quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Vitória esburacada

Trata-se da capital do estado onde vivo, o Espírito Santo. Quem conhece a cidade de Vitória sabe muito bem que necessita de obras – e grandes projetos – urgentemente. Por se tratar de uma ilha pequena, trafegar de automóvel, seja qual for o tamanho, é um exercício para os monges budistas, adeptos de uma paciência divina.
 
Para nós, mortais vítimas desses tempos modernos e estafantes, é uma tarefa inglória. Quase todo o dia me deparo com engarrafamentos, ainda que pequenos, quando dirijo-me ao trabalho – de ônibus, claro. Nos dias de calor, a tarefa é desagradável ao cubo. Além desse entrave pela manhã, também tem o entrave pela noite – na verdade, é estorvo por quase todo o dia –, quando saio do trabalho e vou para a Universidade. E para lá tornou-se ainda pior.
 
O prefeito petista de Vitória, João Coser, sabia, como todos nós, o quanto isso perturba a sociedade capixaba situada na região da Grande Vitória. Pois a capital serve de "corredor" para trabalhadores vindos diariamente, de pelo menos 3 municípios vizinhos. Vila Velha, Cariacica e Serra. Inclusive, Coser fez promessa em sua última campanha da criação de um metrô de superfície. Claro, trata-se de uma promessa.
 
Pois bem. O prefeito, sabedor desse enervante problema no trânsito da capital, decidiu agir. Tarde ao meu ver. Ele e o governador Paulo Hartung resolveram que era hora de dar um jeito no caos de Vitória, principalmente na região próxima à Universidade onde estudo, detentora de um problema crônico. O senão é que, quando resolveram se mexer, estão fazendo tudo ao mesmo tempo e deixando a população ainda mais neurótica no trânsito. Explico.
 
O governo juntamente com a prefeitura, segundo consta, iniciou obras na ponte da passagem, que em certos horários, não permite passar ninguém. O negócio é que uma das alternativas para o tráfego, a ponte do bairro Jardim Camburi, também está em obras. Ou seja: embolou o meio de campo, como diria o povo. Pela manhã é caos completo.
 
Não fosse isso suficiente, João Coser decidiu abrir canteiro de obras em tudo quanto é canto de Vitória. A capital está parecendo um queijo suíço. E a população enlouquece.
 
É troço de doido. Os caras tem três anos para caprichar e fazer suas obras para propaganda nas eleições deles mesmos – como é o caso de prefeito, que vai atrás da reeleição – ou de seus indicados à substituição, mas parecem sentir prazer em deixar tudo para última hora.
 


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