sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Brasil: A Latrina Política do Mundo!

Cada dia torna-se mais difícil viver e sobreviver neste país. Os motivos são diversos: violência em variadas esferas, indiferença quanto aos atos nefastos a nos circundar, um Estado inoperante e uma classe política asquerosa. Quando você imagina já ter testemunhado o suficiente, esses atores vis do lodaçal político brasileiro provocam-nos mais bílis.

Estou eu com a tv ligada enquanto cumpro algumas tarefas domésticas à noite, quando nos toma de assalto por 10 minutos uma figura já bem conhecida por todos os brasileiros. Era Roberto Jefferson, o anti-herói do Bananão. O show de horror estava para começar e só tinha duas opções: ou desligava a tv pois o canastrão ocupara todos os outros canais ou deixava para ver mais do mesmo de sua patacoada verborrágica. Optei pela segunda para testar mais uma vez meu estômago. Devo confessar: como no dito popular, eu devo ter estômago de pato por ter suportado tudo do início ao fim.

O canalhão representou como nunca. Disse ser o seu partido o imaculado nessa joça toda envolvendo corrupção. Mais: sua injusta(!) cassação deu-se, à época, apenas por ter sido considerado um acusador sem provas. Hoje, com o indiciamento dos 40 lazarentos protagonistas, que empesteiam essa nação-latrina, está provada a ilegitimidade da perda de seu mandato. Ademais, foi graças à sua exposição dos acontecimentos que hoje o país pode comemorar o indiciamento inédito. Em suma, Jefferson seria um pobre diabo injustiçado, ao qual o país deve todo o apoio do mundo.

Ora, mas faça-me o favor sr. Jefferson, o Patife!

Até as árvores sabem o porquê da boca no trombone por parte desse elemento representante do atraso do Bananão. Lançou merda ao ventilador por estar acuado, devido as acusações cristalinas surgidas de um vídeo onde um outro canalha, Maurício Marinho, foi flagrado extorquindo fornecedores para fraudar licitações e colocando o nome do fanfarrão Roberto Jefferson na fogueira. Como foi fustigado de todos os lados, inclusive do PT, resolveu abrir a boca. Crise de consciência? Qual o quê! Importante é levar outros para o buraco junto. Apenas por esse motivo.

Roberto Jefferson também faz de conta que ninguém lembra de sua confissão do recebimento de 4 milhões de reais às escuras para o seu ilibado partido. Igualmente finge não ser ele um dos 40 acusados do escorchamento promovido no Bananão.

Apesar da náusea, meu “estômago de pato” suportou a chacota promovida por esse energúmeno. Ao final, não satisfeito em ocupar todas as redes de televisão do país em horário nobre para vomitar isso, ainda teve a desfaçatez de dizer que o indiciamento do bando era uma vitória do povo brasileiro – essa entidade violentada a todo instante e que resiste a tudo estoicamente -, de seu partido e, por Maquiavel!, ele mesmo!!!

Logo em seguida, volta o Jornal Nacional, da família brasileira, dos Homers Simpisons do Bananão, falar sobre a aprovação da CPMF pela câmara dos deputados. Surge uma figura, deputado do PR, mandando um recado claro para sua majestade barbuda: seu partido tinha feito a vossa vontade, agora era o momento da majestade fazer a vontade do partido, loteando os cargos aos quais os vendilhões do PR teriam direito na troca. E assim se faz política na nação-latrina.

Desliguei a tv e fui tomar um pouco de ar. Lembrei-me então de uma frase de Millôr Fernandes, do qual tinha lido uma entrevista na tarde daquele mesmo dia: “Todos os países são difíceis de governar. Só o Brasil é impossível”.

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