sexta-feira, 13 de julho de 2007

João Pedro Stedile, o Arcaico

O Brasil tem sérios problemas que o impedem de evoluir, nas esferas mais variadas da sociedade. Podemos encontrar entraves desde a forma como o cidadão comum pensa e age, passando pela natureza de nossas instituições políticas até chegarmos ao espectro ideológico que norteia os atos de grupos de interesses econômicos e movimentos sociais.
 
Entre os inúmeros entraves para alguma evolução deste país, está o MST. Sim, o dito Movimento dos Sem Terra. Não, não se trata de mais um ataque puro e simples, tachando de baderneiros os pobres coitados que o compõe. Estes, são inocentes úteis, títeres nas mãos de canalhas arrivistas. O problema, como em todo o caso envolvendo a hierarquia no Brasil, é mais em cima.
 
Para começo de conversa, o MST não é movimento social.Trata-se de um movimento puramente revolucionário. Seu interesse passa ao longe de  luta por conquistas e melhorias de um determinado grupo social. O pensamento que alicerça as ações do MST visam uma derrubada do poder constituído, para a instauração do Socialismo. Claro, muitos poderiam dizer: "mas isso é maravilhoso". É? Apenas para quem não estudou nem de longe a experiência socialista do século XX. Nada tem de grandioso.
 
Produziu-se tantas mazelas quanto o capitalismo e com o agravante de deixar todo mundo igual por baixo, sem expectativa alguma de mover-se para algum patamar, mínimo que seja, acima. Some-se a isso a ausência de liberdade, princípio básico no meu ponto de visto para o indivíduo ter alguma esperança de dias melhores.
 
Sendo assim, como ver com bons olhos um cidadão como esse João Pedro Stedile. Sua visão de mundo ainda está atrelada a experiências fracassadas e autoritárias, tão ou mais desgraçadas quanto as vividas sob a égide do capitalismo selvagem.
 
Stedile disse essa semana que o governo federal é hoje o maior inimigo dos movimentos sociais - e por extensão, do povo. Ora, ele não deixa de ter alguma razão. Realmente, da forma como conhecemos, qualquer governo é nocivo ao povo. A idéia de boa administração dos governantes é medíocre, sempre deixando a desejar para a maioria e satisfazendo os interesses de uma minoria - da qual, geralmente fazem parte no final das contas. Obiviamente, tal diagnóstico soa monótono, mas os fatos e a história não nos permite algo muito além disso.
 
Voltando ao sr. João Stedile, gostaria de dizer que se o governo é hoje um dos maiores entraves para a reforma agrária, por exemplo, o MST é o símbolo do atraso para qualquer coisa. É retrógrado, é reacionário e defensor de um modelo arcaico. Precisamos de atitudes civis que nos impulsione para frente, e não para o passado. Achar que a modernidade dentro do agronegócio é uma inimiga em essência, é parvoíce. Um modelo que se quer novo, positivamente revolucionário, deve passar pelo crivo da modernidade.
 
A agricultura familiar aventada por Stedile e sua trupe, tem não o pé, e sim todo o corpo num passado primitivo. Enquanto acreditar nessa forma de modelo, o Brasil será sempre o país de um futuro que não chega.


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