quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Burrice sem limite

É intrigante o ser humano. Mesmo com a capacidade ímpar entre os seres vivos de raciocínio, insiste em agir com ignorância também inigualável. Falo da ação de motociclistas no trânsito.
 
Outro dia, assistindo ao noticiário, fiquei embasbacado com o descaso pela própria vida por parte desses intrépidos – e idiotas – "cavaleiros" modernos. A matéria tratava sobre a inescrupulosa forma de guiar dos motoqueiros.
 
Enquanto os repórteres gravavam, inúmeras pessoas guiavam suas motos sem capacete – inclusive caronas. Se alguns o carregavam pendurados no  braço, outros nem isso faziam. Quando indagados sobre o por quê da insistência em não conduzir com o artefato na cabeça, as desculpas eram estapafúrdias. Alguns alegavam pressa, outros diziam não estar com o capacete porque  faziam uma rápida viagem; os mais ousados simplesmente alegavam incômodo total.
 
Pois é. Mesmo sendo um admirador da liberdade total, vejo como a raça humana não está mesmo preparado para ela. Ora, o capacete é algo vital para os condutores de moto. Ele pode ser o divisor definitivo entre a vida e a morte num momento de acidente. Além do caráter punitivo pela lei, haja vista ser infração não estar com ele – na cabeça, na cabeça – quando se guia o veículo de duas rodas.
 
Claro, eu poderia advogar em nome da liberdade de escolha entre andar e não andar com o capacete. Afinal a vida – e o bolso – é do irresponsável que opta por infringir a lei. No entanto, a maioria que sofre acidentes e é levada para um hospital público acaba por ocupar tempo e espaço que poderiam muito bem ser direcionados a quem não pediu para ter um traumatismo craniano, por exemplo.
 
Por isso a lei deve ser aplicada, sim, com rigor para quem não sabe o limite entre a liberdade de escolha e a irresponsabilidade.


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domingo, 17 de fevereiro de 2008

E “Tropa de Elite” papa o Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim – e os críticos “cabeças de cuco”

"Eles" devem estar descontrolados. "Tropa de Elite", um dos filmes mais polêmicos do cinema brasileiro, simplesmente conquistou o prêmio de melhor filme no Festival de Cinema de Berlim. O Urso de Ouro foi engolido pelo filme "fascista", de "extrema-direita", e outras bobagens adjetivas usadas pela turma da patrulha esquerdista, ou os "crentes laicos" como gosto de dizer. Ou ainda, os "cabeças de cuco", como bem definiu Arnaldo Jabor.
 
Logo no início da polêmica em torno do filme, ainda quando era "divulgado" pela "iniciativa" pirata, registrei alguns comentários a favor da obra de José Padilha, um dos melhores cineastas brasileiros da atualidade, e contra os levantes "religiosos" da esquerda politicamente correta e paranóica. À época até pensei em fazer um comentário último após ver o filme no cinema. Vi a obra na grande tela, mas por falta de tempo deixei de fazer um novo registro sobre outras impressões do filme. Com a conquista do prêmio em Berlim, torna-se mais do que oportuno uma outra manifestação.
 
A obra de José Padilha, ao menos entre os meios religiosos da esquerda, tornou-se sinônimo de fascismo. Onde houvesse suspeita de autoritarismo ou simpatia da sociedade por ações violentas de qualquer natureza, os articulistas ou simples opinadores (sic) ditos progressistas faziam questão de lembrar a personagem de Wagner Moura, o capitão Nascimento, e sua trupe do BOPE, sempre no intuito de enodoar a obra de Padilha.
 
O filme não foi indicado para representar o Brasil no Oscar por ser considerado pouco competitivo e desagradável ao júri norte-americano da premiação. Preferiram "O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias", considerado por Reinaldo Azevedo como uma história de criança. "O Ano..." não chegou nem à indicação de melhor filme estrangeiro do Oscar. Paciência. Mesmo "especialistas" falham...
 
Então foi "Tropa de Elite" se aventurar em Berlim. Claro, mesmo na Alemanha os "cabeças de cuco" estão presentes. E lá, como cá, deitaram acusação contra o filme. É fascista!, gritaram os "crentes" do velho mundo. Alguns críticos mais ponderados preferiram ver na obra o caráter ambíguo. Outros gostaram.
 
Segundo consta na imprensa, "Tropa..." não era favorito ao maior prêmio em Berlim.  Fato é que foi escolhido como o melhor filme da competição. Obviamente, isso não mudará a opinião dos crentes esquerdistas. Posso arriscar que os deixarão mais doidivanas, mais insanos em atribuir a pecha de fascista ao filme. Afinal esse tipo adora dar murro em ponta de faca.
 
A eles dou meus pêsames, bem como aos nossos críticos de cinema iluminados.  Para José Padilha e cia., os parabéns. Espero ansiosamente o novo trabalho deles.


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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Carlos Nascimento e o trabalho como dignificador

Ontem, assistindo ao telejornal do SBT, ouvi um comentário do apresentador Carlos Nascimento que me fez rir, tamanho o lugar-comum usado pelo jornalista.

Era transmitida uma matéria na qual o senador petista Paulo Paim defendia a idéia da redução de horas na atividade laboral de muitos brasileiros, passando de 44 para 40 horas de trabalho, sem perda salarial e aumentando as vagas dos postos de trabalho.

Obviamente é uma medida polêmica, que mexe com os ânimos dos patrões. No entanto é passível sim de discussão. Não se trata de bobagem pura e simples como a do sr. Márcio Pochmann ao defender uma carga horária de trabalho de 4 horas por dia, três vezes na semana – como hedonista adoraria, mas é preciso trabalhar com a realidade.

Por mais que os donos de negócios em variados ramos se ouricem ao ouvir a proposta do senador Paim, ela é válida e factível. Poderíamos discutir outras possibilidades que igualmente estimulassem a criação de mais empregos concomitantemente à redução, como diminuição de impostos talvez. Diversas são as alternativas. Basta vontade para debatê-las.

Contudo, volto ao cerne do comentário: o comentário de Carlos Nascimento após a referida matéria, que também mostrou as opiniões favoráveis de trabalhadores. Para o apresentador, é necessário ouvir quem muito trabalhou e conseguiu o “sucesso”, sem diminuição de carga horária e outras “regalias”.

Ah, mas vá descansar na beira da praia, ô Nascimento! Até parece patrão! E quantos alcançaram o sucesso sem precisarem ser “escravizados” pelo chefe? Essa história de que precisamos trabalhar e trabalhar e trabalhar para sermos dignos e conseguirmos vencer na vida é engodo de patrão!

O ser humano precisa muito mais é de tempo para dedicar-se ao lazer, ao estudo e ao prazer. Isso sim dignifica o homem, a mulher e aos animaizinhos e as plantas em volta também. Isso de ficar preso ao trabalho, sem poder voltar-se à família ao menos – como ocorre em milhões de lares brasileiros – repito, somente serve para o patrão.

Cala a boca Nascimento e vai tomar uma cerveja!

A nova investida dos Cavalera

Ando meio desligado das novidades “metálicas”. Somente hoje tomei conhecimento do projeto musical entre os irmãos Max e Iggor Cavalera, ambos ex-Sepultura. Trata-se do The Cavalera Conspiracy.

Para quem passou a adolescência ouvindo Sepultura e não perdeu o hábito mesmo com a idade adulta, realmente é satisfatório saber que os irmãos Cavalera estão juntos novamente.

Se definitiva tal união – haja vista Max estar à frente de seu Soulfly desde a saída do Sepultura – apenas o tempo dirá. Contudo, o fruto dela foi inevitável: já está na rede mundial o disco “Inflikted”. Ouvi a faixa título e gostei. Pode não chegar aos momentos magistrais do Sepultura – “Beneath the Remains”, “Roots” e “Arise” – mas talvez empolgue mais que o momento atual da antiga banda dos irmãos Cavalera – que ainda é boa, na minha opinião; apenas não tem o feeling de outrora.

Novamente, deixemos o tempo agir.

Férias, fastio e reflexão

Findado o ano de 2007 - afinal o carnaval se foi - é hora de analisar o território e preparar-se para 2008. Minhas férias na universidade encerram-se no próximo mês, bem como as do trabalho, iniciadas na última semana.

Confesso ter imaginado esse período de necessária ociosidade como prolífico. E até comecei animado, já em meados de dezembro do ano passado. Atividades físicas, artísticas e intelectuais. Tempo haveria. No entanto, após a passagem das festas, encontro-me entediado e como encaminhando a uma encruzilhada. Seria a ressaca? Não sei. A certeza no momento é que o ano promete ser de decisões para mim.

No campo profissional, principalmente, parece ser inevitável as mudanças. E elas ocorrendo, por mais traumáticas que possam parecer num primeiro instante, poderão representar uma catarse em meu íntimo. Aguardo. Não sou homem de prognósticos. Simplesmente sigo o meu caminho.

Também é hora de situar-se num norte e dar vida à minha monografia sobre o discurso do movimento punk. Pretendo dedicar o primeiro semestre às leituras e consultas junto aos orientadores potenciais e empreender o trabalho no próximo semestre.

Além disso, tenho de servir-me desse tempo vago para vasculhar os livros técnicos e "desenferrujar" a mente para testá-la em alguns concursos.

Definitivamente o ano promete...

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Quando a briguinha virtual entre blogueiros cansa

De volta do feriado carnavalesco após descanso regado a álcool numa aprazível praia ao sul do estado, a realidade é sempre nauseabunda. Onde me encontrava, mal tive tempo de ler sobre os últimos acontecimentos proporcionados por nossos “estimados” políticos.

A bola da vez é a farra dos tais cartões corporativos do governo federal. O rebuliço é grande e ameaça voltar aos anos FHC – como era de se esperar. Por outro lado já pipoca no governo de SP denúncias sobre gastos irregulares com cartões de débitos.

Em meio ao furdúncio generalizado, encontramos os grandes blogueiros políticos posicionando-se cada qual em sua barricada. Luis Nassif corre – sempre malandramente – em socorro do governo federal. Reinaldo Azevedo – que diz que não é tucano, mas parece – começa a distribuir sopapos intelectuais bem ao seu estilo para defender o governo de SP.

Ora, quem conhece minimamente o funcionamento do Estado por dentro, sabe o quanto a safadeza com dinheiro oferecido diretamente a servidores – com desculpa para isso ou aquilo – é algo grotescamente “natural”. Ganha-se diárias para viagens muitas vezes não feitas. Oferecem-se fundos que depois não se declaram de maneira clara – quando é feito.

Agora, fica Nassif de um lado, Azevedo de outro, tentando dar razão a canalhice dos políticos. Eu já estou meio enfastiado com a contenda virtual entre esses dois. Gostaria mesmo é de vê-los cara a cara num debate na tv, com argumentos à mostra. Isso de “jornalista de esgoto” e “ratazana” já está uma bobagem. À guerra face a face!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Ao litoral! Mas sem carnaval

Dentro de algumas horas parto com a esposa e amigos para o litoral sul do estado. Parati, em Anchieta, é lugar sossegado, sem os grandes agitos do carnaval. Claro, caso se queira sentir um pouco da "zona" carnavalesca, basta andar 10 minutos a pé e chagar à praia vizinha de Ubu. Sempre acontecem alguns shows característicos - nada extravagante.

Particularmente, prefiro ficar curtindo o sossego de Parati. Lugar simples e aconchegante, ótimo para higienizar a mente do homem urbano extressadus. Nada como um bom feriadão para relaxar.

PS: para quem acha mesmo que o brasileiro trabalha pouco e tem muito feriado, deveria ler o último artigo de desembargador Pedro Valls Feu Rosa, "Brasileiro é um lutador", publicado no jornal daqui do estado, A Tribuna, no dia 27.10.08. Nele, o desembargador tece alguns comentários sobre estudos que desmistificam o mito de "folgados". Isso é papo de patrão...
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