Césio 137, um fantasma ainda presente em Goiânia

Dia 13 de setembro faz 20 anos da tragédia radioativa que lançou-se sobre a cidade de Goiânia. Iniciou-se nesse dia o terror com o Césio 137, após dois catadores de sucata retirarem uma peça de máquina de combate ao câncer, abandonada no Instituto de Radiologia de Goiânia.


No interior da peça, uma capsúla trazia dentro de si 19 g de maldição para os moradores daquela cidade. Pequeno em quantidade, colossal em seu poder de destruição, foi o suficiente para, em pouco mais de duas semanas, espalhar o horror e a morte entre os moradores, não somente da região onde estava localizado o ferro-velho de seu Devair, comprador da peça. Mas para além das fronteiras da cidade, em bolsos de moradores seduzidos pelo brilho azul do pó branco de césio, quando sob o escuro.


Hoje, perto de completar 20 anos do acidente, muitas pessoas ainda lutam por indenização do Estado. Afinal, foi graças a incompetência deste e dos responsáveis pela clínica abandonada, que miseráveis buscaram nos escombros do Instituto uma oportunidade para ganhar mais um troco do dia. No entanto, como se já não bastasse o descaso oferecido pela vida, abriram sua caixa de Pandora.

Ainda falarei mais sobre o assunto.