Outro dia, assistindo o Jô, tomei conhecimento do cantor Rogério Skylab. Não conheço seu trabalho muito bem algo escatológico, sórdido, niilista talvez , mas fiquei animado com a sua nova música, "Eu tô Sempre Dopado". Ele apresentou o clipe dela na ocasião. A letra é um achado. Segue.
Eu Tô Sempre Dopado
Rogério Skylab
"Eu tô sempre dopado,
Eu tô sempre dopado...
No meio da rua
Fazendo música,
Indo pro trabalho,
Com a tv ligada,
Eu tô sempre dopado,
Eu tô sempre dopado.
No meio dos carros,
Dentro do sistema,
Cheirando fumaça,
Mesmo careta,
Eu tô sempre dopado,
Eu tô sempre dopado.
De janeiro à dezembro
Eu não sinto nada,
Você não entende,
Eu sou uma máquina.
Eu tô sempre dopado,
Eu tô sempre dopado"
É a cara dos dias "mudernos". Nós, 100% ocidentalizados e a cada dia mais "dopados" pela urgência da vida urbana, cada dia mais "tecnologizada". Não, nada contra a busca ao prazer, à alegria. Mas o hedonismo pelo qual a humanidade está fazendo sua opção é vazio, desprovido de substância.
Hedonismo, nunca é demais lembrar, assemelha-se ao colesterol; tem o bom e o mau. Parece que a sociedade opta a cada dia, mais intensamente, pelo segundo, esvaziando-se a si mesma numa corrida em busca do ter. Devemos resgatar Epicuro.
"Assim como dos alimentos (o sábio) não deseja a porção mais abundante de todas, mas a mais agradável, do tempo deseja desfrutar não o mais longo e sim o mais propício."
Epicuro: carta a Meneceu
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