Uma notícia que até me causa alento: os idosos usuários dos coletivos exclusivos do município de Vitória poderão passar a roleta e ocupar outros espaços que não sejam o "cubículo" entre o cobrador e o motorista.
Na maioria esmagadora dos coletivos da Grande Vitória, os passageiros embarcam pela porta da frente e desembarcam pela de trás – ou do meio, dependendo do modelo. No caso dos idosos, como são isentos do pagamento da passagem, foram reservados os dois bancos antes da roleta para eles. Porém, em determinados horários, nunca foram suficientes. Os velhinhos têm que ficar em pé, apinhados num espaço exíguo, ocupado pelo motorista e o cobrador, além dos dois bancos.
Mesmo tendo algumas empresas aumentado o número de bancos, o problema ainda persiste. Diversas foram as vezes nas quais eu me espremia para passar entre os velhinhos – muitos com dificuldade em permanecer de pé. Ademais, o risco de uma freada brusca arremessar um idoso – ou vários – ao chão é algo constante.
Muitos, além de mim, se indignam com tal situação. Por que não deixar os idosos que não puderam sentar, ao menos entrar pelas portas de desembarque, desobstruindo a entrada e diminuindo o risco de acidentes com algum idoso? Grande parte dos motoristas alegam não poder faze-lo por ordens estritas dos patrões – não acata-las pode gerar até demissão. Não obstante, muitos contrariam as normas e permitem deixar o embarque às portas do meio e de trás.
Mas a Prefeitura da capital negociou com as empresas do município de Vitória e será permitido aos idosos passar pela roleta quando os bancos à frente do coletivo estiverem todos ocupados. Para tanto necessitarão de um cartão específico.
Bem, depois de tantos buracos abertos na capital pelo "prefeito-tatu" João Coser, essa é até uma medida louvável. Espero que o restante das empresas, responsáveis pelas linhas intermunicipais, façam o mesmo.
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