quinta-feira, 1 de novembro de 2007

E depois não entendem por que muitos querem o Capitão Nascimento...

Disse que não falaria mais sobre "Tropa de Elite" enquanto não for assisti-lo no cinema. Já quebrei a promessa anteriormente. Senão falo do filme em si agora, faço referência.

Hoje, ao passar pela banca de revista na qual todo dia dou uma olhada à procura de novidades, encontrei a proprietária inconsolável. Novamente deram-lhe prejuízo, arrombando o seu estabelecimento e furtando alguns reais em espécie e um bom tanto em mercadorias, além de deixarem o local em total desordem.

A pobre senhora lamentava pela milésima vez como é difícil trabalhar tomando prejuízos. Há poucos meses, foi assaltada em plena luz do dia, no horário de almoço. O indivíduo apontou-lhe uma arma e levou cartões de telefone no valor total de mais de R$ 2.000,00. Ainda está arcando com este prejuízo.

Ela falou de sua desesperança para com a lei e, desabafando, disse ser a favor do extermínio, haja vista o Estado mostrar-se sua incapacidade em lidar com a violência.

Na semana passada, também estive em outra banca - adoro bancas de revistas - próxima ao local do acontecimento narrado acima. Sua dona igualmente lamentava uma outra tentativa de arrombamento do seu estabelecimento. Só não ocorreu porque um vigia noturno gritou para os infratores, jovens, que saíram em disparada. Contudo, o prejuízo já estava feito e ela teve de contratar alguém para consertar sua porta avariada. O custo não é barato, me revelaram as vítimas.

Pois é. Esses exemplos deixam à mostra como o cidadão comum, esteja ele em qualquer localidade, está entregue à sanha dos criminosos, oficiais ou não. A presença do Estado quando não é tímida e canhestra, inexiste. O desespero, a frustração e o ódio passam a tomar conta do ser acuado, cansado de ser escorchado legalmente - via impostos - e "informalmente" - por causa das injustiças sociais, diriam nossos intelectuais.

Então, quando surge uma personagem como Capitão Nascimento, tende a ser enaltecida. E certos setores "pensantes", mais parecendo se negarem problematizar os fatos como se apresentam, optam pelo escândalo ideológico, apelando a rótulos fabricados para atacar tudo aquilo que contraria sua visão de mundo. Crêem, cabalmente, serem detentores únicos da análise dos problemas sociais. Enquanto isso, a sociedade desaba.

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