sexta-feira, 17 de abril de 2009

MV Bill aprova os muros contra expansão das favelas. Será chamado de fascista?

Por essa, nem o mais esquerdista esperava. MV Bill, um cara bem visto pela "crasse" progressista, entende como positiva a ação do governo carioca em levantar muros contra o crescimento desordenado de favelas, afetando a vegetação que as circunda. Fico pensando o que esquerdistas ideologicamente bipolares acharão disso. Gente como Mário Augusto Jakobskind, notório jornalista de esquerda, para quem o mundo é divido entre o bem – esquerda – e o mal – direita –, que escreveu essa semana sobre o tal muro, no observatório da imprensa.


A proposta é polêmica, sem dúvidas. Mas fico a imaginar como pode ser tratada de forma tão tola por pessoas que deveriam contribuir para o debate. Jakobskind, ao invés de formular possibilidades, prefere criar hipóteses demonizando o outro lado e enchendo a cabecinha dos jovens, que bradarão pelos corredores e salas de aulas das universidades: o prefeito do Rio é fascista, higienista.


A proposta é esta mesmo? Foi debatida entre Estado e comunidade, para se chegar a tal conclusão? Ou é formulação ideológica, pautada por interesses eleitoreiros/partidários? O que dirão do MV Bill e dos moradores das comunidades? Seriam auto-higienistas? Algo a ser refletido.


De qualquer maneira, gostei da fala do Bill quando se refere ao gosto dos intelectuais por miséria. Realmente parece ser isso mesmo. Eu já discuti tal aspecto em sala de aula, pois muitos companheiros, oriundos da classe média e cheios de conceitos na cabecinha, parecem tratar favela ou periferia como um fetiche. No trecho reproduzido abaixo, MV Bill consegue se mais preciso do que mil intelectuais ou acadêmicos adeptos da ideologia ou partidarismo.


Não deveria haver diálogo com os moradores dessas comunidades antes da construção dos muros? Essa é uma reclamação recorrente...
Esse é um erro cometido pela maioria dos governos do Brasil todo: não dialogar com a comunidade que está recebendo a política pública. A falta de diálogo acaba não trazendo uma compreensão do que se precisa realmente dentro de uma comunidade. E ouvindo essas pessoas (das comunidades), é possível ter uma política pública mais embasada. Acho que isso acaba sendo um grande erro; o diálogo com a comunidade só vai ter a acrescentar. O diálogo é importantíssimo. Seria a política pública chegando para quem precisa, e orientada para quem sente na pele as necessidades do dia a dia.



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