que já foi deixado para trás há milhares de anos. E tenta isso por um meio velho e derrotado. A tal história de socialismo de século XXI é balela. Nada mais é um que um retorno ao passado fracassado de uma sociedade regulada pelo Estado, imposta.
 
Consolidada a vontade de Chavéz, dentro de uma ou duas décadas, veremos uma Venezuela ainda pior do que estava.
 
Um outro mundo pode sim ser possível. Contudo faz-se necessário projetar o novo. Não é o caso da Venezuela, guiada por um paradigma social zumbi.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Dias de “luta” na política capixaba

O mundo político no ES, mais precisamente na região da Grande Vitória, anda em polvorosa. Tudo por conta de velhas rixas, alimentadas pela decisão do Supremo Tribunal Federal de considerar do Partido o mandato do político.
 
Temos por aqui um folclórico deputado estadual, outrora vereador no município onde resido, Vila Velha, chamado Jardel dos Idosos. Trata-se de um daqueles políticos construídos dentro do estilo populista mais raso, de muita determinação prática sem nenhuma base teórica. Político por instinto. Sempre atuou junto às comunidades mais carentes de maneira extravagante. Uma de suas plataformas sempre foi a assistência aos idosos, daí sua alcunha.
 
Como todo bom político excêntrico, não raro vê-se envolvido em desavenças e intrigas. Desse modo, cultiva seus inimigos. E para fazer jus a Jardel, seu principal hoje adversário chama-se Heliosandro, vereador por Vila Velha e próximo do Prefeito Max Filho, outro contrário a Jardel dos Idosos.
 
Jardel pertencia ao PMN(!). Heliosandro foi para o PMN, fato que incentivou a Jardel sair da legenda e ir para  o PTC(!!). O STF entende pertencer ao partido e não ao político o mandato. Assim foi decidido há dias. Logo, para não perder seu mandato, dos Idosos resolveu voltar para o incrível PMN. Por algum motivo, não consegue. Para Jardel, o motivo é claro. Chama-se Heliosandro(!!!).
 
Ontem os jornais locais noticiaram um bate-boca entre o deputado dos idosos e a deputada Janete de Sá, igualmente PMN. Ela acusava ter ouvido de Jardel, ameaças de morte a Heliosandro. Dos Idosos respondeu que a deputada entendeu a conversa pela metade, pois ele iria é matar o vereador de raiva.
 
Nos jornais de hoje, a polêmica continuou, agora com o próprio Heliosandro. Jardel invadiu a Câmara de Vereadores de Vila Velha, nervoso e disposto a dar um corretivo em seu adversário. Foi contido.
 
Heliosandro (!!) pensa em prestar queixa contra Jardel, pois além de tentar agredi-lo fisicamente, o fez verbalmente. Já o deputado exótico explicou ao jornal A Gazeta suas intenções, como se pode ler abaixo.
 
" Eu fui lá e disse que se eu perder o meu mandato eu vou dar uma surra nele. Vou dar uma surra porque estou tentando voltar para o partido e ele não está me deixando voltar. Vou dar uma surra bem dada, de mão aberta, para ele aprender a ser homem"
 
É a autêntica tentativa de dominação irracional pelo porrete.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

Espírito Santo exporta Merda para Europa. São Paulo manda Leptospirose

Não se trata de enviar doença e excrementos para os Europeus. Diz respeito, sim, a duas bandas de hardcore com nomes, digamos, pouco convencionais.  A Leptospirose é paulista. Já a Merda é capixaba. Ficarão um mês em turnê na Europa, gravando um DVD a ser lançado pela Laja Records, também daqui do ES.
 
Bom somente tenho a desejar aos rapazes boa sorte e bom divertimento. Até eu gostaria de estar na Merda agora e conhecer o solo europeu.
 
Informações em tempo real – ou quase – pelo endereço www.myspace.com/merdarock .

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

O privilégio de classe para irresponsáveis

Na última noite de domingo, o promotor do Ministério Público de São Paulo Wagner Grossi, atropelou e matou 3 pessoas da mesma família. Se deixarmos os circunlóquios de lado, sabemos que trata-se de assassinato. Ora, esse cidadão, representante da justiça (?), estava embriagado no volante. Isso é crime. Já passou da hora de tratarmos as coisas neste país como devem ser.
 
Conforme pode-se constatar nas imagens dos telejornais, seu andar não deixa dúvidas, corroborando o relato do vigilante Nestor Feliciano, testemunha do crime. Após o choque de sua picape contra a moto onde estavam o casal Alessandro e Alessandra, além do filho dela, Adriel, o promotor  desceu do automóvel com uma latinha de cerveja.
 
Além do depoimento do vigilante, policiais rodoviários presentes minutos após a tragédia afirmaram o estado de embriaguez do elemento, que invadiu a pista contrária matando os inocentes. Claro, o advogado – raça forjada pelo cão, hehehe – do promotor disse tudo ao contrário, o indivíduo não bebeu nada e tudo foi obra do acaso – acaso embriagado, só se for.
 
Bem, o promotor não foi preso, graças a lei orgânica do Ministério. Tomam cana (ops!) apenas quando o crime é inafiançável. A polícia classificou seu crime como homicídio culposo.
 
O que acontecerá com essa criatura? Nada. Como sempre acontece na maioria esmagadora dos casos de crime dessa gente. Eles podem tudo, até matar. Basta pesquisar na interne casos como do juiz Pedro Percy Barbosa, assassino covarde de um vigilante no interior de um supermercado no Ceará. Foi condenado a 15 anos de prisão graças a uma câmera no recinto, filmando seu ato vil. Mesmo assim aposentou-se com o "salariozinho" de 16 mil e com certeza não cumpre os 15 anos de cana. Nada mal para um assassino bêbado.
 
Outro caso desanimador é do promotor Thales Ferri Schodel. Matou um jovem e feriu outro. Segundo ele, a vítima teria mexido com a sua namorada. Continua a receber 10 mil do Estado.
 
Eu me pergunto: quem de nós, integrantes da democracia, atribuiu tamanhas prerrogativas a essa classe?

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

Seu presente de Natal até 2011: a continuação da CPMF

O governo conseguiu aprovar o tal texto principal da Proposta de Emenda Constitucional – a PEC –, prorrogando assim a CPMF até 2011. Continuaremos a contribuir com 0,38% de alíquota sobre nossas movimentações bancárias.
 
É no plural mesmo. Até eu, com minha caderneta de poupança que só serve para guardar dinheiro para ir pagando as dívidas durante o mês, contribuo para essa boa causa do governo. Afinal, como disseram os petistas Palocci e Luiz Sérgio, milhões de brasileiros saíram da miséria por causa da cobrança. Em pouco tempo alcançarão o status de pobre com computador – como eu – e poderão contribuir igualmente com o governo.
 
Ontem eles, que sempre se disseram a favor do povo eram contra a CPMF. Hoje são a favor. Logo, ontem contra o povo, hoje a favor do povo. Ué, eu sou igualmente do povo, porém não sinto o governo a meu favor. Engraçado isso...

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

Seleção da Bolívia pede sorte aos deuses

A seleção boliviana participou de um ritual andino para pedir sorte aos deuses na partida contra o Uruguai no próximo sábado, pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Hum. Se eles conhecessem o futebol baiano e suas crendices e soubessem onde estão agora as duas principais equipes da Bahia, tratavam é de treinar, treinar, treinar...

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

Arnaldo Jabor vê e descreve “Tropa de Elite” e dá nos “cabeças-de-cuco”

Li ontem em A Gazeta, jornal local, a crônica de Arnaldo Jabor sobre o filme de José Padilha. Ele o descreve como "um evento, uma experiência". Está correto.
 
Muita gente não gosta de Jabor. Eu, mesmo discordando vez ou outra, gosto. Costuma se aproximar daquilo que considero livre-pensador. Deve conseguir às vezes, pois é odiado por radicais da esquerda e da direita.
 
Seu artigo trata de vários aspectos da obra de Padilha. Contudo, existe um trecho que considero grandioso, pois define meu sentimento sobre a patrulha ideológica ao filme. Segue abaixo:
 
"Tinha lido nos jornais a eterna polêmica de nossos intelectuais dualistas: progressista ou fascista? Esquerda ou direita? Essa gente só consegue raciocinar com um cuco na cabeça, batendo o pendulo como um colhão pendurado, tentando enquadrar a realidade num conteúdo ideológico qualquer."
 
Pois é. Arnaldo acaba de me dar uma idéia para referir-me aos bitolados ideológicos: cabeças-de-cuco.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

O PT é uma vergonha descarada!

Lá vou eu de novo. Fazer o quê? Quando digo que não simpatizo com essa raça escrota de políticos brasileiros - tá bom, tá bom, exceção aqui, ali, na pqp também pode ter - amigos "politizados" me olham com afetação me incriminando. Isso quando não me acusam de neoliberal ou marxista - é algo louco, mas existe -, dependendo de qual seja o alvo de minha ira nada santa.
 
No caso em questão, me chamariam de direitista ou tucano. Afinal, vou esculachar o PT. Faço como aquele ditado popular, remetendo à forma dos eqüinos liberarem, por assim dizer, seus dejetos.
 
Nas últimas eleições, petistas e Lula conseguiram pegar no pé do Chuchu Alckimin, acusando-o de potencial vendedor de estatais caso vencesse as presidenciais. O insosso tucano fez questão de vestir até indumentária com nome de estatais, numa alusão ao compromisso de não privatizá-las. Em nenhum momento soube tomar partido de benefícios da privatização como, por exemplo, nas telecomunicações. Pois pode-se debater o processo da venda, mas não existe argumento consistente contra o seu resultado. Vai ver o tucano e sua trupe ficaram quietos por realmente terem o rabo preso a negociações nebulosas à época da privatização. Do contrário, é porque o Chuchu é aquilo mesmo... um marasmo.
 
O fato é que hoje, agora, já, a majestade Barbuda e sua trupe  está privatizando trechos de rodovias brasileiras. E ao que parece, são os espanhóis os principais compradores. Logo, a julgar pelo último "congreço" petista, podemos esperar uma avalanche de protesto contra o governo. Além de afirmarem seu compromisso com o socialismo, petistas ainda fizeram o plebiscito contra a venda da Vale do Rio Doce. Ficaram de levar o resultado até Lula, que não por acaso, estava no "congreço" alimentando os devaneios petistas. Fico de camarote esperando o desenlace de mais esta pantomima.
 
Só incautos ou patetas de primeira para cair no engodo de Lula e sua trupe acerca de sua aversão ao setor privado. Gostando ou não, eles sempre arrumarão um jeito de livrar-se de serviços aos quais são incapazes de assumir a dianteira. E no caso das estradas do Brasil, isso é doença velha, que acomete petistas, tucanos e outros bichinhos incômodos dessa fauna bizarra. Sem contar o caso das concessões na Amazônia.
 
Estou cansado da desfaçatez e da mentira de políticos; entre eles, petistas.  
 

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

O equívoco da periferia

Uma das polêmicas dos últimos dias foi o caso envolvendo um assalto a Luciano Huck. Este recebeu um espaço na Folha de São Paulo e fez seu desabafo. No fim de semana, a Folha concedeu espaço para o rapper e "escritor" Ferréz expor seu ponto de vista. Desastroso.

Ferréz, que parece ser um cara esperto, vencedor vindo da periferia, costuma ser raso em suas exposições. Vive a defender ações criminosas, como se a condição de desfavorecido fosse suficiente para justificar crimes. Nasci e vivo na periferia, e não gosto dessas facilidades. O fenômeno é muito complexo para olhar tão superficial e, em muitos casos, odioso.

Nunca fui fã do estilo do "escritor" rapper. Lembro-me de ter lido algumas coisas suas na Caros Amigos. Sua forma de escrever, extremamente coloquial, sem preocupações com a norma culta, é algo que talvez encante a acadêmicos de miolo-mole, sempre em busca do "enfrentamento" ao sistema a qualquer custo, mas não a mim. Parece-me muito mais uma rendição às dificuldades impostas, optando por facilidades. De minha parte, mesmo não sendo escritor, aceito as dificuldades da língua pátria e tento compreendê-la a todo instante.

Voltando ao assunto da polêmica em torno do Huck - de quem também nunca fui fã, pelo contrário -, interpretei o "artigo" do Ferréz como uma ode à violência. Nada acrescentou para o entendimento do fenômeno, apenas confirmou toscamente o estado de barbárie ao qual todos estamos submetidos.

Inversamente ao rapper, Luciano deu uma entrevista na Veja desta semana e não demonstrou ressentimento. Para desespero de Ferréz e da classe abastada que porventura desejasse ouvir dele o apoio à violência do Estado como combate ao crime.

José Padilha, o homem da "Tropa" no Roda Viva

Ontem o entrevistado do programa Roda Viva foi José Padilha, diretor de "Tropa de Elite", talvez o principal reponsável pelo celeuma presente no país atualmente.

Foi inquirido sobre os mais variados assuntos, já conhecidos por quem acompanha a polêmica em torno do filme: apologia à violência policial, obra fascista, pirataria, forma de fazer cinema e tudo mais acerca da polêmica obra. Saiu-se muito bem.

Não esquivou-se das questões levantadas, mostrou equívocos de análises dos entrevistadores - presentes em várias críticas contrárias ao filme - e chamou a atenção para a patrulha ideológica, uma das primeiras coisas comentadas por mim, logo ao ver a obra em versão pirata. Esta praga, sempre presente quando algo não lhe agrada, o perseguiu antes em "Ônibus 174", principalmente por parte da direita, e agora por parte da esquerda. E de forma tal que, ao comentar sobre uma coletiva, Padilha relatou o caso do repórter bitolado louco para ouvir uma confirmação dele sobre o caráter fascista do filme. Tamanha era a tara ideológica do sujeito, que chegou taxar a música "Lado A, Lado B", do Rappa, de ... fascista!

O diretor igualmente falou sobre o fenômeno da pirataria de sua obra e as histórias envolvendo-a. Ele recebeu e-mail de gente que viu a versão pirata do filme e se dispunha a pagá-lo diretamente, depositando um valor em sua conta!

Em suma, foi um programa ótimo, melhor que o mau-humor idolatrado pela academia do Mano Brown, semanas atrás.

De minha parte, Padilha pode dormir sossegado. Vi a versão do mundo virtual - e pirata -, mas irei ao cinema prestigiar a obra. Sou um "subversivo" que preza os originais - quando merecem e não vivem apenas de propaganda de mercado para nos empurrar garganta abaixo.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

A biografia do bispo Macedo

Edir Macedo, dono da Record e da Igreja Universal, ganhou uma biografia. O responsável foi Douglas Tavolaro, diretor de Jornalismo da Record. Também participa com reportagens Cristina Lemos. Ou seja, não aguardemos nada além de ataques a Globo e defesa do bispo. Deve ser algo próximo ao panfleto apologético de Pedro Bial sobre seu patrão defunto, Roberto Marinho.  
 
Aliás, cogitaram - se é verdade ou não, desconheço - no mundo virtual que o responsável pela obra caudatária de bispo Macedo seria Paulo Henrique Amorim.
 
Espero então o passar dos anos. Talvez surjam historiadores ou jornalistas dispostos a contar os fatos, nada mais que fatos. Sem rancor ou sabujice.
 

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

Mengão breca

É, foi só voltar a falar do mengo e ele perde. O Fluminense deu 2 chocolates amargos para nós e ficamos ali, a um passo das trevas e a um do paraíso - copa Sul Americana ou mesmo Libertadores.

Vamos lá Joel "Cachaça", não deixa a peteca cair.

domingo, 7 de outubro de 2007

Rehab, uma canção

A tal da Amy é uma louquinha de presença. Suas canções são únicas e acachapantes. Uma "trip" e tanto. Onde está o litoral?

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Lula só estatiza os sonhos dos petistas

Como é divertido – depende do ponto de vista, claro – a roda-viva política. Entre conversas, discursos, bravatas e mentiras cabais, quem está disposto a aprender como sobreviver aos políticos vai compilando seu próprio manual. Quem sofre são os sectários, escravos de ideologias.
 
No 3º Congresso do PT, os "crentes" fizeram estardalhaço, confirmaram seu desejo de instalar o socialismo, além de organizarem o tal plebiscito pela reestatização da CVRD. Lula jogou para torcida e concordou com tudo. A "crentaiada" acreditou...
 
Estranhamente, os noticiários desta semana trouxeram informações sobre uma subconcessão adquirida pela Vale numa disputa (?) de participante único e pagamento mínimo pelo comando de 720  quilômetros  da Ferrovia Norte-Sul, nos próximos 30 anos. Resumindo: o governo cede à iniciativa privada a responsabilidade sobre uns trechos ferroviários.
 
Os crentes petistas entrarão em histeria coletiva também por essa?

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

Vale Tudo em Vitória

Aproveitando o retorno aos comentários esportivos, não posso deixar de falar do evento de lutas marciais diversas, conhecido mundialmente como vale-tudo, que irá acontecer no próximo final de semana em Vitória, capital da nossa terrinha.

Como também estou fora dos treinos mesmo esporádicos, somente na última semana tomei conhecimento da realização desse evento. Muitos atletas locais e alguns de fora. No entanto é a luta principal o deleite para amantes do vale-tudo. O veterano e guerreiro da luta-livre carioca, Joihl de Oliveira medirá forças com o já internacional Rodrigo Damm, campeão brasileiro de luta olímpica, submission e mundial de jiu-jitsu.

Damm é atleta daqui, já desponta em eventos no exterior, mantendo-se invicto no Bodog. Infelizmente não poderei estar presente, mas o pensamento positivo para mais uma vitória de Rodrigo já existe desde já. A batalha tem tudo para ser grandiosa.

O Mengão é mau!

Pois é, a falta de tempo aliada aos assuntos mil, me fez deixar um pouco de lado comentários sobre o futebol e esportes em geral. No entanto, após uma crise tremenda com ameaça concreta de rebaixamento, o Flamengo parece estar tomando um rumo novamente no Brasileiro.

Joel Santana, o Joel "Cachaça" na boca do povo, mais uma vez veio, viu e está vencendo. Ao menos, a cada jogo, as trevas da segundona parecem cada vez mais distantes. E hoje, para coroar a boa fase, Mengão deu uma sapecada de leve no São Paulo, simplesmente líder do campeonato e virtual campeão.

O rubro-negro não se intimidou, despachando os paulistas - invencíveis há 16 jogos - por 1 x 0, dentro de um Maraca com recorde de público. De quebra subiu na tabela para o 10° lugar com um jogo a menos que a maioria esmagadora da disputa. Assim eu gosto Mengo!

Agora é não perder a concentração e mostrar ao Fluminense quem manda no Rio. Se apertar, eles entregam.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Os democratas são um sonho...

Volta e meia surge na tv os democratas (outrora PFL) fazendo sua propaganda. É lindo o exercício de desfaçatez. Começam falando sobre a absolvição de Renan Canalheiros e o apoio petista, para em seguida apontar o apoio a aprovação da CPMF, por aquele. Na sequência, se dizem a favor (!) do povo e contra a cobrança bancária. Muito lindo, mas há uma estrutura podre apoiando esse argumento democrata. Aos fatos.

Os demos se dizem hoje contra Canalheiros e contra a CPMF. Assim como os petistas, mudam de posição num passe de interesse. Renan, o Calhorda, serviu como ministro da justiça ao governo FHC, onde o PFL ficou mamando por dois mandatos. Ah, mas na ocasião o senador garanhão estava "limpo", poderia argumentar os prosélitos. Mesmo, não me diga? O calhorda mamava no governo de Collor, hoje bem visto até por Lula. Ademais, velhacaria não toma o corpo de ninguém repentinamente. Está na condição do pilantra. Mas em política, o que os olhos do povo não vêem, político não tem com que se preocupar...

Igualmente, os demos eram a favor da CPMF no governo FHC - assim como os tucanos, tendo, vejam só, os petistas contra. Hoje a democralha e a tucanalha estão a favor do povo, enquanto a petralha e caterva contra. Assim, ouvindo a historinha dos demos em horário nobre, percebemos como nunca fomos felizes e não sabíamos.

Vivemos no reino da mentira.

Nova siderúrgica e a vocação de sempre ser o país exótico do futuro

Os jornais locais hoje celebravam a inauguração de um escritório chinês da maior siderúrgica da China, a Boasteel, aqui no ES. "Teremos" novo porto, nova ferrovia, novos empregos e investimentos bilionários. Exportaremos aço prontinho para ser usado pelos chineses e seguimos firme e fortes rumo ao futuro que nunca chega.

Nada tenho contra instalações de complexos estrangeiros. Se render frutos para o país, tudo bem. Mas fico imaginando quando se iniciará a produção de tecnologia no Brasil, para começarmos a enxergar mesmo o futuro e deixarmos de seguir interminavelmente em sua direção nunca avistada.

Parece ser uma vocação eterna do país: a de eterno vendedor de bananas e comprador de bananada enlatada.

Na inauguração do tal escritório, estavam presentes as autoridades políticas maiores da Capital e do Estado. Em meio aos grandes figurões sempre presentes nessas ocasiões, prefeito e governador, juntamente com chineses, "tocavam" congo, cada um com uma casaca, regidos por uma animada moça, conforme a foto no jornal.

Muito provavelmente deveria ter um grupo de congo tocado por crianças e adolescentes. É outra coisa estranha para mim. Esse tesão cultural em mostrar o nosso lado folclórico, sempre pelas mãos dos menos favorecidos. Para os gringos, somos uma diversão exótica, uma curiosidade quase primitiva. Nossas crianças pobres nunca conseguirão ir além dos batuques. Às favas!

Não sou contra a cultura popular. Porém, quero ver políticas públicas para pobres desenvolverem seus talentos nas tais artes nobres. Que história é essa de só projeto de batucada para nós? Quero ver eles levarem a molecada de classe média para tocar casaca frente aos gringos. Por que não criam projetos contemplando o erudito e o popular para mostrarmos que podemos ir do tambor ao violino ou piano numa mesma escala? Que tal um exotismo, vá lá, de vanguarda?

Enquanto isso, sim, nós temos bananas à venda.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

Mas que filho de uma “Putin”!

O presidente-czar-ex-kgb-autoritário-futuro-primeiro-ministro da Rússia, Vladmir Putin, resmungou lá dos altos da Sibéria, incomodado com os "irmãos de cor" colorindo a lividez dos times daquelas bandas hiper-brancas de seu país. Segundo o gaiato, os estrangeiros pretos e morenos presentes nas equipes de futebol russas, fazem a naçãozinha dele parecer a África.
 
Ora, ora. Mas esse comunista enrustido é xenófobo. Talvez imagine poder retornar aos  dias de glórias – se é que teve efetivamente algum – do futebol russo. Para isso, solta uma declaração cheia de preconceito. Deveria agradecer pela presença dos brasileiros em meio aqueles robôs gelados, sem ginga alguma.

Abra sua conta no Yahoo! Mail, o único sem limite de espaço para armazenamento!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Esses pensadores e seus fantásticos "barracos" intelectuais!

Uma das melhores coisas para os admiradores de contendas entre intelectuais é, além de se informar, diverti-se com a "humanidade" desses monstros do pensamento. Volta e meia conseguem fazer aquilo que, no olhar do senso-comum, considera-se baixar o nível ou o barraco. Claro, com muito estilo.

Intelectuais entenda-se por todos pensadores e comentaristas que demonstram utilizar o cocuruto - ou ao menos aparentam - para emitir suas visões de mundo, muito além da vista de nós mortais.

Dito isso, a internet veio a calhar. Para os antenados nos principais comentadores das mais diversas áreas, vindos do universo virtual brasileiro, é um deleite. Praticamente toda semana tem uma estocada de parte a parte.

Obviamente nesse universo gigantesco da internet, mesmo em âmbito somente nacional, temos os "astros" maiores, os médios, os pequenos e os micros. No entanto, isso não impede os "nanicos" - leia-se sem muita visibilidade, ou quase nenhuma, do público em geral - de apontarem o dedo para as "estrelas", desafiando-as para uma peleja que pode custar até credibilidade, dependendo de quem acompannha a porfia.

Curioso é o comportamento de muitos entre eles. Falo de alguns.

Um dos maiores polemistas seja no mundo virtual ou no real, gostem ou não dele, é Olavo de Carvalho, o homem aparentemente mais nervoso do pensamento mundial, hehehe. Desde os anos 90 o filósofo - título contestado por seus opositores - resolveu chamar a atenção esculachando a intelligentsia brasileira de esquerda. Lançou naquela década o já legendário O imbecil Coletivo, onde bate na esquerda de tudo quanto é jeito.

Muita gente considerada boa, preferiu sentar no cume - hum... - de seu ego e fama no terceiro mundo, fingindo ignorar Olavo. Emir Sader, o intelectual-doutor-militante, já apanhou e continua apanhando intelectualmente, mas prefere fazer de conta que não é com ele. Do mesmo modo, a senhora Marilena Chauí. Esta, por sinal, é espinafrada por Reinaldo Azevedo, articulista de Veja, regularmente. Contudo, também prefere disfarçar não ser com ela e opta pelo silêncio. Estranha forma de mostrar-se com razão em seus argumentos: calando-se - isso não a impede de abrir a boca em momentos chaves para soltar bobagens apologéticas ao petismo e a Lula. Recentemente Olavo continua a lançar seus impropérios num programa de rádio via net. Seus adversários alegam ser nocivo debater com ele, haja vista o rol de palavrões produzidos pelo filósofo pitbull.

Por falar em Reinaldo Azevedo, um "liberal em conservas", não dá para pensar em polêmicas intelectuais atualmente sem citá-lo. Já deu no "lombo" de Sader - aliás, se fosse adepto do livre-mercado, Emir deveria lançar um boneco com sua careta para ser socado exclusivamente pela direita -, se pegou com Luiz Carlos Azenha, ex-repórter da Globo, rendendo bons debates, com acusações de lado a lado. Segundo Reinaldo, largou o Azenha para não dar ibope. Aliás, esse argumento do jornalista tucano - ele não percerbeu o quanto é ou faz de conta nos enganar - as vezes é duvidoso. Vejamos.

Menos fulgurante, porém igualmente controverso, é Janer Cristaldo. Inimigo declarado de Olavo de Carvalho - com quem já se estranhou intelectualmente, claro - este ateu militante, da mesma forma anti-comunista empedernido, defensor do capitalismo com ressalvas, poderia ser um representante do grande pensador atual. Mas costuma emitir opiniões meio duvidosas regularmente. Trata a questão do racismo com certo desdém, deixando o debate raso, além de não ter pejo nenhum em mostrar asco para com pobres. Contudo, deixo isso para uma outra hora. Quem sabe ele não esclareça tudo em uma entrevista? Arriscarei no futuro.

Bem, apresentado o sr. Cristaldo, volto a Reinaldo. Entendam. Janer é um dos poucos que têm coragem para tentar arrostar Reinaldo Azevedo. Mino Carta e Paulo Henrique Amorim, são espicaçados por Reinaldão e fingem superioridade no estilo silencioso de Chauí. Cristaldo volta e meia tenta uma "aproximação". A última foi ontem, por causa de uma suposta incongruência do tucanopapista - nas palavras de Janer - sobre a idéias de Santo Tomás de Aquino acerca da condição imaculada de Maria.

Somente tomei conhecimento da afronta de Cristaldo a Azevedo após chegar da universidade ontem à noite. Mais cedo já tinha visto um comentário de Reinaldo em seu blog sobre um "velhote babão com nome de travesti" que teria enviado pseudo comentários sobre o erro do articulista de Veja, na esperança de ter seu nome finalmente citado naquele blog. Azevedo nada disse além, muitos leitores que desconhecem Janer ficaram cheios de curiosidade e apenas um acertou na mosca, mas sem escrever nomes, ao citar em seu comentário as desavenças do "velhote babão" também com Olavo de Carvalho. Quem acompanha essa raça toda, como eu, matou a curiosidade na hora.

Agora, voltando a tese de Reinaldo Azevedo, de não citar nomes de alguns opositores apenas por supostamente não querer dar ibope a eles, creio tanto furada. Principalmente vindo dele, sempre disposto a desafiar os "famosos" como Carta, Amorim, Nassif ou Rossi. Independente de estar em evidência ou não, Janer Cristaldo tem um certo número de leitores, já passou por redações de grandes jornais e se dispôs a apontar um suposto erro de Azevedo. Este, sempre pronto para combater seus desafetos, deveria sim dar nomes aos bois. Ou estaria ele errado e preferiu esconder? Tentar fazer gracejo ocultando o alvo, está mais para "gigante" do jornalismo - adjetivo muito caro a Reinaldo quando refere-se a Mino Carta.

Outros barracos existiram e muitos outros virão. Estamos de olho.
Powered By Blogger