sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

E Mino é “engolido” por seus próprios seguidores

Muito me chamou a atenção a mais nova despedida  do jornalista Mino Carta de seu blog e, temporariamente, da revista Carta Capital – na verdade. Um tempo de silêncio. Após elencar seu desencanto com a política do governo Lula e o jornalismo brasileiro, Mino dá adeus.

 

No entanto, a desilusão de Carta, ou o apogeu desta, deu-se por conta do caso Battisti, quando o ministro da justiça Tarso Genro resolveu dar refúgio a um assassino condenado na Itália, contrariando os interesses daquela nação. Mino não concordou e expôs diversos argumentos demonstrando o quanto Tarso estava não só equivocado, como colocando em cheque as instituições italianas. Para quê? Vou atacado por muitos de seus admiradores, não somente em seu blog, bem como em vários outros nichos de esquerda onde sempre foi bem avaliado. Pelas postagens de Carta em seu blog sobre o imbróglio desnecessário entre Itália e Brasil por causa de um condenado, fica claro o quanto "apanhou" de outrora admiradores.

 

Bem, mesmo o caso Battisti ainda tendo alguns pontos a serem esclarecidos, parece sim que Mino Carta tem razão em defender a extradição do assassino condenado. O sujeito, além de ter uma ficha corrida exemplar, era um extremista lutando por tudo, menos democracia e a favor da liberdade. Pelos argumentos apresentados, o indivíduo teve um julgamento dentro dos limites do estado de direito.

 

Contudo, certos religiosos da esquerda, capazes de se alinharem a uma peça de salame se esta criar vida num passe de mágica e sair por aí gritando "morte à burguesia!", crêem no acerto da decisão do sr. Tarso Genro. E são estes mesmos, dentre os quais admiradores de Mino, que hoje pouco falta chamarem Carta de reacionário e conservador, quando não algo pior.

 

É clássico dos ortodoxos isso de "devorarem" seus ídolos de outrora quando vêem suas posições contrariadas; tanto na esfera do simbolismo, como na mais dura realidade. Voltando-se em particular à esquerda, basta lembrar do que ocorreu com indesejáveis durante o reinado do comunismo russo ou dissidentes na revolução cubana. É picareta prum lado, calabouços e paredon para outro.

 

Agora assiste-se ao auto-exílio de Mino Carta devido ao seu desencanto com a virulência e o Febeapá, em suas palavras,de seus iguais. Nada de novo.



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