quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Samba do comuna manco

Durante o intervalo do debate sobre o MST no programa MTV Debate, capitaneado por Lobão, procuro algo em outros canais. Paro na Rede Vida e vejo o presidente do PPS Roberto Freire numa entrevista. O auto intitulado comunista falava sobre a suposta esquerda petista governamental. Se opunha ao Bolsa Família, classificando-o como um programa de transmissão de renda neoliberal e capaz de fomentar o comodismo e a eterna dependência de verba estatal.

O estranho foi a explicação de Freire quando um jornalista lhe indagou se não seria contraditório criticar um programa social do governo petista que tinha sua origem na administração tucana, do PSDB hoje aliado ao PPS de Freire. O comunista não viu contradição em se opor ao PT adepto de políticas sociais clientelistas similares ao PSDB. A propósito, FHC disse esta semana não ver diferenças entre a política econômica de seu governo e o de Lula.

Fico a me perguntar: se PT e PSDB são similares em sua forma de administrar, aproximando-se do neoliberalismo execrado pelo comuna Roberto Freire, que diabos o PPS pretendeu rompendo com petistas e aliando-se com tucanos?

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