sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A música da novela Pantanal

Ainda que não seja fã de novelas, tenho de admitir que assisto a reprise de Pantanal, no SBT. No início servia apenas de companhia à minha esposa e durante o descanso ao lado dela, assistia sem muito interesse. Depois deixei me envolver pela trama.

 

Em geral, o interessante é a tensão entre um dos protagonistas criado na cidade (Joventino, interpretado por Marcos Winter) e filho de um dono de fazendas (Zé Leôncio, por Cláudio Marzo)radicado no Pantanal de Mato Grosso e o estilo de vida reinante na região. Mesmo atualmente mostrando-se cada vez mais integrado aos hábitos pantaneiros, motivo de muito orgulho para seu pai, Joventino vive momentos de conflitos, principalmente com sua amada, a nativa Juma (Cristiana Oliveira).

 

À época de sua apresentação Pantanal revelou-se como novidade, um conceito original ante os clichês reinantes da Globo – novelas de "época", humorística ou dramática/suspense, respectivamente no horário das seis, sete e oito horas, como são popularmente conhecidas. Fugia dos cenários montados e partia para o meio do mato real, por assim dizer. Como apenas hoje a acompanho, somente agora compreendo o motivo de seu sucesso.

 

Mas o motivo de meu comentário mesmo é outro. Trata-se de uma música que assombrou a novela – e assim continua fazendo em sua reprise. A tal canção chama-se "Divinamente nua, a lua". Que música horrenda! Tenta soar como poesia, mas está mais para um delírio, uma manifestação non sense.

 

Não resisti e fui procurar o autor da cagad..., melhor, música. Atende pelo nome de Orlando Morais, ou o marido de Glória Pires. Sem querer ajudar à insignificância dele como cantor, mas por essa música entendo porque ele é apenas o marido de Glória Pires. Abaixo os versos "cortantes"...

 Divinamente nua, a lua
Tritura a sombra na treliça
E a hóstia sobre o sexo atua
Quando o desejo morre de preguiça

Prisioneiro sem bíblia, livre
No peito tentações, pudores
Sonhos de amores, leitos
Livres, leitos
Divindades e dragões

Mar feroz que vem dormir na minha cama
Sangrar na minha vida tão confusa
Queria ter o sol e tenho a lua
E a escuridão
Ainda assim abusa



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