domingo, 25 de janeiro de 2009

O mal da ideologia

Retornando ao teclado após a posse de Barack Obama, o 1° presidente negro – para os padrões criados por anglo-saxões –, a "guerra" interminável entre israelenses e palestinos e em meio a uma crise sem previsão de término, tenho acompanhado o imbróglio diplomático entre Brasil e  Itália depois de uma decisão do Ministro da Justiça, Tarso Genro, negando a extradição do ex-terrorista e assassino – tratamos as "coisas" pelo nome, fazer o quê? – Cesare Battisti.

 

Genro alega que o pobre diabo está sendo perseguido politicamente pela justiça italiana, além de ter sido julgado inadequadamente. Ou seja, os italianos, numa linguagem direta, foram incompetentes e não respeitam o estado democrático de direito. Os aspectos técnicos e jurídicos, contra e a favor estão na rede. É só procurar.

 

Interessa-me outro aspecto bem presente na questão, ao meu ver: o ideológico. Definitivamente, não creio que o argumento do Ministro se sustente. Afinal, os italianos já deixaram clara a culpa de Battisti por crimes comuns e não políticos.

 

Assusta – ao menos para os menos informados – é boa parte da esquerda levantar-se em favor da decisão do ministro brasileiro e já lançando Cesare como uma espécie de mártir, herói da resistência. Tanto ele quanto Tarso terão um ato de apoio no Fórum Social Mundial, a ser realizado em Belém no final do mês. Isto numa mesa que rediscute a Lei da Anistia no Brasil após a ditadura militar.   

 

Clássico dos ideólogos, criaturas comprometidas religiosamente com "causas" a ponto de defender os mais insanos atos quando são promovidos por seus iguais. Já verificamos isso na história entre grandes intelectuais como Sartre, fechando os olhos para crimes comunistas, e Chomsky, lançando dúvidas sobre o massacre promovido por Pol Pot no Cambodja. De diante de atos gigantescamente vis os militantes não se emocionam, por que o fariam frente a coisinhas tão pequenas como os homicídios de Battisti?Bem, mas quando coloco a questão entre os amigos comprometidos, logo sou tratado de reacionário e direitista.

 

O detalhe nesse confusão diplomática, é que mesmo entre esquerdistas notórios como Mino Carta , adorado pelos fiéis, a decisão do ministro não é bem vista, por contrariar a lógica e a verdade.

 

Ainda assim, um bando de cabeças de pudim presta culto à insanidade e ao crime.



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