domingo, 21 de outubro de 2007

Um Nobel de bobagens

Semana passada, o mundo científico entrou em polvorosa.Um de seus mais destacados integrantes, James Watson, ganhador do Nobel e um dos descobridores da estrutura do DNA, abriu a boca e soltou besteira sem tamanho, voltando ao fim do século XIX e início do XX. Segundo o cientista americano, o futuro da África é sombrio por adotarem naquele continente, políticas sociais dos povos ocidentais "desenvolvidos". Em suma, disse ser o negro menos inteligente do que o branco.
 
Bem, para um cientista envolvido com pesquisas genéticas, isso é uma besteira incomensurável. O sr. Watson volta aos tempos dos lixos da eugenia, da idéia de inteligência superior conforme clima e posição geográfica. Em seu livro lançado recentemente , ele já tinha exposto algo similar com mais elegância. Deve estar gagá.
 
Sua afirmação não encontra respaldo científico sério. Os estudos atuais sobre as diferenças e proximidades entre os indivíduos etnicamente diferentes, derrubaram por completo o abjeto conceito de raça. Ademais, se houvesse como explicar o destaque de indivíduos negros ou africanos em áreas diversas, quando têm oportunidade de desenvolverem seu potencial?
 
A questão da África é um fenômeno complexo. Fatores internos e externos conspiraram contra o continente. Apelar a idéias caducas para tentar esclarecê-la somente demonstra quão caduco é o suposto estudioso do assunto.
 
Mas fico tranqüilo. James não é o último, sem será o primeiro ganhador do Nobel a soltar asneiras dignas do Ig Nobel.

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