sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

O espírito de porco capitalista e o natal

Não tenho saco para natal. Acho um dia como outro qualquer. O problema é a encheção advinda da data por causa do comércio. Na frente do meu local de trabalho é uma amolação o dia inteiro. Várias lojas colocam caixas de som na porta dos estabelecimentos e aquelas músicas  natalinas toscas invadem os nossos ouvidos.
 
As escolhidas da vez são os temas de natal em chorinho. Putz! É o dia inteiro tocando o mesmo cd com três ou quatro canções apenas. Um mantra maldito! Ontem cheguei na Americanas e o que tocava? O chorinho natalino que me causa chorão de desespero.
 
Acho a data repleta de falsidade, malandramente apropriada pelo capitalismo. Se antes havia alguma intenção nobre em celebrar uma data na qual o salvador para os cristãos nasceu, hoje tornou-se, em essência, um motivo para o capitalismo alojar-se em corações e mentes. Parece que o espírito de natal foi tomado de assalto pelo espírito tarado do mercado. As tais mensagens de reflexão, de amor ao próximo estão todas nos comerciais, servindo de base para a venda de alguma coisa.
 
De qualquer forma, sinto uma hipocrisia disseminada no clima de "é tempo de solidariedade, de perdão, de olhar para os necessitados, de fazer um mundo melhor". Ora, quanta bobagem! Quem realmente se importa com o mundo, vai trazer estas preocupações consigo todos os dias do ano. Vai agir, por mais comezinhamente que seja, sempre no sentido de fazer o mundo melhor. Não ficar preocupado em mostrar alguma gentileza no natal.
 
Problemas e necessidade estão presentes a todo instante. Aos que esperam o natal para agir importando-se com o outro e com o mundo que o cerca, deveriam praticá-lo nos 365 dias por ano. O mundo agradeceria.


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