Em recente matéria dos jornais, foi noticiado que o acesso à internet feito em escolas públicas está prejudicando os alunos. Os "viciadinhos" acabam por ficar dominados pelo universo virtual e esquecem-se da realidade - crua - do ensino público. Afinal, mesmo se dedicando, alcançar patamares - por assim dizer - de destaque em nossa sociedade tendo como base o ensino público brasileiro, é tarefa hercúlea.
Contudo, não é sobre isso este manifesto. Pelo contrário. Quero enaltecer o caráter , como posso dizer, didático e reflexivo da internet.
Lendo o site de Reinaldo Azevedo, chamou-me a atenção uma postagem sobre um vídeo absolutamente fantástico e de certo modo, sociológico. O endereço para assisti-lo é http://youtube.com/watch?v=LU8DDYz68kM. Deveria ser passado em salas de aula, encontros comunitários e qualquer outro ajuntamento entre as pessoas. Talvez seria uma lição maior do que as de muitos dos nossos falantes intelectuais e outros formadores de opinião.
Não sou do tipo pregador de revolução das massas. Creio ser muito mais importante a revolução do indivíduo, o transformar a si mesmo, antes de lançar-se como ovelhas em rebanho a seguir um pastor que as levam para o abate prometendo salvação.
No entanto, passar a vida toda servindo de “almoço” para governantes e exploradores é entregar-se sem lutar. Como os felinos e o réptil do vídeo, eles estão sempre à espreita para saciarem sua fome interminável.
O Estado, da forma como se organiza, sempre lançará suas garras sobre nós, seja tanto por cobranças de impostos absurdas como por omissão e descaso materializados em serviços deploráveis, levando-nos ao colapso. De outro lado, temos os representantes do lucro irracional, insistindo na racionalidade de um mercado que nunca houve e nem haverá, dado o apetite absurdo por mais e mais desenvolvido pelo ser humano. Entre eles, ficamos nós, inúmeras vezes letárgicos e passivos ante o ataque predatório dos donos do poder.
Mas basta alguém ter coragem de levantar-se e intimidar os predadores, para as coisas revelarem-se como realmente devem ser: nós somos a maioria e não devemos nos oferecer em sacrifício. No caso dos búfalos, a lição aos leões poderia ter sido mais severa se todos tivessem avançado.
Nós podemos colocar nossos predadores para correr. Basta coragem e compromisso com nossas próprias consciências.
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