quarta-feira, 9 de abril de 2008

O Bazar do Abadia

A sensação do dia na imprensa foi o "bazar" do traficante Juan Pablo Ramírez Abadia, no Jockey Club em São Paulo. Fila quilométrica, desentendimentos e até "jeitinhos" foram dados para conseguir comprar alguns bens pessoais do traficante colombiano. Afinal eram disponibilizados perfumes, roupas, aparelhos de tv e mesmo cuecas para a tigrada. Tudo de primeira linha a preços "populares".
 
Ouve acusação de favorecimentos a cidadãos com certa "influên$ia", enquanto o "povão", em sua maioria, ficava de fora. A festa do consumo vai até domingo, com direito a leilão dos bens mais valiosos. O que for arrecadado, segundo informações, será doado a instituições filantrópicas paulistas.
 
Ótima iniciativa. Apenas espero que se repita quando o criminoso for um magistrado ladrão, advogada "surrupiadora", político gatuno e outros bandidos mais distintos, praticantes do furto ao dinheiro da sociedade. Espero ver o mesmo quando comprovarem o crime dos empresários Adriano Mariano Scopel e Pedro Scopel, pai e filho, presos  essa semana por sonegação de 7 milhões de reais no ano passado em esquema de compras de carros de luxo importados, entre outras mercadorias.
 
Por fim, o sr. Abadia, ao ver seus milhões esboroando-se, deve ter lembrado daquela máxima de Marx: "tudo que é sólido desmancha no ar". Aliás, tal frase parece ter sido "criada" pelo velho comunista após tomar conhecimento de outra sentença, do século XVIII, que, segundo o economista e escritor Armando Avena em seu "A última tentação de Marx", fora criada pelo biógrafo escocês James Boswell: "o que é rígido desaba e o que está em constante movimento persiste".


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