quinta-feira, 12 de março de 2009

Em justiça a Fábio Konder Comparato

Dias atrás escrevi uns comentários sobre a confusão formada no mundo virtual – e no real também, culminando num protesto à frente da redação do jornal – pelo fato de a Folha de São Paulo ter usado o termo "ditabranda" para relativizar a ditadura militar no Brasil.


Muita gente protestou e escreveu para o painel do leitor daquele jornal, inclusive os intelectuais Fábio Konder Comparato e Maria Vitória Benevides. A nota da redação foi esta: "A Folha respeita a opinião de leitores que discordam da qualificação aplicada em editorial ao regime militar brasileiro e publica algumas dessas manifestações acima. Quanto aos professores Comparato e Benevides, figuras públicas que até hoje não expressaram repúdio a ditaduras de esquerda, como aquela ainda vigente em Cuba, sua 'indignação' é obviamente cínica e mentirosa".


Na ocasião, mesmo entendendo ter sido rude a resposta da Folha, pensei ter ficado tudo no mesmo nível: ridículo. Contudo, leio na página de Rodrigo Vianna algo que me faz dar certa razão aos inconformados com o ataque da redação ao professor Comparato. Afinal, naquele mesmo painel do leitor, em 2004, o intelectual não reconhece a experiência cubana como sinal de humanismo e democracia.


Pode-se não concordar com a integralidade das ideias do Sr. Comparato. Eu mesmo achei tola a sua sugestão – meramente simbólica, quero crer – para punir aos responsáveis pelo termo: serem colocados de joelho em praça pública e pedir perdão ao povo brasileiro. Contudo a Folha – e por extensão, Otávio Frias Filho, o chefão do jornal – acabou mostrando-se patética ao extremo ao atacá-lo, sendo que o professor tinha munição para defesa no seio do próprio jornal. Maldita internet, rá rá rá...


Como cantava um velho grupo punk brasileiro: "que vergonha, que vergonha"...



Veja quais são os assuntos do momento no Yahoo! + Buscados: Top 10 - Celebridades - Música - Esportes

Nenhum comentário:

Powered By Blogger