quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Burrice sem limite

É intrigante o ser humano. Mesmo com a capacidade ímpar entre os seres vivos de raciocínio, insiste em agir com ignorância também inigualável. Falo da ação de motociclistas no trânsito.
 
Outro dia, assistindo ao noticiário, fiquei embasbacado com o descaso pela própria vida por parte desses intrépidos – e idiotas – "cavaleiros" modernos. A matéria tratava sobre a inescrupulosa forma de guiar dos motoqueiros.
 
Enquanto os repórteres gravavam, inúmeras pessoas guiavam suas motos sem capacete – inclusive caronas. Se alguns o carregavam pendurados no  braço, outros nem isso faziam. Quando indagados sobre o por quê da insistência em não conduzir com o artefato na cabeça, as desculpas eram estapafúrdias. Alguns alegavam pressa, outros diziam não estar com o capacete porque  faziam uma rápida viagem; os mais ousados simplesmente alegavam incômodo total.
 
Pois é. Mesmo sendo um admirador da liberdade total, vejo como a raça humana não está mesmo preparado para ela. Ora, o capacete é algo vital para os condutores de moto. Ele pode ser o divisor definitivo entre a vida e a morte num momento de acidente. Além do caráter punitivo pela lei, haja vista ser infração não estar com ele – na cabeça, na cabeça – quando se guia o veículo de duas rodas.
 
Claro, eu poderia advogar em nome da liberdade de escolha entre andar e não andar com o capacete. Afinal a vida – e o bolso – é do irresponsável que opta por infringir a lei. No entanto, a maioria que sofre acidentes e é levada para um hospital público acaba por ocupar tempo e espaço que poderiam muito bem ser direcionados a quem não pediu para ter um traumatismo craniano, por exemplo.
 
Por isso a lei deve ser aplicada, sim, com rigor para quem não sabe o limite entre a liberdade de escolha e a irresponsabilidade.


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