Política é coisa fascinante. No entanto, sua prática em geral requer estômago forte. Principalmente no Brasil. Foi Maquiavel quem melhor definiu a essência da prática política, causando escândalo aos humanistas e idealistas já no século XV, quando escreveu O Príncipe. Na verdade, até hoje seus escritos continuam tão reais quanto contundentes, provocando reações diversas a julgar pela interpretação.
Por aqui, em solo brasileiro, os nossos políticos parecem optar por um maquiavelismo à moda da casa. Veja a atuação do PSDB nessa novela da CPMF. Começou com um discurso salvacionista, ao lado do DEM, contrariando posições tomadas quando eram "vitrine" leia-se governo. Eu já tinha comentado em determinada ocasião que não passava de farsa, algo intrínseco ao político e potencializado no caso tupiniquim.
Os demos continuam a fazer beicinho e a defender (?) os brasileiros da tal CPMF. Já o PSDB...
Noticiários despejam em destaque a nova (!) posição dos tucanos. Agora querem negociar com o governo petista. Não aceitam a cobrança como está hoje, prorrogada até 2011 e com a alíquota de 0,38%. O senador Arthur Virgílio, líder do PSDB na casa, já fala em liberar sua bancada na votação da matéria. Amanhã, o senador e sua turma se reúnem com governistas para expor suas reivindicações, tais como diminuição de gastos públicos e redução da alíquota atual. O governador José Serra igualmente acena de maneira positiva, dizendo existir impostos piores do que a CPMF.
Os interesses na questão ficam bem claros. No caso de José Serra, significa mais recursos para São Paulo investir em áreas de saúde, por exemplo. Ademais, a possibilidade de eleger-se presidente nas próximas eleições existem. Se os tucanos jogarem com a não extinção da cobrança, muita coisa se explica.
Muitos ainda acreditam numa diferença em essência entre tucanos e petistas. Eu creio apenas numa distinção de métodos. Seus fins são os mesmos: alcançar o poder a qualquer custo e permanecer com ele de qualquer forma.
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