segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

2008, em horas

Daqui a pouco chega ao fim o ano de 2007. As expectativas para o próximo ano são as de sempre: que tudo - ou algo - dê certo.
 
Sinceramente, não faço planos. Não vou para praia dar saltinhos sobre ondinhas. Apenas tento realizar o que tem de ser feito. E assim entro o ano. Sempre pronto para a batalha.
 
 


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Wanderlei não supera Chuck

Não deu. Em seu retorno ao octágono do UFC, Wanderlei Silva foi derrotado por Chuck Liddell. Ainda não vi o vídeo, mas pelos comentários a luta foi intensa, sendo decidida pelos juízes.
 
É uma pena. Estava na torcida por Wand. Seria uma vitória fundamental haja vista o momento de sua carreira. Paciência. É trabalhar para que a próxima luta seja a volta ao sucesso.


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sábado, 29 de dezembro de 2007

A mãe de todas as batalhas

"I see your future, it's nightmare...
… Looking in your eyes, looking in your eyes…"
 
Suicidal Tendencies
 
A epígrafe soa clichê. No entanto, para quem acompanha o mundo das lutas, mais especificamente o vale-tudo ou mma, nada melhor para resumir o acontecimento de hoje à noite em Las Vegas, EUA. O norte-americano Chuck Liddell e o brasileiro Wanderlei Silva entram hoje no ringue do Ultimate Fighting Championship, o UFC – maior evento de lutas misturadas do mundo -, para mostrar quem realmente pode ser considerado o melhor entre os dois. Isso somente seria o suficiente para voltar a atenção à contenda. Porém, muito mais coisa está envolvida nessa luta: além de valores financeiros exorbitantes, valores pessoais, destinos de carreiras, reestréia de Wand no Ultimate e outros elementos explosivos.
 
Tanto Wanderlei quanto Liddell, vem de duas derrotas consecutivas. O brasileiro amargou nocautes. Foi derrubado por outros dois monstros do vale-tudo, o croata Mirko Cro Cop e o também norte-americano Dan Henderson, sendo que esta derrota custou-lhe o título de campeão do extinto evento japonês Pride. Já Chuck perdeu por pontos sua última luta para o mediano e pouco conhecido Keith Jardine, e viu seu título de campeão do UFC ir para a cintura do algoz Quinton Jackson, após um nocaute implacável. Era a segunda vez que Liddell caia ante Quinton – a primeira deu-se há anos, no Pride.
 
A luta entre Wand e Chuck já faz parte do imaginário de lutadores e fãs de lutas desde os tempos em que o brasileiro reinava no Japão e o norte-americano foi alçado à condição de estrela do UFC, atropelando Tito Ortiz, Randy Couture, Renato Babalu, entre outros. Com a derrocada do Pride e a ida de Wanderlei para o Ultimate, o mundo das lutas ficou em polvorosa. Agora, seria inevitável o choque entre as estrelas.
 
Bem sei o quanto o embate é imprevisível. São dois dos maiores trocadores do vale-tudo face a face finalmente. Tudo pode acontecer. Um soco bem dado, no local exato, acaba com tudo em segundos. Estratégias bem executadas podem levar a luta para a decisão dos juízes, além de marcá-la como uma das maiores, senão a maior, do mundo das lutas misturadas. Que todos estejam preparados.
 
Não obstante o brasileiro precisa muito mais dessa vitória. E quem conhece Wand, ainda que somente dos ringues ou pela tela da tv ou do monitor do computador, sabe o quanto ele vai dar de si por essa vitória. Penso ser o momento exato para Wanderlei renascer das cinzas, tal qual a Fênix mitológica, e mostrar ao mundo que o "cão louco" está vivo e sequioso para alcançar seu posto de destaque novamente.
 
Wanderlei Silva já passou por muitos obstáculos na vida. Ouso dizer que esse é o maior de sua vida. Então fica aí o meu desejo de sucesso para o Silva, somado a outros milhões mundo afora.
 
Vai "cão louco", olhe fundo nos olhos do "moicano" e mostre a olhe o pior de seus pesadelos.


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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O horror no Oriente. Até quando?

Mais uma vez as notícias vindas do Oriente não são animadoras. Após um atentado, morreu a ex-premiê paquistanesa Benazir Bhutto, hoje, no Paquistão. Ela foi assassinada juntamente com outras pessoas, em meio a um ataque suicida. Alguns dizem que Bhutto foi vítima de fragmentos da bomba acionada pelo suicida, outros que foi alvejada por tiros em meio à explosão. Bezanir era opositora do ditador do Paquistão, Pervez Musharraf
 
Fato é que, mais uma vez, a intolerância reina do lado de lá. E o resultado é catastrófico, matando e ferindo pessoas. Fico a imaginar até quando carregaremos essa chaga do terrorismo entre nós, seres humanos. O grau de perversidade e insanidade no ato terrorista é algo absurdo. Nem os seres irracionais chegaram ao menos próximo de tal vileza.
 
E assim caminha a humanidade...


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Por que não soltarei fogos se a Globo “acabar”

Volta e meia circula pela internet notícias sobre a "queda" do império global. Basta o ibope registrar alguma queda nos índices de audiência e os urubus já começam a sobrevoar imaginando estar chegando a hora de atacar um cadáver. Mas ainda nada aconteceu. E, ao que tudo indica, demorará a acontecer.
A mais nova está atrelada à saída de Gloria Maria do "Fantástico" e sua ida para a Record. Uns dizem que ela está tirando umas "férias" para cuidar de projetos pessoais, outros que o problema são os desafetos, como Pedro Bial. Na esteira corre o fato da queda de audiência do "Fantástico".
Particularmente, há tempos acho o programa dominical mais chato do que interessante. No entanto não parece estar em declínio como querem seus críticos. Seu concorrente da Record, o "Domingo Espetacular", mesmo parecendo mais dinâmico e interessante às vezes, ainda não conquistou o coração dos brasileiros - e está longe de trazer alguma novidade.
Onde quero chegar com isso tudo? Na verdade, vejo pela rede e nas bocas de "revolucionários" o desejo insano pela queda da Globo. Vá lá, eu pouco me importo se ela desmoronar amanhã. Porém fico imaginando: o que virá em seu lugar? Apenas outro lixo, reflexo de uma população incapaz de pensar longe da tv. Ora, se temos que suportar essa torrencial chuva de porcaria na televisão, agradeçamos ao povo que dá audiência para as redes transmissoras de programas enfadonhos. Melhor, temos de agradecer à nossa educação, principalmente estatal, que contribui para a permanência dessa letargia em frente ao quadrado colorido e mágico, enquanto o mundo explode.
O problema não está com a rede Globo. Quem tem de "acabar" é a sociedade bitolada. Quem sabe assim, finalmente, o número de novelas se limite a no máximo uma por rede e por quatro meses ao ano? Ou os "Faustões" e "Gugus" da vida dêem lugar a algo menos ordinário aos domingos?



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segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

O que me interessa no natal

Já falei do meu sentimento ante o natal. Nesses dias onde, num passe de mágica, grande parte dos corações se torna "fraterna", os patrões – em sua maioria – distribuem cestas natalinas para seus empregados. Com raras exceções, os conteúdos destas cestas são risíveis. Muitos produtos ali contidos, os trabalhadores não fazem questão nenhuma de colocar no carrinho quando estão fazendo suas compras. Claro, o velho clichê de "para quem não tem, está ótimo" prevalece em alguns casos. Mas bem que o espírito que toma conta das almas dos "chefes" poderia ser um pouquinho pródigo, e fazer-lhes oferecer bombons Garoto, ao invés de Emoções – sim, existe.

Outro fenômeno digno de observação é o nosso impulso em ir às compras, parecendo aquele batalhão de formigas que sai para o trabalho – ao menos os formicídeos não precisam preocupar-se com as dívidas. Para os cristãos é o tempo de comemorar o nascimento de Jesus – mesmo sabendo que ele não nasceu no dia 25. No entanto, mesmo entre muitos seguidores do nazareno, o tempo é mesmo de compras e despesas.

Eu, no meio dessa história toda, me interesso é pelo feriado e o descanso prolongado. Aproveito para por em dia as tarefas que me dão prazer e apreciar bons destilados – além, óbvio, de comer o que está ao alcance. O compromisso que tenho com todos à minha volta é diário e não surge com datas religiosas.

Por isso, desejo a todos um bom descanso e uma boa diversão, acredite ou não no natal.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O reino da ignorância

Saiu no jornal A Gazeta, daqui do estado, uma matéria explosiva. Quer dizer, todo mundo já sabe, é só ver os resultados obtidos pelo Brasil nas avaliações feitas sobre educação em escala mundial. No entanto, não é todo dia que vem a público uma professora universitária desabafar sobre a "incapacidade gramatical" dos universitários.
 
A professora de Desenho Industrial do Centro de Artes da UFES, Sandra Medeiros, revelou que 80% dos alunos com os quais trabalha têm dificuldade com a leitura e a escrita. Mais: 30% cometem erros graves de ortografia e concordância. Para a docente, a culpa pode ser da escola, por negligência, ou do professor, por falta de capacidade para lidar com as mais diversas situações no momento do ensino. Sandra também chama a atenção para a visão imperante no país, nas últimas duas décadas, de que não se pode reprovar o aluno nas etapas fundamental e média de ensino, para não desencadear a baixa-estima e o abandono dos estudos. Ela crê na necessidade de se trabalhar o inverso: por meio da reprovação, estimular ao aluno superar-se.
 
Eu estou de acordo com o ponto da reprovação. Muito na esteira de pedagogias de oprimidos, da cultura de eternas vítimas presente no país, optou-se por trabalhar com a idéia da não necessidade de reprovação do aluno. O ápice do engodo foi alcançado no governo de FHC e sua progressão continuada, sua nova oportunidade de aprendizagem. Ao invés de cuidar dos problemas estruturais de nossa educação – escolas mais próximas de amontoados, sistema de educação público falido, professores mal remunerados e preparados, etc, etc, etc – optou-se, como é natural para um país acostumado a viver dentro de uma latrina, por maquiar a situação. Trabalho com contratação de estagiários e é normal presenciar erros ortográficos primais e brutais por parte da garotada. Mesmo entre os estudantes de ensino superior.
 
Voltando ao cerne do comentário, algo que me perturba é a nossa falta de traquejo com a língua mãe. Me incluo no bojo, pois o valor ao nosso idioma nunca foi algo muito considerado pelas escolas que passei. Hoje aprendo mais sozinho. Sei das minhas dificuldades com a gramática e procuro superá-las com muita leitura e algum estudo das normas – falta-me tempo para algo mais aprofundado no momento, porém estou me virando. Contudo, esta é a diferença entre mim e a grande parte de estudantes por aí: a consciência da limitação e o desejo de vencê-la. Já ouvi cada coisa sobre a real necessidade de aprendizado da língua portuguesa em sua essência mesmo elementar. Também entre colegas universitários e professores...
 
Muitos consideram um absurdo "perder" tempo com o "falar difícil". Toma-se por idéia que o falar difícil em destaque nada tem a ver com linguagem poética ou rebuscada. Unicamente tratar a língua como deve ser, utilizando a norma culta no dia-a-dia. Alguns te olham atravessado. Outros já te chamam de "intelectual". E tudo porque você resolve falar minimamente dentro das normas elementares, algo possível desde o mais miserável até o mais abastado. No entanto, por aqui isso é sinônimo de pedantismo.  Já vi professor em cursinho defendendo a utilização do linguajar coloquial em qualquer situação. Para ele, seria uma forma de inclusão... Ah, vá cultivar tubérculos (isso é pernosticismo)! Isso está mais para conformação e condescendência com preconceituosos que não crêem na capacidade de todo ser humano superar-se.
 
A professora Sandra Medeiros, igualmente confirmou a dificuldade dos acadêmicos de outros cursos com a gramática. Coisa muito comentada pela professora com a qual estudei recentemente a disciplina Monografia I, no curso de Ciências Sociais. Ela sempre nos chamou a atenção para os erros ortográficos – alguns absurdos – presentes em alguns projetos. Nesse quesito até fui bem, tendo apenas erros de digitação apontados.
 
Quando passei no vestibular, uma das primeiras coisas que imaginei foi a disciplina de língua portuguesa no primeiro período. Enfim, mesmo sendo cientista social, o sujeito tem de saber ler e escrever decentemente. Qual o quê! Se quiser tem de correr para a optativa do curso de Línguas – mesmo assim dizem que ele não é voltado para normas gramaticais e sim construção de textos ou algo semelhante.
 
Com isso forma-se profissionais até doutores capazes de barbaridades. Emir Sader, doutor no campo das Ciências Sociais – infelizmente – já foi pego várias vezes fazendo lambança com a nossa língua. Por coincidência, abro o site de professor Roberto Romano e encontro lá, em destaque no título de seu texto, "homosexualidade". Penso ser apenas mais um daqueles erros triviais de digitação. Porém, a realidade mostra-se cruel: em todo extenso texto o filósofo insiste em "homosexual" ao invés de homossexual. Solta até uma "heterosexual". O link é este: http://robertounicamp.blogspot.com/2007/12/homosexualidade-metafsica-e-morte.html.
 
Tudo isso me faz lembrar aquela velha discussão sobre cotas na universidade: o primordial é a base da educação. Do contrário, seremos uma nação de "incluídos" incultos.  
 
PS: como sempre, o texto vai de chofre, sem uma conferência abrangente. Caso encontre erros gramaticais, perdoe a minha "inguinorança".


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terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Beatles “converte” o comedor de morcegos Ozzy Osbourne

Ligo a tv, pulo alguns canais e me deparo com a cara dele lá. Sua voz meio fúnebre, meio sintetizada já não é mais aquela. No entanto Ozzy sempre se esforça para parecer melhor do que realmente está. Rolava o vídeo clipe de "In my life", canção dos Beatles regravada pelo "Príncipe da Escuridão". Confesso ter ficado até mesmo surpreso. Aquele ali é que é o tal adorador do diabo, como os neuróticos religiosos dos anos 80 queriam nos fazer crer?
 
Para quem não viu, vale a pena. Pela canção em si – afinal é Beatles, hehehe – e pelas imagens.
 
No clipe há várias cenas de momentos da vida de "Mr. Madman". Curioso é ver como um cara que construiu um personagem tão polêmico nos palcos – e levado a sério por fanáticos tanto religiosos, como rockeiros – aprendeu a regrar sua vida em família. Cenas dele em diversos shows, nas mais variadas fases da carreira, alternam-se com as de família: seus filhos pequenos, depois jovens, demonstrações de afeto e carinho com a esposa ante as câmeras.
 
Claro, muito disso pode ter sido mostrado quando os Osbournes participaram daquele reality show na MTV. No entanto, lá de forma ou outra tinha script. Na compilação do clipe de "In my life" é Ozzy in natura, sem medo de demonstrar espontaneamente o lado marido e pai de família, que para malucos que o odeiam ou idolatram cegamente, não existe. Devem imaginar o cara fazendo missa negra em família. Enquanto isso, Ozzy se diverte com toda a loucura em torno de si.
 
Bem, o vídeo clipe é singelo e ótimo. Como disse, a canção é linda e as imagens, perfeitas. No final, como não poderia deixar de ser, tem o tom sarcástico de Ozzy.


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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Quem “matou” Ryan Gracie?

O mundo das lutas foi surpreendido por duas notícias chocantes no último fim de semana. Primeiro, na noite de sexta-feira, os noticiários mostravam a prisão do lutador Ryan Gracie, membro da tradicional família Gracie, a responsável pelo aperfeiçoamento do jiu-jitsu japonês e divulgadora do eficiente jiu-jitsu brasileiro pelo mundo.
Ryan foi detido após uma série de ações criminosas e confusas: saiu em disparada de seu prédio de bermuda, camiseta e munido de uma faca, rendeu um senhor e acabou por tomar seu carro. Ao assumir a direção, chocou-se contra um banco de cimento numa calçada. Tentou apoderar-se de outro carro. Diante de um insucesso, voltou-se para um motoboy, que resistiu. Outros motoboys, presenciando o ato, aproximaram-se do companheiro e atacaram o lutador. Cercado por mais de duas dúzias de motoqueiros e sob uma saraivada de socos, pontapés e "capacetadas", Ryan foi controlado até a chegada das autoridades.
O Gracie foi levado para delegacia e autuado por roubo e tentativa de roubo. Segundo autoridades que o ouviram, ele alegava estar sendo perseguido. No início da madrugada, Ryan foi levado para ser submetido a exames toxicológicos, retornando para outra delegacia horas depois. Nessa mesma madrugada, recebeu a visita de um psiquiatra, que ora dizem ser médico da família, ora dizem ter sido chamado pela irmã do lutador, ora dizem não saber quem o chamou. Fato é que o médico consultou Ryan Gracie na carceragem e ministrou um "coquetel" de tranqüilizantes, antipsicóticos e medicamento contra hipertensão. Na manhã seguinte, o lutador de jiu-jitsu amanheceu morto.
O tal médico também anunciou à imprensa no sábado o resultado de um exame toxicológico, no qual foi detectado ao menos três tipos de substâncias ilícitas usadas por Ryan: maconha, cocaína e crack. O caso promete ser explosivo, afinal o resultado que demonstrará a causa da morte do lutador sai apenas em duas semanas.
Ryan Gracie sempre foi o modelo de lutador problema. Durante a sua curta e perturbada existência, esteve envolvido nas mais diversas confusões. Quando não estava atracando-se com outros lutadores fora do tatame – envolveu-se em brigas de rua "clássicas" contra o paulistano Macaco e com Wallid Ismail, outro brasileiro famoso no mundo das lutas –, promovia quebra-quebra em boates. Numa dessas confusões ficou detido alguns dias por ter sido acusado de esfaquear um outro rapaz, sem conseqüências drásticas. Para
Segundo alguns depoimentos de amigos e familiares, Ryan via tendo problemas psicológicos e sofrendo crises de pânico. Uma destas aconteceu teria ocorrido na última sexta-feira, resultando em sua prisão.
Particularmente, nunca fui muito fã de Ryan Gracie. Sempre considerei seu irmão, Renzo, e seus primos Royler e Royce, os grandes expoentes do chamado vale-tudo moderno. Foram para a "guerra" contra grandes lutadores que já conheciam a eficiência do jiu-jitsu. Já Ryan, lutou contra japoneses, vencendo a maioria. De todos estes adversários, apenas Kazushi Sakuraba foi realmente o seu grande opositor de gabarito, de quem o Gracie perdeu por pontos.
Lamento a morte de Ryan. Com todos os seus pecados, entendo que ele deveria estar vivo para pagar por seus erros e, quem sabe, rever a sua vida. Não sei como a família o tratava em seu dia-a-dia. Agora, com esse final trágico, fica a especulação: poderia ter sido evitado? Sua família atentou para o seu comportamento impulsivo como deveria? Ou achou tratar-se apenas de mais um gênio de pavio curto simplesmente? O Gracie buscou ajuda?
Muitas são as questões. A sensação para fãs e praticantes do mundo da luta, a meu ver, é que Ryan Gracie perdeu uma batalha pessoal. É necessário saber quem foi seu algoz.



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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Canalhas! Celerados! Abjetos!

Somente hoje tomei conhecimento da reportagem apresentada no último Fantástico mostrando a violência nauseabunda e revoltante de grupos de safados contra uma família e contra um caminhoneiro. Provoca asco em qualquer pessoa com o mínimo senso de civilidade.
 
Na primeira reportagem, é mostrado um grupo de três homens cercando o carro com uma família dentro. Os facínoras ameaçam o homem ao volante, arranham o veículo dos dois lados e aplicam chutes na lataria. Quando o homem sai do carro, começa a ser agredido com empurrões e socos no rosto. A esposa do agredido desce do carro para tentar intervir na agressão e quase acaba recebendo a porta do carro na barriga, após um chute de uma das bestas. Sua sorte é que estava de lado. Ademais, uma filha do casal adolescente também presencia a ação grotesca. Em dado momento se desespera e grita pela rua por socorro. Após alguns minutos e a chegada de testemunhas, os escrotos desistem de continuar o seu espetáculo de horror.
 
Mais asqueroso ainda foi ouvir o depoimento de um dos agressores ao repórter. Localizado, disse que não agrediu a mulher, ao chutar a porta. E que o olho roxo do agredido foi por causa de uma freada brusca e a cara no volante. Dadas as imagens inequívocas, fico a pensar até onde vai a baixeza e covardia humana.
 
Outra reportagem, apesar de não ter o flagrante da agressão, igualmente nos provoca horror. Depois de uma batida na traseira de um caminhão, sem vítimas, seis homens lançam-se sobre o caminhoneiro e, conforme testemunhas, o espancaram. Num ato inominável, continuaram a bater na vítima mesmo estando desacordada. Uma vileza ímpar. Por sorte o homem conseguiu sobreviver.
 
Penso que não há sociologia ou psicologia para analisar esses indivíduos atrozes. São indignos de qualquer apreciação. Tinham plena noção do que faziam e nenhum motivo sequer para tanto. Devem ser trancafiados na prisão e forçados a trabalhar para a sociedade que os aceita, ainda que indignos de viverem nela.
 
Criminosos covardes devem ser submetidos à dureza do sistema carcerário, sem regalia de bom comportamento.  


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quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Um novo hino para o Brasil

Diante do quadro social lastimável presente neste país, sou a favor da troca do hino nacional enquanto a corrupção, o descaso e a violência forem protagonistas em nossa história. Não é preciso nem criar o substituto temporário. Ele já existe e foi composto pelo grupo Paralamas do Sucesso. Seu nome é "Selvagem". Abaixo segue a letra.

"A polícia apresenta suas armas
Escudos transparentes, cacetetes
Capacetes reluzentes
E a determinação de manter
Em seu lugar

O governo apresenta suas armas
Discurso reticente, novidade inconsistente
E a liberdade cai por terra
Aos pés de um filme de Godard

A cidade apresenta suas armas
Meninos nos sinais, mendigos pelos cantos
E o espanto está nos olhos de quem vê
O grande monstro a se criar

Os negros apresentam suas armas
As costas marcadas, as mãos calejadas
E a esperteza que só tem quem tá
Cansado de apanhar"

De hoje em diante, enquanto persistirem como destaque a violência, a corrupção, o roubo, evocarei essa canção como hino deste país medíocre - graças a todos que a ele pertencem.




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Brasil: um país desencantado

Tomar conhecimento das notícias sobre violência no Brasil causa aflição. É um tal de filmagens de assassinatos, de assaltos, ações do tráfico, crimes da polícia. Ufa! Nos jornais impressos daqui do estado o fenômeno é o mesmo. Voltando-se para a política, igualmente não há o que comemorar. Confesso desânimo.

Hoje, ao abrir o jornal local A Tribuna, leio sobre o assassinato de uma cabeleireira chamada Rita Viana de Souza, 43 anos. Ela foi executada com 15 tiros, por um suposto vendedor de carros, Izaque Correira do Rosário. Ele está foragido.

Fora um desfecho de uma pendenga que vinha se arrastando desde o início do ano, quando a cabeleireira comprou um carro num chamado feirão de usados, em Vila Velha. Como o carro apresentava problemas a contar de semanas após sua compra, Rita tentava resolvê-los procurando o vendedor. Conforme fora testemunhado, os dois se encontraram na manhã de ontem no local do feirão, e após discussão, Izaque sacou uma arma e deu 15 tiros em Rita.

Lastimável. A violência presente neste país não só amedronta e indigna, como enche de pessimismo céticos como eu. Fico a imaginar até quando tal situação se perpetuará. Não é possível a continuidade do barbarismo sem medidas efetivas para combatê-lo. E isso deve ser algo mais do que simples repressão, afinal, como ficou-se sabendo essa semana, atos como os da polícia carioca na favela do Alemão - onde relatórios apontam para execuções sumárias - apenas somam a violência.




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terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Tucano na gaiola?

Hehehe. Leio que o governador da Paraíba, o tucano Cássio Cunha Lima, foi considerado culpado pelo TRE daquele estado por ter utilizado um jornal para propagandas políticas nas últimas eleições de forma irregular. A mesma sentença de cassação do mandato serve para o vice-governador, o "demo" José Lacerda Neto. Também pesa contra as duas figuras, a acusação de distribuição de dinheiro aos eleitores visando, claro, votos.
 
Bem, eu não me espanto de ver gente do Democratas e do PSDB envolvido com falcatruas. Um a mais um a menos, pouco importa. Pertencem a velha estirpe política brasileira acostumada a viver numa latrina (i)moral.


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sábado, 8 de dezembro de 2007

Haverá salvação para este país?

A cada dia tenho menos esperanças de dias melhores no Brasil. A mediocridade, a falta de caráter que o assola parece não ter fim. E isso vai desde o mais simples ao mais ilustre cidadão.

Voltando das compras mensais num táxi, reclamo com minha esposa e amigos sobre a falta de respeito mínimo dos brasileiros quando o assunto é o interesse de cada um. Nessa semana presenciei dois exemplos: um na fila de um terminal de coletivos e outro quando fui comprar sorvete no mesmo estabelecimento onde fiz as compras.

No primeiro fico a observar uma mulher no início da fila acenando para alguém no final. Aparece um estudante, provavelmente universitário, e prosta-se ao lado dela. Encetam uma conversa animada e quando chega o ônibus aguardado, o cara-de-pau simplesmente segue de onde está e entra no coletivo. Já no segundo caso, vou comprar sorvete e entro na fila. De repente chega um pai depois de mim e coloca a criança de 08, 09 anos, para pedir o sorvete. Na minha frente e de outras pessoas também.

Por fim, quando chegamos e dou R$ 20,00 para o taxista cobrar a corrida de R$ 8,00, ele me devolve R$ 10,00 de troco.

Fico a pensar: realmente temos administradores no governo que merecemos.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

O espírito de porco capitalista e o natal

Não tenho saco para natal. Acho um dia como outro qualquer. O problema é a encheção advinda da data por causa do comércio. Na frente do meu local de trabalho é uma amolação o dia inteiro. Várias lojas colocam caixas de som na porta dos estabelecimentos e aquelas músicas  natalinas toscas invadem os nossos ouvidos.
 
As escolhidas da vez são os temas de natal em chorinho. Putz! É o dia inteiro tocando o mesmo cd com três ou quatro canções apenas. Um mantra maldito! Ontem cheguei na Americanas e o que tocava? O chorinho natalino que me causa chorão de desespero.
 
Acho a data repleta de falsidade, malandramente apropriada pelo capitalismo. Se antes havia alguma intenção nobre em celebrar uma data na qual o salvador para os cristãos nasceu, hoje tornou-se, em essência, um motivo para o capitalismo alojar-se em corações e mentes. Parece que o espírito de natal foi tomado de assalto pelo espírito tarado do mercado. As tais mensagens de reflexão, de amor ao próximo estão todas nos comerciais, servindo de base para a venda de alguma coisa.
 
De qualquer forma, sinto uma hipocrisia disseminada no clima de "é tempo de solidariedade, de perdão, de olhar para os necessitados, de fazer um mundo melhor". Ora, quanta bobagem! Quem realmente se importa com o mundo, vai trazer estas preocupações consigo todos os dias do ano. Vai agir, por mais comezinhamente que seja, sempre no sentido de fazer o mundo melhor. Não ficar preocupado em mostrar alguma gentileza no natal.
 
Problemas e necessidade estão presentes a todo instante. Aos que esperam o natal para agir importando-se com o outro e com o mundo que o cerca, deveriam praticá-lo nos 365 dias por ano. O mundo agradeceria.


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quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Vitória petista-comunista?

Dia desses, passei no horário do almoço pela tradicional Praça 8, no centro da capital. Está localizada próximo ao Porto de Vitória, símbolo histórico do estado por guardar a memória dos primeiros grandes negócios, do incipiente comércio fomentado pelos imigrantes.

Funcionários da prefeitura - se não me engano -, sob o comando do petista João Coser, estavam instalando enfeites de luzes em forma de estrelas e globos. Até aí, nada de mais. Outras praças e pontos históricos, como o Parque Moscoso, estão apinhados de aprazíveis e coloridos enfeites semelhantes. Até oferece um ar mais alegre ao cada vez mais esquecido Centro de Vitória.

No entanto, ao deixar o serviço à noite e passar pela mesma praça, fico surpreso: os mesmos enfeites coloridos de outros cantos da cidade, ganharam uma única cor: o vermelho. O número de estrelas parece ser bem maior também do que em outros cantos.

Pensei comigo: se fosse adepto de teorias conspiratórias, diria que por trás disso tudo há uma mensagem oculta - para os incautos. No entanto dei de ombros e segui o meu caminho.

Qual não foi a minha surpresa ao passar pela praça nos últimos dias - passo por ela todos os dias - e deparar-me com enormes painéis temáticos, com fotos da época asquerosa da ditadura militar. São retratos em preto e branco dos ditadores militares, dos guerrilheiros, das diretas, dispostos como um círculo com duas aberturas nas extremidades. Confesso que deparar-me com fotos gigantes que relembram aqueles anos terríveis, me causam certo desconforto.

Obviamente, trazem mensagens relembrando a anistia, as diretas, pela memória dos mortos e desaparecidos. Contudo, a nuvem do vitimismo paira sobre os painéis dos guerrilheiros. Não concordo com o assassinato e a tortura, mas o péssimo hábito de se vitimizar grande parte dos guerrilheiros como se fossem heróis da liberdade contra a ditatura é um dos maiores embustes da história nacional. À excessão dos que investiram apaixonadamente na luta contra os ditadores, gente como Lamarca, Marighella, José Dirceu, entre outros famosos, sabiam exatamente o que queriam: trocar de ditadura. Admirem sua valentia, seus ideais, mas nunca os chamem de lutadores pela liberdade, pela democracia. É mentira.

Vou ver se tiro umas fotos da praça à noite. Quero guardar para a posteridade o dia em que tivemos a nossa Praça Vermelha...

Combalido, mas vivo

Depois de duas semanas desgastantes, consigo terminar meu projeto de monografia. Após quase cinco meses de indecisões, consigo alcançar meu tema e delimitar o meu objeto de pesquisa. E recebo apenas uma semana de prazo para entregá-lo à professora. Dormindo no máximo por 3 horas diárias em alguns dias, construo o projeto. Se vai ser aceito ou não, só na próxima semana saberei. Paciência.

Enquanto isso o mundo explode: o palhaço sem graça da Venezuela cai do cavalo, ao menos temporariamente; em Brasília acontece o óbvio, com o Canalheiros inocentado; enquanto por aqui a UFES é infestada por mosquitos.

Como diriam os Replicantes, "choque!", "choque!", "choque!"

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Ironia

Voltava eu há instantes do almoço e após sair do sebo por onde passei para pegar um livro reservado, abri o plástico que envolvia uma edição popular do raro "Lavoura Arcaica". Comecei a folhear suas páginas pelas ruas da chamada Cidade Alta, aqui na capital do ES, onde fica localizado o Palácio Anchieta, sede do governo.

De repente, levanto a cabeça e deparo-me com a região do palácio apinhada de policiais militares e com cerca de segurança para indicar o limite de aproximação. Qual seria o motivo? Então lembrei da visita de mr. Lula ao estado para cumprir aqueles velhos rituais políticos de assinatura de liberação de verbas, inauguração de obras, etc, etc. Naquele horário, toda a "realeza" deveria estar deliciando-se com a propagada muqueca capixaba, conforme informado pelos jornais daqui.

Novamente olhei para o livro de Raduan Nassar e pensei: "que gozado..."



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segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Fernando Henrique Cardoso, Paulo Henrique Amorim e o crime

Ufa, uma brechinha para registrar algo para a posteridade.
 
Na última semana, o ex-presidente Fernando Henrique andou falando pelos cotovelos. No 3º Congresso Nacional da tucanada, FHC disse ser importante o país ser governado por um presidente preocupado com a educação, que saiba falar bem a língua portugusa e queira levá-la a todos os brasileiros. Uma quase indireta a Lula, o presidente que nunca preocupou-se em melhorar a própria educação.
 
Apesar de deselegante ao extremo, FHC disse uma verdade - e várias mentiras. Quem analisar para além das paixões, sabe o quanto mr. Lula sempre fez pouco caso de sua educação formal. Tempo teve para aprimorá-la, porém não se importou com isso. Cada qual escolhe o que lhe convém.
 
No entanto, Fernando Henrique fez discursinho barato para sua platéia de puxa-sacos e abobados. Explico.
 
Primeiramente, os especialistas da área já demonstraram a gafe de FHC, atropelando a própria norma culta da nossa língua ao dizer "melhor preparado" ao invés de "mais bem preparado". Para alguém que tentava incomodar Lula por causa de sua ignorância com o idioma, acabou passando vergonha.
 
Segundo. Isso de presidente letrado como garantia de governo decente contraria a história. Sempre tivemos homens de conhecimento formal, muitos de reconhecida sabedoria, e nem por isso saimos do buraco. Claro, é importante sim que o político tenha apreço pela educação, a começar pela própria. Mas apelar a isso como sinônimo de boa administração é besteira, só verbalismo barato. Afinal, nossa democracia exige apenas a alfabetização para entrar na disputa eleitoral.
 
Terceiro. O PSDB quando no governo federal contribuiu muito para continuarmos nesse marasmo intelectual, com o povo imerso na ignorância. Do ensino básico ao superior, não existiu nenhuma medida realmente digna de louvor. Não foi o "gênio" FHC que endossou a idéia de progressão continuada, na qual o aluno não fica reprovado na prática?
 
Agora Paulo Henrique Amorim, com seu lulismo caudatário, andou falando mais besteira ainda. Usando uma lógica de botequim, acusou FHC em seu site de racismo. O servidor do bispo Macedo deve ter plena consciência de que sua acusação é grave, pois racismo é crime previsto por lei. Depois não adianta ficar com cara de pastel murcho como a do Emir Sader, dizendo-se perseguido.


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quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Seria um exemplo da democracia chavista?

Ultimamente se tem travado um debate sobre o que está ocorrendo na Venezuela de Hugo Chávez - cada vez mais literalmente. Para entusiastas do socialismo ou esquerdistas empedernidos, o comandante está transformando o país numa democracia cada vez mais radical. Os contrários aos desmandos de Chávez, que vão de direitistas a esquerdistas pés no chão, aquele país ruma à ditadura. Visão da qual compartilho.
 
A mais nova da democracia chavista está na rede. Passou ontem em vários noticiários também. Uma tresloucada parlamentar invadiu um programa aparentemente sensacionalista pedindo direito de respostas ao que ela considera calúnias sobre sua vida. O apresentador  teria feito um programa sobre um livro denunciando os desmandos da deputada que apoia Chávez.
 
No entanto, a criatura primata resolveu invadir o programa com seguranças e exercer o seu direito de respostas esbofeteando o apresentador. São cenas grotescas. Se fosse um direitista agedindo um esquerdistas o celeuma seria imediato: fascismo, terror, racismo - o apresentador é mestiço, ou negro para militantes, e a deputada branca.
 
Fico imaginando os defensores do maluquete de Caracas dizendo: é golpe da mídia conservadora de lá e de cá! É manipulação!
 
Ironicamente, o portal globo.com está disponibilizando as imagens com o título: deputada VENEZUELANA agride apresentador. Os "golpistas" da mídia nacional não quiseram colocar deputada chavista. Devem ter cansado.


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Vitória esburacada

Trata-se da capital do estado onde vivo, o Espírito Santo. Quem conhece a cidade de Vitória sabe muito bem que necessita de obras – e grandes projetos – urgentemente. Por se tratar de uma ilha pequena, trafegar de automóvel, seja qual for o tamanho, é um exercício para os monges budistas, adeptos de uma paciência divina.
 
Para nós, mortais vítimas desses tempos modernos e estafantes, é uma tarefa inglória. Quase todo o dia me deparo com engarrafamentos, ainda que pequenos, quando dirijo-me ao trabalho – de ônibus, claro. Nos dias de calor, a tarefa é desagradável ao cubo. Além desse entrave pela manhã, também tem o entrave pela noite – na verdade, é estorvo por quase todo o dia –, quando saio do trabalho e vou para a Universidade. E para lá tornou-se ainda pior.
 
O prefeito petista de Vitória, João Coser, sabia, como todos nós, o quanto isso perturba a sociedade capixaba situada na região da Grande Vitória. Pois a capital serve de "corredor" para trabalhadores vindos diariamente, de pelo menos 3 municípios vizinhos. Vila Velha, Cariacica e Serra. Inclusive, Coser fez promessa em sua última campanha da criação de um metrô de superfície. Claro, trata-se de uma promessa.
 
Pois bem. O prefeito, sabedor desse enervante problema no trânsito da capital, decidiu agir. Tarde ao meu ver. Ele e o governador Paulo Hartung resolveram que era hora de dar um jeito no caos de Vitória, principalmente na região próxima à Universidade onde estudo, detentora de um problema crônico. O senão é que, quando resolveram se mexer, estão fazendo tudo ao mesmo tempo e deixando a população ainda mais neurótica no trânsito. Explico.
 
O governo juntamente com a prefeitura, segundo consta, iniciou obras na ponte da passagem, que em certos horários, não permite passar ninguém. O negócio é que uma das alternativas para o tráfego, a ponte do bairro Jardim Camburi, também está em obras. Ou seja: embolou o meio de campo, como diria o povo. Pela manhã é caos completo.
 
Não fosse isso suficiente, João Coser decidiu abrir canteiro de obras em tudo quanto é canto de Vitória. A capital está parecendo um queijo suíço. E a população enlouquece.
 
É troço de doido. Os caras tem três anos para caprichar e fazer suas obras para propaganda nas eleições deles mesmos – como é o caso de prefeito, que vai atrás da reeleição – ou de seus indicados à substituição, mas parecem sentir prazer em deixar tudo para última hora.
 


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terça-feira, 20 de novembro de 2007

Estado execrável, sociedade lazarenta. Bem vindo ao Brasil!

O montante de lixo é colossal. Contudo, alguém tem que fazer o trabalho sujo.
 
No Pará. Uma adolescente de 15 anos é detida por furto. Levada para uma delegacia, presídio ou latrina similar, é colocada entre várias presos adultos. Sim, detentos do sexo masculino. Fica nesta situação por mais de 30 dias. Somente é liberta quando dois conselheiros tutelares tomam conhecimento do caso horrendo e visitam o depósito de gente. Alegação das bestas responsáveis pelo fato: não havia ala feminina na unidade. Foi aberta uma sindicância para apurar o caso.
 
Em São Paulo. Um vigilante transtornado com o fim de seu relacionamento dirige-se até o local de trabalho da ex-noiva, namorada, já não me lembro, e a faz refém juntamente com o seu patrão. Após algumas horas de negociação, o chefe da jovem é liberado. Ela fica junto ao ex, ficando algemada a ele. Os policiais prosseguem dialogando com o rapaz e quando imaginam caminhar para uma operação bem sucedida, ouvem dois tiros. Ao invadirem o estabelecimento, encontram agonizando a moça e o rapaz insanamente apaixonado. Ele tinha 23 anos, ela 18. E estão mortos.
 
Ele já tinha feito ela refém em junho deste ano. Na ocasião, entregou-se e foi preso. Autuado por cárcere privado e posse ilegal de armas, ficou preso durante um mês. Uma juíza concedeu-lhe liberdade. Não foi preciso nenhuma avaliação psicológica aparentemente.
 
Rio de Janeiro. Uma família de turistas italiana deixa um quiosque e passeia pelo calçadão de uma praia da zona nobre carioca. Repentinamente, um sujeito aparece de bicicleta e puxa o cordão do pai na família. Um dos filhos alcança o bandido e se atraca a ele no asfalto. O marginal consegue se desvencilhar e foge. O turista termina estirado na avenida, após ser atropelado por um ônibus.
 
Tudo isto veio ao conhecimento do público ontem. Internet, televisão, rádio, jornais impressos, não importa. Está tudo no ar. E o ar é pesado, denso, insuportável.
 
Este é o nosso país. Um Estado incapaz de fazer cumprir o dever ao qual foi incumbido. Uma sociedade eternamente imersa num lodaçal letárgico, estéril a ponto de não ter a energia necessária para botar o dedo na cara dos inoperantes à frente do Estado e obrigá-los fazer funcionar a máquina como deve ser.
 
A classe "medíocre" ou a "altamente" decadente vai cobrar as autoridades o cumprimento da legalidade no caso dos policiais marginais que colocaram a adolescente entre encarcerados adultos? No máximo uma passeatazinha estúpida pelo fim da violência que afeta suas áreas ditas nobres.
 
Os defensores dos direitos humanos vão cobrar o Estado pela morte do turista gringo? Talvez tomem as dores no caso da adolescente, oficializem uma denúncia e só. Ideologicamente, pode não valer o esforço de aparecer nos meios de comunicação denunciando a irresponsabilidade policial.
 
Nós vamos pressionar as instituições para que elas funcionem decentemente de uma vez por todas e evite deixar sair às ruas quem não estiver realmente em condições? Qual o quê! Eu, daqui do meu canto obscuro, externo minha indignação. Procuro a massa para me unir a ela e o que encontro? Meia dúzia de gatos pingados, a maioria guiada por ideologias fracassadas. Resigno-me e retorno à insignificância. Acabo por contribuir com a pasmaceira de nossa sociedade.
 
Quando a bomba explodirá?


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segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Teria Olavo de Carvalho corrido de Celso Lungaretti?

Polêmicas via internet nunca cessam. Pensadores, jornalistas e demais classes que adoram dar opinião sobre tudo estão sempre em choque. Algo absolutamente normal no mundo das idéias. Os detalhes são a velocidade e a facilidade de acesso aos debates. Já comentei sobre isso por aqui.
 
Para variar, o polêmico filósofo Olavo de Carvalho entrou em mais uma contenda verbal recentemente, contra o seu antagonista preferido: um esquerdista. A bola da vez foi o ex-guerrilheiro, escritor e jornalista Celso Lungaretti.
 
Tudo teve início quando Celso resolveu "denunciar" sites fascistas, dentre os quais o www.midiasemmascara.org, sítio comandado por Olavo e outro jornalista. Ademais, o escritor esquerdista resolveu tocar em assunto sagrado para o filósofo brigador: o tal Foro de São Paulo. Lungaretti o retratou como delírio olaviano. Era iniciado o "combate".
 
Carvalho respondeu com seu estilo implacável, mas cometeu erros tolos. Chamou Celso de ex-prefeito de Pariquera-Açu, SP e de dono da editora Geração Editorial, além de falar pelos cotovelos em seu programa de rádio semanal via internet.  No meio da confusão, sobrou até   para o filósofo Roberto Romano, por ter publicado o 1° artigo de Celso Lungaretti em seu site. O professor da UNICAMP preferiu ignorar os ataques de Olavo.
 
Lungaretti escreveu outro artigo respondendo ao filósofo, que limitou-se a menosprezá-lo. Foi a deixa para o escritor esquerdista arvorar-se vencedor do debate. Isto é apenas um resumo da polêmica. Quem quiser saber mais e em detalhes deve acessar http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/2007/11/polmica-com-olavo-de-carvalho.html.
 
Particularmente, estranhei também a atitude de Olavo de Carvalho em ter deixado seus dois artigos em resposta a Celso Lungaretti lá no site do Diário do Comércio e não em sua página pessoal, onde consta sempre todos os seus embates intelectuais. Também nada disse em seu programa de rádio após o desmentido de Lungaretti sobre o caso do prefeito, do dono da editora e a diminuição da tortura ao ex-guerrilheiro nos anos de chumbo. Talvez o filósofo "pitbull" tenha falado realmente demais e se deu conta tarde.
 
Quanto a Celso Lungaretti, por mais que queira mostrar-se como defensor da liberdade e da justiça, esbarra em seus próprios argumentos. Vide um de seus últimos artigos no qual faz defesa apaixonada por Guevara - cartamaior.com.br . Ademais, quando acusa certos sites de autoritários e adeptos da ditadura, deveria voltar-se para certos sítios de esquerda onde se lê apologias a ditadores e regimes tiranos de ontem e hoje. Inclusive o próprio escritor contribui para alguns destes.
 
Aguardemos os próximos capítulos – se houver – da pendenga no programa de Olavo hoje, logo mais.


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terça-feira, 13 de novembro de 2007

PT & PSDB: irmãos que se estranham

Na arena política, ideólogos são os mais propensos a "morrer" primeiro. Apegam-se tanto aos seus dogmas a ponto de não perceber o óbvio ululante, como diria aquele saudoso velhinho detestado por crentes do "lado de lá" e do "outro" também.
Quando alguns céticos, como eu, apontam dizendo ser PT e PSDB mais parecidos que distintos, os fundamentalistas da ideologia salvadora se horrorizam. Certa vez, um afetado intelectual de corredor – aluno pedante, que se quer pensador – quase me mandou para o calabouço onde repousavam sua petulância e conhecimento de boteco. Apenas comentei o quão similar eram certas características das ações adotas pelo governo tucano e petista. Para o infenso, preso dentro de esquemas seculares e radicais de conceitos sobre esquerda e direita, eu era um ignorante. Jamais poderia comparar o governo "esquerdista" do PT com o do "direitista" PSDB.
Não adiantou elencar os fatos, demonstrando a aproximação dos partidos. A criaturinha, entronada no cume de sua "sapiência", não quis saber. Arvorou-se detentor de anos de estudos (!) autônomos sobre ciência política e desistiu do debate. Depois disso, referia-me sempre a ele como "Cientista Político Informal de Corredor".
Qual não foi a surpresa de muitos – quando não simples pavor – ao tomarem conhecimento, em 2004, da conversa entre Cristovam Buarque, à época recém-saído do Ministério da Educação do governo petista, e Fernando Henrique Cardoso, o ex-presidente "neoliberal" do Brasil. Em meio a diversas impressões e análises da conjuntura política do país, FHC deixa claro que a diferença entre os partidos é por causa do poder e não por ideologia. Quem procurar no Google acha a entrevista na íntegra. Vale a pena. Acima de tudo, uma boa lição de ciência política para incautos.
Esta semana deparo-me novamente com a tese dos partidos irmãos que se estranham. O senador petista Tião Viana, presidente interino da casa durante a ausência de Renan "Canalheiros", deu uma boa entrevista a Istoé. Falou sobre a crise no senado, da falta de equilíbrio entre os três poderes, da idéia doidivanas do 3° mandato de Lula, entre outros assuntos.
No final de sua entrevista responde sobre uma eventual aproximação entre tucanos e petistas. Suas palavras: "Nós e o PSDB temos diferenças ideológicas muito pequenas. Nós tivemos origem na base do movimento social, e o PSDB na base do movimento intelectual. Mas a nossa separação se deu muito mais pela disputa de poder."
Fico pensando o que diria o caro colega "Cientista Político Informal de Corredor"...



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sábado, 10 de novembro de 2007

Chávez é um fanfarrão!!!

Chávez, o ditadorzinho que posa de democrata, amado pela "crentaiada" de esquerda, aprontou mais uma. Na Cúpula Ibero-americana, realizada no Chile e terminada hoje, entrou em desavenças com o líder do governo espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero.

Com seu estilo bufão de ser, chamou o ex-líder espanhol, José Maria Aznar, de fascista, definiu a idéia de coesão social defendida por Zapatero como conservadora, além de interrompê-lo durante sua fala. A farsa tomou reprimenda até do rei da Espanha, Juan Carlos I.

Definitivamente, Chávez é o símbolo máximo do atraso na América Latina. E a esquerda do nosso continente, em sua maioria, vai atrás.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

E por falar em crimes...

Os noticiários de hoje trazem à tona mais prisões de jovens de classe média alta, universitários envolvidos com tráfico de esctasy e consumo de drogas. Quem observou os jornais nos últimos meses deve ter reparado a quantidade considerável de jovens abastados envolvidos com a criminalidade em diversas esferas.
 
Diante disso, pergunto: basta considerar o ambiente como fator determinante para a incursão do indivíduo na atividade ilícita? Nossos intelectuais, fetichistas do crime como ferramenta de expressão do oprimido, deveriam pensar nisso.


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O oprimido

Sempre ouço e leio considerações acerca do oprimido. As vertentes são variadas. Algumas são puramente piedosas, outras insensíveis. No entanto, existe uma visão sobre a idéia de oprimido muito em voga entre intelectuais e artistas ditos progressistas. Especificamente, na ala mais radical destes.
 
Querendo-se humanistas, cometem desatinos. Ao criticarem acertadamente algumas ações do Estado entre as comunidades pobres, erram no método de análise. Falo do estranho hábito de colocar em uma mesma perspectiva pobre e criminosos pobres. Criam uma barafunda intelectual enorme e no fim das contas desaparece o crime. Afinal, tudo se justifica pela desigualdade social ao oprimido.
 
Ora, as nuanças para tratar a origem do crime são consideráveis. Logo, atrelar-se a uma apenas, em muitos casos cheira a desonestidade intelectual.
 
Essa ala progressista tem mania de justificar o crime pelo viés da opressão social. Se um bandido ataca alguém da classe média ou alta, explica-se pela ótica da desigualdade, da privação criada pelo sistema capitalista. E ponto. Já cansei de dizer: se isso fosse motivo único e mais importante, os ricos ou já não existiriam no Brasil ou estariam em bunkers chiques, tentando manter suas vidas e o resto de sua sofisticação por vezes exótica. O resto, como diriam os jovens de periferia adeptos as gírias, "é nóis".
 
A esse grupo que gosta de simplificar deliberadamente o debate por conveniência ideológica, eu diria o seguinte: o pobre realmente oprimido sou eu. Eu outros semelhantes.
 
Oprimido sou eu que saio cedo para o trabalho e após uma jornada de oito horas, ainda encaro a Universidade;
Oprimido sou eu que, ao lamentar com os professores, muitos da dita ala progressista, a falta de tempo para a leitura necessária dos textos, ouço deles genialidades do tipo: "ou trabalha ou estuda";
Oprimido sou eu que me desdobro para arrumar tempo para a esposa, as atividades acadêmicas e saber dos acontecimentos neste país ingrato, por fontes além do Jornal nacional;
Oprimido sou eu que, recusando-se trilhar o caminho fácil e trágico das atividades ilícitas, prefiro acreditar em dias melhores por meio do esforço próprio, sabendo da possibilidade existente de ser tudo praticamente em vão;
Oprimido sou eu que tenho de me esgueirar entre as arbitrariedades oficiais e os abusos dos que, sem esperança, não me reconhecem tão insatisfeito quanto eles, tão semelhantes a eles, apesar dos caminhos distintos.
 
Viver exige escolhas. E assumir conseqüências advindas delas.
 


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quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Ian Curtis na telona

Já passou por aqui nos festivais de cinema do Rio e São Paulo o filme Controle - A História de Ian Curtis. Trata-se de uma obra sobre o grande vocalista da grande banda Joy Division, surgida no final dos 70 e precursora do pós-punk, influenciando as bandas conhecidas como góticas.

Curtis era um poeta da "escuridão", por assim dizer. Escrevia sobre amores partidos, dificuldades de relacionamentos e outras angústias que aflingem qualquer ser humano - inclusive ele mesmo.

Emocionalmente instável e portador de epilepsia, declinou em sentido oposto ao de sua banda. Às vésperas de excursionar pelos EUA e possivelmente tornar o grupo um sucesso estrondoso, Ian, atormentado pela separação de sua jovem esposa e depressivo, optou por tirar a própria vida aos 23 anos. A despeito de seus malditos problemas neurológicos, foi mais uma perda burra para o mundo da música pop.

Depois da tragédia, o Joy transformou-se em New Order, o guitarrista Bernard Summer assumiu também o vocal e o resto é história. Infelizmente o NO já não existe mais - foi desfeito este ano. Um dos primeiros sucessos dessa banda foi "Blue Monday". A voz de Summer soa deliciosamente fúnebre nesta canção - lembrando Curtis -, em meio a uma batida dançante maravilhosa - para mim, uma das mais belas músicas já concebidas.

Pelo que li, o filme é muito bom - foi inspirado no livro da viúva Curtis. Tirarei minhas próprias conclusões tão logo possa assistir à obra.



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terça-feira, 6 de novembro de 2007

Das fontes

O blog tem mostrado-se meio carnavalesco quando o assunto são as fontes usadas na escrita dos textos. Ora arial, ora times new romantic, ora sei lá o quê. Bem, qualquer uma delas são ainda visualmente mais aprazíveis que meus manuscritos.

Como eu posto tanto de casa, como do serviço, assim como diretamente do blog ou do word, e o tempo é escasso, fica difícil uniformizar o tipo de fonte para os textos. Mas tentarei cuidar disso.

Da mesma forma, e já falei sobre isso antes, peço aos que por aqui passam paciência quanto aos erros com a língua pátria. Meu tempo para revisão é escasso e não sou expert em letras.

A Era do Engodo

Nestes dias onde o mercado faz-se presente com ou sem proximidade do Estado, existe muita coisa a ser criticada. Não, não se trata de viés meramente ideológico, visando a destruição do maléfico capitalismo. Valendo-se do pressuposto de que a "vontade" dos indivíduos é soberana e nela norteia-se toda e estrutura mercadológica, nossos liberais empedernidos, agindo em pólo oposto aos religiosos comunistas, se ouriçam sempre que ouvem críticas aos métodos do capital.
 
No entanto o capitalismo nunca esteve isento de críticas. Não é pelo fato de profetas da escatologia secular – uau! – viverem apregoando a sua queda, bem como a dos EUA, e dando com os burros n'água, que o modus operandis sob a égide do mercado é algo maravilhoso. Vejamos o porquê de minha insatisfação.
 
Para os liberais utópicos, o Estado não deve imiscuir-se com operações do mercado. Suas imperfeições seriam resolvidas por meio das trocas entre dos indivíduos e suas preferências. Tudo muito belo. No entanto, assim como a sociedade não é o ente vivo praticamente autônomo, que nos induz crer o pensamento do sociólogo Émile Durkheim, o mercado está diretamente ligado a ação do indivíduo. E aí a coisa se torna muito mais complexa, pois não temos um indivíduo apenas no comando. Tanto quem age demandando como ofertando, faz segundo interesses. E não raro apela a artifícios um pouco, digamos, fora da "ética protestante" – só para lembrar outro pensador da sociologia, Max Weber.
 
Pois é. Não bastasse o escândalo do leite adulterado, temos outros casos importantes quando o assunto é a "ética" de alguns responsáveis pela oferta na roda-viva do mercado. Hoje estava lendo em um jornal impresso daqui do ES o embuste como elo entre aquilo propagandeado pelas empresas e o que é oferecido. A reportagem em questão versava sobre o pão de fôrma light, aquele nosso suposto aliado na hora de combater o excesso de peso. O INMETRO demonstrou por meio dos testes, o quanto somos ludibriados. São prometidos alimentos com uma determinada taxa de gordura e compramos por este motivo.
 
Contudo, a quantidade de gordura anunciada nunca está correta. Está sempre acima, fazendo com que o pão nada tenha de light. E ficamos como tolos, alimentando as esperanças vãs, conservando a pança indesejável e engordando os cofres dos empresários. Espere e verá o "ajuste" por si mesmo do mercado.
 
Quem me conhece sabe o quanto não sou entusiasta do Estado. Vejo-o como prova cabal da nossa incompetência de convivermos livres e decentemente entre nós. Mais uma pista de nossa (in)civilização. Se alcançaremos algum dia o grau de decência  necessária para resolvermos nossos problemas diretamente, não sei e tenho muitas dúvidas quanto a tal possibilidade, haja vista a miríade de "espertos" no planeta. Porém, enquanto esse dia não chega, o Estado tem de servir para alguma coisa. E ser avaliador das propagandas de mil e uma maravilhas oferecidas por capitalistas a todo instante, é o mínimo que o Leviatã deve fazer.
 
Certos produtos parecem milagres embalados. São promessas de uma nova vida, caso você aceite-o levar para casa. Quando você percebe o engodo, já está mais pobre e sem milagre algum manifesto. Por isso sou a favor de um controle rigoroso por parte do Estado – afinal, ele tem de fazer jus ao seu apetite arrecadador indecente – sobre as composições e fórmulas dos produtos e o que ele se propõe a realizar. Seja alimento ou máquina de fazer "tanquinho" abdominal, tem de ser testado e aprovado. Já temos engabeladores demais locupletando-se com os ganhos de nossos trabalhos.


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