quarta-feira, 16 de abril de 2008

Sobre Departamentos de Polícia Judiciária no Espírito Santo

A questão carcerária por aqui anda vergonhosa. Regularmente jornais denunciam as condições sub-humanas a que são submetidos os detentos nos chamados Departamentos de Polícia Judiciária, ou DPJ. Um lugar onde não deveria amontoar presos e, sim, servir de meio transitório destes para os presídios. Isto não ocorre.
 
Ao serem levados para o DPJ, a maioria esmagadora dos detentos por lá fica. A situação é de tal forma tão vergonhosa para uma nação que julga-se sob a égide do estado democrático de direito. Um exemplo é o que foi noticiado pelo jornal A Gazeta de 06/04/08. Conforme a matéria, no DPJ do município de Vila Velha/ES 182 detentos estão abarrotados num espaço para 36!
 
Não suficiente tal absurdo, a higiene do local é abaixo de qualquer crítica. Com alimentos jogados pelo estreito corredor, o DPJ fica sob os cuidados de 05 pessoas apenas. Entre os presos, que se revezam para dormir, encontram-se vários adoentados. Banho de sol inexiste. Para completar o inferno, os cidadãos que precisam da carteira de identidade somente podem retirar o documento no "depósito de gente". Caso estoure alguma rebelião ou tentativa de fuga, o circo de horrores está formado.
 
Ora, não se trata de defender criminosos – na realidade, boa parte dos que ali estão, nem culpados ainda foram pela justiça. Para certa parcela da sociedade, eles têm o que merecem. Um pensamento tolo.
 
Não é pelo fato de cometerem algum crime, que o encarceramento sub-humano deve ser aplaudido pelo cidadão. As condições mínimas de infra-estrutura devem existir mesmo para quem desafia a lei.
 
Seviciar mesmo que sejam os criminosos, não faz de uma nação um lugar mais civilizado. Pelo contrário; a aproxima negativamente deles...


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