quinta-feira, 12 de junho de 2008

O planeta está chapado!

Outro dia, assistindo o Jô, tomei conhecimento do cantor Rogério Skylab. Não conheço seu trabalho muito bem – algo escatológico, sórdido, niilista talvez –, mas fiquei animado com a sua nova música, "Eu tô Sempre Dopado". Ele apresentou o clipe dela na ocasião. A letra é um achado. Segue.
 
Eu Tô Sempre Dopado
Rogério Skylab
 
"Eu tô sempre dopado,
Eu tô sempre dopado...
 
No meio da rua
Fazendo música,
Indo pro trabalho,
Com a tv ligada,
 
Eu tô sempre dopado,
Eu tô sempre dopado.
 
No meio dos carros,
Dentro do sistema,
Cheirando fumaça,
Mesmo careta,
 
Eu tô sempre dopado,
Eu tô sempre dopado.
 
De janeiro à dezembro
Eu não sinto nada,
Você não entende,
Eu sou uma máquina.
 
Eu tô sempre dopado,
Eu tô sempre dopado"
 
É a cara dos dias "mudernos". Nós, 100% ocidentalizados e a cada dia mais "dopados" pela urgência da vida urbana, cada dia mais "tecnologizada". Não, nada contra a busca ao prazer, à alegria. Mas o hedonismo pelo qual a humanidade está fazendo sua opção é vazio, desprovido de substância.
 
Hedonismo, nunca é demais lembrar, assemelha-se ao colesterol; tem o bom e o mau. Parece que a sociedade opta a cada dia, mais intensamente, pelo segundo, esvaziando-se a si mesma numa corrida em busca do ter. Devemos resgatar Epicuro.
 
"Assim como dos alimentos (o sábio) não deseja a porção mais abundante de todas, mas a mais agradável, do tempo deseja desfrutar não o mais longo e sim o mais propício."
 
Epicuro: carta a Meneceu


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