quinta-feira, 17 de julho de 2008

O delegado Protógenes e o ex-banqueiro Salvatore

A novela Daniel Dantas está rendendo. Esta semana afastou-se do caso o delegado responsável pela investigação Protógenes Queiroz. Segundo o ministro da justiça Tarso Genro, foi decisão do próprio Queiroz. De acordo com Queiroz, não foi decisão dele. Para completar o imbróglio, o presidente Lula diz que o delegado deveria continuar, por uma questão moral, ou explicar o motivo de seu afastamento. Está formado o circo.

 

Não é novidade. Toda vez que figurões são envolvidos em crimes é um celeuma. No caso de Dantas, é coisa antiga. Carta Capital, devo reconhecer, teve um trabalho importante e solitário ao longo da última década, sempre apontando as "peraltices" do banqueiro abelhudo e corruptor.

 

No entanto, é bom cautela. Segundo já pipoca pelo mundo virtual – sempre mais à frente que os canais tradicionais de informação –, o inquérito do Protógenes tem muita inconsistência e doses de delírio. A confirmar tal aspecto, pode ser um prato cheio para a defesa do pilantra. Pois sem provas consistentes até Collor saiu inocente da história conhecida pelo mundo.

 

Bem, meu ceticismo não permite muitas expectativas. Espero estar equivocado.

 

Outro fato da semana, também envolvendo figurões do Brasil, foi a "devolução" do ex-banqueiro – que classe exemplar... – Salvatore Cacciola ao Brasil, pelo governo de Mônaco. O pilan.., ops, cidadão estava de férias por lá e foi preso em setembro passado. É culpado por alguns de crimes por aqui, da época em que estava à frente do banco Marka. Considerado foragido da justiça há 8 anos, partiu para a Itália e lá ficou, não podendo ser extraditado graças a acordos diplomático entre os países. Em Mônaco o buraco foi mais embaixo.

 

Cacciola chegou hoje ao país com a prerrogativa de não ser algemado – concedida pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Gomes Barros, por entender que o condenado não oferece perigo aos policiais.

 

Essa coisa de algemas foi um dos pontos de discórdia durante a operação que levou Dantas e cia à prisão semana passada. Consideravam exagero, não haveria necessidade, feria o direito do cidadão, etc, etc.

 

Até concordo. No entanto essas questões somente vêm à tona quando um notório ou abastado está no olho do furacão. Os desvalidos nunca tiveram as algemas, quando postas em seus punhos independente se ofereçam perigo ou não, questionadas. Claro, há o aspecto político das ações da PF e tal, mas, ainda assim, eu gostaria de ver a isonomia em prática para todos – e não apenas para uns poucos



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2 comentários:

Anônimo disse...

Como pode corroborar com a idéia de que um inquérito policial federal possa ser inconsistente ou delirante? Qual o conhecimento legal e jurídico que possui para tal? E ainda assim se acha no direito de emitir essas opiniões pseudo-intelectuais, crivadas de bobagens e achismos, meu caro rapaz? Tenho acompanhado os disparates que tens apresentado aqui, nesta que se tornou a ferramenta do desserviço no século XXI, onde qualquer despreparado emite aquilo que acha, como se fosse o direito à liberdade total de expressão a janela que o mundo nos abre às latrinas argumentativas que dela emanam... Quero sinceramente CONTESTÁ-LO: trata padre por "maluco"; advogado por "patife" e delegado por "delirante", como se toda a elegância do discurso e a eloqüência da crítica inteligente e bem informada (que não é o seu caso) fossem apenas um adereço para aqueles que pautam-se pelo caráter e pelo respeito. Não somos obrigados a ler o seu blog, é o que provavelmente dirás, como um cão raivoso a ranger os dentes ante o menor perigo ao seu osso do radicalismo, mas peço que apenas se oriente para ajudar a tornar este espaço algo de útil e que possa realmente contribuir como um espaço menos "casa da Mãe Joana", onde coloca seus cães na rua e salve-se quem puder... Encontro-me hoje em MG, estudando a serviço da UFES, mas recebi o link de seu blog através de meu Orkut, dada a minha necessidade de analisar alguns blogs de alunos do Departamento para a tese de meu Doutoramento, que está sendo desenvolvida com o apoio do Prof. Ms. Mauro Petersem, na área de Mídia e Opinião Pública. Tenho visto diversas opiniões em blogs de diversos alunos, mas o seu me chamou a atenção pela ferocidade com que "agride" os seus personagens, como se quisesse se destacar por uma crítica que ainda não tem conhecimento e referencial para fazer. Demonstra ainda certa imaturidade no argumento, faltam bases mais precisas, que talvez adquirisse aos ler clássicos como Thompson, Burke, Hegel e principalmente Pierre Bourdieu, que é o cerne das minhas observações. Por este motivo, resolvi adotar esse tom provocativo, para que suscite em você um lucidez maior quanto às observações que expõe aos leitores, principalmente os seus colegas de Departamento, para que seja mantida a tradição de nosso curso em formar cidadãos conscientes e observantes de sua posição mestra no contexto social, atuando como um elemento agregador de novos conhecimentos, para que possa se desenvolver e alçar vôos maiores em seu futuro. Fica o conselho deste seu humilde ex-companheiro de departamento. Caso tenha dúvidas, terei prazer em orientá-lo, basta entrar em contato ou responder neste mesmo espaço, que acompanharei durante mais alguns dias para ver seu amadurecimento.

Eduardo Alex disse...

Meu blog nunca recebe comentário. No entanto, quando aparece, parte de algum insano foragido do manicômio. Sei de quem se trata o comentário – clone de outro maluco – e somente publiquei para diverti-me com o patife. Vamos lá.
Um inquérito pode ser uma grande furada quando o responsável é alguém como o comentarista em questão. Representa a nossa decadência acadêmica. Subjetivo foi dr. Protógenes, como bem afirmou o ministro da justiça Tarso Genro, ontem de manhã, na Rádio CBN. Ele, creio eu, deve ter algum conhecimento na área jurídica – ao contrário do comentarista maluco, travestido virtualmente de cientista político.
Não há contestação quando do vinda de um ninguém que chega na universidade montado num jegue pintado de branco, vestido de Napoleão – com chapéu de cangaceiro -, gritando independência ou morte. E, claro, não perco meu tempo digitando estas linhas rangendo os dentes, pelo contrário. Faço-o com o sorriso sarcástico que conheces.
Outra: quando vieres me sugerir, mesmo troçando, algum clássico, nada de Bourdieu ou Hegel. Além de não ter nenhum conhecimento para isso, são chatos pacas.
Por fim, canalha, não ouse usar o nome sagrado do louco mestre Deivison outra vez, para dar vazão às suas pantomimas. Ou envio suas bobagens para ele.

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