quarta-feira, 25 de março de 2009

O primeiro passo para a eternidade de um homem

Não tenho lá grandes aspirações religiosas. Na verdade, nenhuma. Sou um homem que escolheu a dúvida como condutora nessa caminhada incerta da arte de viver. E um homem guiado espontâneamente pela dúvida, não se mete com religião.

Contudo, tenho minhas concepções de mundo. Uma delas é quanto à eternidade. Definitivamente, duvido (novidade...) do mundo pós-morte cristão de um paraíso acima e um inferno abaixo. Isso é humano demais, "ditocômico" demais para um deus. A eternidade? Sei lá o que dela esperar. Mas creio numa forma de exercê-la, de alguma maneira. E esta seria por nossos filhos.

Neles estaríamos certamente permanecendo "vivos". Em toda a sua constituição: corpo e mente. Penso somente sermos "eternos" em nossos filhos. Caso o processo seja interrompido daqui a gerações ou mesmo anos, tudo se extingue. Ao menos no plano real que vivemos. Se há outra coisa para além disso aqui, talvez tenhamos alguma chance. Como não conheço, prefiro contar com os filhos ainda por vir.

Eternidade? Filhos? É por isso o motivo deste post. Minha esposa me deu ontem a boa nova: está grávida. Nosso 1° rebento e potencial "garantidor" de nossa eternidade. Confesso ser um misto de alegria e apreensão. Um filho numa sociedade tresloucada como a nossa é um desafio. E eu aceitei. Agora é mãos à obra para preparar a chegada do nosso "presente" até o final do ano.

O amor sempre me pregou peças. Minha esposa, meu filho, minha vida.

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