terça-feira, 4 de março de 2008

América do Sul em ebulição

As coisas do lado de cá estão agitadas. Forças armadas da Colômbia adentraram em território equatoriano para eliminar membros do movimento guerrilheiro terrorista Farc – entre eles, o comandante Raul Reyes. Rafael Correa, presidente do Equador, naturalmente não gostou, haja vista estar supostamente negociando com os guerrilheiros a liberdade da colombiana Ingrid Betancourt, ex-candidata à presidência da Colômbia e seqüestrada desde 2002, além de outros reféns.

O presidente equatoriano considerou uma afronta à soberania de seu país o ataque colombiano e rompeu relações com a Colômbia. Segundo ele, com a morte dos guerrilheiros terroristas, as negociações pela liberdade dos reféns voltam a ser obstaculizadas. Como era de se esperar, Chávez já aproveitou o momento para encenar mais um de seus atos histriônicos: movimentou tropas do exército venezuelano para as fronteiras com a Colômbia e prometeu chumbo caso algo semelhante ocorre em seu território.

Também previsível foi a reação de alguns meios de informação brasileiros, principalmente os da internet e os alternativos. Quem comunga da idéia das Farc como grupo terrorista, aplaudiu a ação do exército de Álvaro Uribe, presidente da Colômbia. ReinaldoAzevedo, em seu blog, foi um dos que praticamente soltaram fogos pelo ataque colombiano. Já no site do Fazendo Media, estão quase de luto. No entanto são vários os pontos a considerar.

Realmente é questionável a Colômbia entrar no Equador e bombardear terroristas de guerrilha. Porém não se pode esquecer que são estes os mesmos que espalham o terror no território equatoriano há décadas em nome de uma suposta causa. Matam, roubam e seqüestram – e tem muita gente esclarecida por aqui que vê isto com bons olhos. Outro ponto interessante é essa disposição de presidentes de outros países como o Equador e a Venezuela em mediar negociações com as Farc.

Coincidentemente Correa e Chávez são esquerdistas e têm, no mínimo, alguma ligação com o Foro de São Paulo, que agrega forças da esquerdas latina. E as Farc são uma delas. Qual seria a intensidade da relação entre os estas e os citados presidentes?

Segundo anunciado pelas autoridades colombianas, foram encontradas provas de ligações íntimas entre as Farc e Hugo Chávez. Mais precisamente, de ordem financeira.

Muito tem a ser esclarecido. O caso não pode ser centrado unicamente na suposta agressão colombiana ao território equatoriano. É preciso deixar às claras até onde vai essa relação das Farc com Chávez, Correa e outras personalidades e instituições esquerdistas latinas – como o PT...

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