“Viajantes na tempestade
Nessa casa nascemos
Nesse mundo somos jogados”
The Doors
Cheguei há pouco da maternidade. Tayler, meu filho, nasceu ontem aos 08 meses. Ou seja, prematuro. Como de praxe nesta situação, ele teve de ser encaminhado à UTI infantil para receber os tratamentos adequados. Apesar de todas as neuras comuns quando o assunto é gestação – principalmente, a 1ª –, confesso não ter imaginado tal possibilidade.
Tenho certo desconforto ao entrar
Todos que ali estão enfrentam um desafio. E parecem encará-lo com denodo que deveria servir de exemplo a todos. São os pequenos cavaleiros na tempestade. E eu, ainda que cético quanto aos assuntos divinos, me encho de fé quanto à vitória não somente de Tayler, mas também de seus intrépidos companheirinhos.
Quanto ao meu cavaleirozinho, fiz-lhe uma última visita no dia de hoje – ao todo foram quatro – e o moleque se mostra mais casca-grossa do que o pai. A médica tinha acabado de encaixar um aparelho em seu minúsculo nariz para ajudar na respiração e quando chego perto, ele estava agitado, arrancando-o e querendo respirar por conta própria.
Aproveitando o ensejo, a doutora achou por bem ver como ele se comporta sem o aparelho. Enquanto estive lá, ele mostrou-se ótimo. Fitava-me e alternava o olhar perscrutando à sua maneira toda a estrutura
Estou descobrindo que amo o moleque muito mais do que pudesse pensar.
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