sábado, 12 de setembro de 2009

Porque algumas coisas nunca mudam

O fascínio exercido por líderes, autoritários ou não, nas pessoas, independente da camada social, é algo assombroso. A força do carisma na política, conforme estudado magistralmente por Max Weber, é um feitiço eterno. Sua ação nubla a realidade, levando ao mais alto dos gênios a agir como um idiota. Oliver Stone é um cineasta genial. Mas nem por isso deixa de exercer o seu direito à idiotia.

Sempre crítico da política de direita, Stone vez ou outra se satisfaz pelo caminho fácil trilhado por alguns esquerdistas e abraça causas ou assume posições estrambóticas. Sua mais nova empreitada neste sentido foi um documentário apologético a Hugo Chávez, daqueles cheios de clichês sobre salvadores do mundo. Ou seja: uma nova obra sobre algo vetusto.

O cineasta crê realmente que Chávez representa uma nova aurora para a América Latina – e por extensão, para o mundo. Como está fazendo “justiça social”, Stone prefere ignorar a truculência autoritária do escandaloso líder venezuelano e adota o estilo lambe botas de alguém que deseja violentar a democracia servindo-se dos valores desta.

Aí, quando os amigos criticam a minha crítica à esquerda, eu vou fazer o quê? Alguém deve tentar despertar os “companheiros” desse pesadelo que imaginam ser sonho.

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