sexta-feira, 19 de junho de 2009

Da série: Quem te viu, quem te vê

O presidente Lula, quem diria, realmente é o “cara”. Ainda que seja o “cara” entre os caras-de-pau. Nos tempos de bravatas, como ele mesmo diz, José Sarney era a representação do retrocesso – ou da estagnação – político no Brasil. Afora as demonizações características da retórica política brasileira, Lula bem tinha razão. Sarney é um dos símbolos da confusão entre o Estado e a vida privada neste país. Não vê problema e fazer do primeiro extensão da segunda.

Não obstante, como hoje os dias são outros, a mais nova de Lula, produtor em massa de bobagens políticas proferidas, é a defesa do incansável Sarney. Segundo o presidente da República, o senador alagoano de nascimento, mas amapaense por “convicção” política, deve ser tratado de forma especial por não ser um cidadão comum, devido à sua história no país. Tudo por conta dos mais novos escândalos envolvendo o Senado.

Definitivamente, a política do mundo real nada tem de encantadora. Mas se Maquiavel tivesse vivendo por essas plagas nas últimas décadas, teria escrito algo do tipo “A Farsa como Método Político” ou “Da Dissimulação como Prática no Mundo da Política”.

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