terça-feira, 9 de outubro de 2007

José Padilha, o homem da "Tropa" no Roda Viva

Ontem o entrevistado do programa Roda Viva foi José Padilha, diretor de "Tropa de Elite", talvez o principal reponsável pelo celeuma presente no país atualmente.

Foi inquirido sobre os mais variados assuntos, já conhecidos por quem acompanha a polêmica em torno do filme: apologia à violência policial, obra fascista, pirataria, forma de fazer cinema e tudo mais acerca da polêmica obra. Saiu-se muito bem.

Não esquivou-se das questões levantadas, mostrou equívocos de análises dos entrevistadores - presentes em várias críticas contrárias ao filme - e chamou a atenção para a patrulha ideológica, uma das primeiras coisas comentadas por mim, logo ao ver a obra em versão pirata. Esta praga, sempre presente quando algo não lhe agrada, o perseguiu antes em "Ônibus 174", principalmente por parte da direita, e agora por parte da esquerda. E de forma tal que, ao comentar sobre uma coletiva, Padilha relatou o caso do repórter bitolado louco para ouvir uma confirmação dele sobre o caráter fascista do filme. Tamanha era a tara ideológica do sujeito, que chegou taxar a música "Lado A, Lado B", do Rappa, de ... fascista!

O diretor igualmente falou sobre o fenômeno da pirataria de sua obra e as histórias envolvendo-a. Ele recebeu e-mail de gente que viu a versão pirata do filme e se dispunha a pagá-lo diretamente, depositando um valor em sua conta!

Em suma, foi um programa ótimo, melhor que o mau-humor idolatrado pela academia do Mano Brown, semanas atrás.

De minha parte, Padilha pode dormir sossegado. Vi a versão do mundo virtual - e pirata -, mas irei ao cinema prestigiar a obra. Sou um "subversivo" que preza os originais - quando merecem e não vivem apenas de propaganda de mercado para nos empurrar garganta abaixo.

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