terça-feira, 10 de novembro de 2009

Femme Fatale acidental golpeia a estultice da Uniban

Após o conselho da uniban (sic) decidir expulsar a estudante Geisy Arruda por causa de um vestido curto vermelho, o reitor da “universidade” fez, com imenso atraso, o que deveria ter sido feito desde o início do imbróglio: pensou. E ao utilizar as faculdades mentais definitivamente, reverteu o ato do conselho de sua universidade. Logo, a estudante fica.

A decisão do reitor pouco deve ter a ver com um exame profundo de consciência; antes, face aos dias de comércio em estado bruto da educação, pode ter sido a medida mais indicada a partir de uma lógica meramente utilitária. Afinal, mesmo para a uniban, que parece ser uma universidade onde se produz tudo, menos a reflexão e o pensamento crítico nos limites da democracia, ficar em evidência pelo aspecto negativo, não deve ser uma boa – para seus negócios.

De qualquer maneira, o estrago já foi feito. A instituição foi maculada pela sucessão de flerte e complacência com o autoritarismo e a intolerância. Desde o princípio, face a bestialidade da multidão enfurecida, a universidade mostrou-se inclinada a culpar exclusivamente a moça e seu vestido curto.

Tal qual o povo contra Larry Flynt, resolveu iniciar uma cruzada moralista e hipócrita para criminalizar a jovem. Foi tragada pelo bom senso. Agora colha os frutos amargos de sua mal fadada colheita. Ou talvez não: em tempos da indústria de diplomas do ensino superior, em um intervalo de curto período é bem provável que todos tenham esquecido o fato. Afinal, como bem disse o filósofo alemão nos idos do século XIX, “a multidão tem olhos e ouvidos, não mais que isso; menos ainda juízo e memória”.

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