quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A perversidade humana

Mesmo estando em pleno século XXI, diante das mais diversas conquistas tecnológicas e científicas, a perversidade parece estar longe de abandonar o ser humano. Esta semana tomei conhecimento de dois casos chocantes e desanimadores.

Na Bahia, as autoridades descobriram uma criança de 02 anos que deu entrada num Hospital com 50 agulhas espalhadas no interior de seu corpo. A mãe alega não saber o que aconteceu, haja vista deixar o filho com a avó para poder trabalhar. Fica difícil opinar ante os parcos indícios do que realmente aconteceu. Mas penso em algumas hipóteses. O ato celerado pode ter relação com algum delírio envolvendo rituais religiosos. Ou então foi obra de puro sadismo, de algum desequilibrado visando atingir a mãe ou família da criança.

Outro caso estarrecedor nos últimos dias foi o de um auxiliar de serviços gerais de 31 anos que estuprou uma garota de 10 anos. A violência foi de uma infâmia tão grande que a criança foi internada numa UTI e passou por uma cirurgia de reconstrução da vagina e do ânus.

Costumo refletir muito a respeito de ações hediondas como essas. E não somente quando ocorrem fatos assim. Acho que deveríamos ter maturidade intelectual suficiente para pensar em como punir tais ações. Não se trata de defender pena de morte pura e simplesmente. A sociedade deveria estar madura o suficiente para entender e decidir qual é a melhor maneira de se portar ante a perversidade humana.

Alguns autores de crimes hediondos demonstram estar distantes da civilidade. O que fazer com alguém que age cruelmente com seu semelhante? Qual a utilidade de se manter um criminoso assim em meio à sociedade? Já passou da hora de se discutir a crueldade humana à luz da razão e se pensar como tratá-la com a dureza necessária para coibi-la. Ou continuaremos sendo devorados pelos incivilizados pensando na civilidade.

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