quinta-feira, 21 de junho de 2007

O Para não é Pop

Bento XVI resolveu dar o ar de sua graça mais uma vez. Ele e sua trupe estão incentivando um projeto no qual os países - seus governos, para ser mais preciso - incriminariam os clientes das prostitutas! Os usuários dos serviços das damas da noite seriam multados.
Sua santidade acredita ser tal medida uma forma de inibir as pobres almas que compram o prazer junto às pobres almas que vendem o prazer. Logo, diminuiria a procura e se salvaria mais ovelhas desgarradas.
Quanta bobagem! Primeiramente, se nesta história toda alguém tivesse que ser multado, o cliente deveria ser o último - e olhe lá. Antes tem o cafetão, o dono de boate - dá no mesmo né - e a própria prestadora do serviço que se quer ilegal. Segundo, o Papa não tem nada que ficar dando pitaco, baseado em suas convicções religiosas, para Estados laicos. Quer multar os clientes, volte-se para o seu rebanho exclusivamente católico. Tenho certeza que Bento XVI iria arrecadar um bom dinheiro entre seus fiéis.
Fico a imaginar como se comportariam os aplicadores de multa aos "piranheiros": ficariam às portas dos estabelecimentos, às esquinas, ocultos, aguardando o cliente se aproximar ou aguardariam a conclusão do ato? A abordagem seria: multado por gozo com prostituta? E se o cliente alegar broxada? Ou então, for uma daquelas almas perdidas - clássicas em filmes - que somente desejam algumas horas de conversa com as prestadoras de serviços luxuriosos? Mais: a multa seria de valores variados, conforme a quantidade de orgasmos ou tipos de serviços prestados?
Não tenho paciência para certas coisas. O Papa e sua trupe precisam é de sexo. Deveriam preocupar-se em acabar com essa história de obrigação do celibato e poupar dores de cabeça para ele.



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