Parece que o Espírito Santo anda meio energúmeno por pragas racistas. E de primeira classe!
Há poucos dias a imprensa noticiou a prisão de uma arquiteta e historiadora por desacato e injúria racial a um agente de trânsito. Desde ontem leio nos jornais locais acerca da detenção do médico Marco Aurélio Fraga, de 66 anos, acusado de ter discutido com uma costureira no Hospital Geral de Linhares e chama-la de "neginha safada".
É isso aê. Cadeia para o canalha! No entanto, para mim, não é o suficiente. Já disse. Essa gente medíocre, vil que gosta de apelar a supostas condições de superioridade moral e, principalmente, racial para depreciar os outros tem de ser multada pesadamente e forçada a prestar serviços à sociedade em campanhas de cidadania.
Pensar que recentemente saiu uma matéria na VEJA sobre o livro de um sociólogo, "A Cabeça do Brasileiro" se não me falha a memória, enaltecendo uma tese duvidosa - principalmente por tratar-se de Brasil - segundo a qual a elite, mais educada e culta, seria o farol do país, sendo o povo a âncora do atraso.
Ora bolas!, que a massa sempre teve o hábito de deixar-se seduzir por discursos salvacionistas e fórmulas imediatistas a ponto de ignorar certos desmandos de governantes e deveres - até mesmo seus próprios direitos - não se discute. Porém nossa elite nunca contribuiu para resgatar o país do buraco onde se encontra.
Pelo contrário. Na maioria das vezes, preferiu a tática do avestruz - por sinal, dizem ser mito - e enfiar sua cabeça em seu buraco aparentemente seguro e deixar o bicho pegar. Somente quanto sente no couro é que resolve se mover - não raro atabalhoadamente. Esquece-se, levando o mito do avestruz a sério, que ao esconder a cabeça no buraco acreditando estar segura, fica com o rabo à disposição do inimigo, hehehe.
Fica aí o registro de mais um péssimo exemplo vindo de quem deveria, sim, ser o farol para toda a sociedade.
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