quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Deputado carioca quer lei de manifestação cultural para o funk

Sinceramente, as ações de "nossos" políticos dizem muito do Brasil, da cultura deste país. Agora, o deputado Chico Alencar, do Psol (tinha que ser...) me vem com um projeto de lei para que o funk seja reconhecido como cultura e manifestação popular. Segundo ele é preciso reconhecer o funk como cultura por ser discriminado e perseguido por ser um ritmo principalmente ligado à cultura negra.

 

É mais um ato doidivanas e exótico, bem característico de um país imbecilizado como o nosso. Qual a necessidade de lei para institucionalizar uma cultura como o funk? Por que oficializar uma manifestação eivada pela marginalidade, onde a apologia ao crime e à violência em nada contribui para a formação da juventude?

 

Que se reconheça o funk como uma manifestação cultural – talvez micro. Afinal, é um estilo abrangente, que alcança as mais diversas esferas sociais e culturais. Porém, a idéia de se recorrer ao Estado para tanto só podia ser coisa de socialista de miolo-mole. Fico imaginando a UNESCO reconhecendo o punk como patrimônio cultural da humanidade! Putz!

 

O sr. Chico Alencar poderia pensar em políticas públicas para contribuir intelectualmente com as crianças e jovens expostos a um estilo de vida deletério, ao invés de criar leis de proteção a essa ou aquela manifestação cultural.

 

Não, não estou a me posicionar do lado daqueles que abominam o funk. É um estilo – muito mais musical do que de vida – com várias nuances e, independente da ação do Estado ou não, já consolidou-se em meio à sociedade.

 

Mesmo não gostando do ritmo, reconheço o direito de ouvi-lo. Mas daí a defender o funk em todas as suas manifestações, é algo totalmente distinto. Moro em periferia e vejo o quanto negativo é para crianças e jovens ouvir músicas cultuando o crime de forma pura e simples, como se fosse algo normal.

 

Vá lá, que se fale em créu, outra bobagem da mais tosca apologia ao sexo. Agora achar aceitável crianças saírem cantado pelas ruas peripécias sexuais dignas do mais ousado filme pornô ou louvações ao crime é irresponsabilidade. Deve ser é combatido.



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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Por que eles mentem?

A voz é de Paulo César Pereio. Os atores, seguindo a narrativa, interpretam num palco as realizações (sic) elencadas. Saquei logo: peça publicitária de alguma administração pública.

 

De início imaginei ser obra do governo Lula – ops!, a força do hábito personalista brasileiro. O barbudo está surfando em ondas de alta popularidade e seria o primeiro a saltar em minha memória. Um e outro quadro e, num passe de segundos, mudo de opinião: talvez seja propaganda do governo estadual Hartung – de novo, o vício. Afinal, também goza do grande prestígio de administrador junto à população.

 

Mais alguns segundos diante à tv e volto a rever a idéia formada: por mais que ambos sejam bem avaliados, nunca tinha visto uma propaganda com tamanho orgulho daqueles feitos (sic) apresentados – para se ter a idéia do tamanho do ego do responsável pela concepção da peça.

 

O tempo desenvolve-se, os segundos parecem minutos, e a exposição daquele trabalho (?) me faz repensar uma vez mais: não, como pude me equivocar! Isso é obra do prefeito João Coser. Deu uma lavada nas eleições da capital Vitória e as propagandas de sua administração apresentam um ufanismo e tanto – ainda que dessa vez parecia estar mostrando um paraíso ao invés de um município onde o centro de seu coração, a cidade de Vitória, esteja um tanto esquecida e mal-tratada.

 

No final, vejo o quanto dei com os burros n'água! Nem eu imaginaria, nunca, que aquele embuste tratava da administração de ... Vila Velha! A cidade onde moro!! Onde uma das principais vias, a rodovia Carlos Lindemberg, se encontra num estado de pós-guerra, colocando em risco a vida de motoristas e pedestres. Onde os projetos para a juventude, se existem, não chegam à periferia. Onde as ruas de bairros como o meu, nos dá vergonha – e olha não falo do pior bairro do município, mesmo ainda sendo periférico. Onde a administração do sr. Max Filho entregará ao próximo prefeito uma das principais praias – Itaparica – ou com obras pela metade ou numa situação que, não tardará, logo necessitará de nova reforma. Entre outras coisas mais.

 

Fico imaginando – e talvez este seja o problema de todos nós, cidadãos: como um político pode ser tão cara-de-pau? Um município cheio de problemas e o elemento gasta dinheiro do contribuinte para invadir nossos lares pela TV com uma peça de patifaria sem igual. Política nunca foi e nunca será algo com o qual sonhavam os humanistas. È uma arte complexa, real e, por diversas vezes, exige dureza no trato. No entanto, poderia ter alguma nobreza, não fosse o engodo e a patranha que não abandonam as personagens mais evidentes no processo: os políticos.

 

Como cidadãos, temos muita culpa por permitirmos certas personalidades na arena política. Vide Bush, que quase engoliu um sapato essa semana, para coroar o seu desastrado, e duplo, governo. Ou então múmias históricas que ainda fazem a cabeça de muita gente, como Fidel. E aí passo a começar a entender porque eles mentem tanto. Porque sustentamos, em grande parte, suas mentiras. Até glorificamos seus feitos. Bastam umas moedinhas arremessadas e a popularidade deles vai às alturas.



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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Lugar de “ancião” é no ferro-velho

Sim, este é o raciocínio do repórter do Jornal da Noite, na Bandeirantes, apresentado por Boris Casoy.

 

Estava eu essa semana assistindo o dito jornal logo após o CQC e muito me chamou atenção uma matéria sobre caminhões em "passado" estado de putrefação, se me faço entender. Alguns desses veículos nas vias brasileiras podem ter sua origem lá nos dias de Getúlio da década de 50 ou JK. Ou seja, desgastado é pouco para classificar sua condição.

 

A reportagem acontecia normalmente até que uma expressão para se referir aos caminhões, usada pelo repórter, me deixou intrigado. Ele falava da necessidade de muitos dos caminhões "anciões" estarem é nos ferros-velhos  ao invés de transitando pelas vias públicas. Pensei: putz!, será que o maluco crê num destino semelhante para os anciões humanos?

 

Absolutamente, não se trata de patrulha politicamente correta. Longe disso. Mas, após a fala espontânea do repórter, pus a exercitar minha imaginação. Afinal, quantos de nós, adultos ou jovens, não crêem piamente que lugar de velho, ancião é jogado em algum canto, por se tratar de gente "inutilizada"? No dia-a-dia vejo o quanto não se tem consciência e respeito pela velhice. Como se todos nós – ou grande parte – não fosse alcançar tal estágio.

 

Parece-me que para muitos que ainda não alcançaram a idade anciã, esta é uma condição exterior, sempre reservada ao próximo. Não se pensa como o velho de amanhã; seremos eternos jovens e aos anciãos de hoje é reservado o canto, o "ferro-velho".

 

No entanto, pensando em nível de Brasil, o velho para uma imensa maioria definitivamente é visto como o de pouca ou nenhuma importância. Pois não é raro ouvir até mesmo dos estudantes de hoje a velha – e intrigante –  indagação: para que estudar história?

 

E assim caminhamos no país do sifu.



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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Lula, o homem do “sifu”

O presidente Lula se supera a cada dia. Ontem, em mais um de seus discursos, fazendo suas analogias doidivanas, diz que um médico deve oferecer esperanças aos seus pacientes por mais grave seja a doença e não chegar para o infeliz e dizer: ih, você sifu!

 

Sua "involução" no quesito comunicação é algo espantoso. Claro, alguns de nossos lingüistas, sociólogos e antropólogos deliram e corroboram o estilo lulês de comunicação. Afinal, o que importa é saber passar a mensagem para essa turma, não importa a regra gramatical. Daqui a pouco estaremos nos comunicando unicamente por sinais e esta tudo ok.

 

Sei muito bem de quanto é árduo lidar com as regras de nossa língua. Numa sociedade como a nossa, que pouco valoriza as letras e com um ensino cada vez mais deficiente – particularmente, sinto hoje pelos anos que passei na escola pública abandonada pelos governantes. Mas estou sempre tentando aprender e corrigir os erros.

 

Também não gosto de afetação. Me enfada ver certas figuras fazendo questão de soarem "eruditas" – e ininteligíveis. No entanto, para quem tem o mínimo de senso e gostaria de ver nosso povo indo para frente intelectualmente, é dolorido ver o presidente do país esforçando-se para mostrar aos humildes o quanto é positivo ser ignorante.

 

Os coleguinhas antropólogos poderiam me dizer que a forma de expressar-se do povo deve ser inteligível e devemos respeitar a particularidade de cada grupo. Não se trata disso. Nossa língua sofreu fusões entre o popular e o formal durante os séculos, mas naquele momento era algo inevitável. Agora, não podemos, inseridos num grau de desenvolvimento tecnológico e, vá lá, civilizacional como nos dias correntes, defender o direito à ignorância ao povo. Pelo contrário; devemos é lutar pelo direito de todos ao saber. A quem interessa relegar o povo à sua linguagem própria, ignorando o conhecimento mais profundo de sua própria língua?

 

Pô, num discurso formal, coberto por toda a impressa, o presidente me usa uma expressão que nada mais quer dizer se fudeu de forma popularmente sincopada, é para se pensar.

 

Na realidade, este ano anunciaram que estamos cada vez mais consolidados como economia de 1º mundo. Pena que social e culturalmente caminhamos na contramão.   



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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Mais um espaço nobre para o vale tudo (ou mma)

Um segundo para postar!

 

Aos apreciadores das lutas de artes marciais mistas – ou popularmente conhecido como vale tudo –, é recomendável a leitura da coluna de Guga Noblat no Terra Magazine.

 

Além de estar num nicho fora do habitual, o que permite aos leigos também usufruírem das informações do mundo as lutas, a coluna é bem objetiva e clara.

 

O Guga está de parabéns, juntamente como o Terra, por mais uma iniciativa para difundir o vale-tudo como esporte, bem como acabar com o estigma de violento que ainda o persegue. A propósito, a coluna da semana passada foi sobre a ascensão do mma nos EUA, enquanto o boxe declina.

 



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