quarta-feira, 27 de junho de 2007

A reação do pai de um dos espancadores de mulher diz muita coisa

Claro que também para o pai de um criminoso, é difícil lidar com um caso como foi o do espacamento da empregada doméstica Syrlei.
No entanto, as palavras do sr. Ludovico Ramalho Bruno, pai de um dos acusados, na Folha de São Paulo de ontem, demonstra o tipo de educação dada ao seu filho: "foi uma coisa feia que eles fizeram? Foi. Não justifica o que fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que têm estudo, que têm caráter, junto com uns caras desses? Existem crimes piores." Quer dizer: mesmo fazendo o que fizeram, deveriam apenas tomar um puxão de orelha né?
Para esse sr. seu filho e amigos, são pessoas que merecem um tratamento superior por ter "mais estudo" e "caráter" que os presos que estão na mesma cadeia. Numa escala simples de valores, os espancadores não deveriam mesmo ficar entre os presos comuns; deveriam sofrer é sanções maiores pois, de acordo com a idéia desse sr., tiveram acesso à educação que os "criminosos piores" não tiveram. Tiveram uma formação de caráter (?) que os outros não tiveram. E ainda assim foram capazes de um ato torpe contra uma pessoa indefesa.
Cadeia neles. Uma temporada de enclausuramento poderá ser boa para a reflexão de pessoas estudas e de caráter, que ainda assim são capazes de atos irracionais e deploráveis.

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