sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A partida do grande Mestre Hélio

Foi com imensa surpresa – desagradável – que abri as páginas eletrônicas da Tatame e dei de cara com a informação do falecimento do mestre Hélio Gracie. Para quem esteve fora do planeta ao menos durante os últimos 10 anos, trata-se do patriarca da família de lutadores Gracie e mentor do famoso e eficiente estilo de arte marcial jiu jitsu brasileiro. Partiu na manhã de ontem, vítima de complicações por motivo de pneumonia, de acordo com informações.

 

Para os amantes e praticantes de artes marciais, como eu, o mundo torna-se mais vazio sem a presença desse gigante de pouco mais de 60 quilos. Guerreiro incansável, adaptou o jiu jitsu aprendido pelo irmão mais velho, Carlos, junto aos japoneses e terminou por criar uma nova forma de lutar, mais eficiente. Tudo por conta de seu corpo franzino e aparentemente fraco. Apenas aparentemente.

 

Com o passar dos tempos começou a testar seus conhecimentos ante outros estilos de luta e demonstrou a eficiência do jiu jitsu. Subiu em ringues e tatames pelo Brasil e mundo afora, vencendo a maioria de seus desafios ou sendo derrotado de forma honrada, como na luta de mais de três horas contra seu antigo discípulo Waldemar Santana, mais de uma década mais novo e com 20 quilos a mais.

 

Mostrou-nos a maneira mais fácil – ou menos traumática – de se vencer uma luta num ringue ou na rua. Deixava claro que o estilo por ele criado era de defesa e não ataque – como alguns imbecis nos dias de hoje insistem em fazer.

 

Era dono de uma personalidade autêntica, o que propiciava situações polêmicas. Na década de 90 passou a apresentar-se em público com uma faixa azul, protestando contra a proliferação de faixas pretas no jiu jitsu sem critérios claros de avaliação. Também causava furor quando dizia ser o amor coisa para fracos e que sexo serve mesmo é para procriar. De certa forma, mostrava a essência do jiu jitsu: goste-se ou não dele, será sempre implacável.

 

Para além das polêmicas em vida, todos os veneradores das artes marciais serão eternamente gratos ao velho mestre por ter nos oferecido a sua maior jóia, aos olhos do mundo: o jiu jitsu brasileiro da família Gracie.

 

Vá em paz velho mestre. Mas se o diabo cruzar seu caminho até o paraíso, dê-lhe de presente um estrangulamento e mande-o de volta às profundezas em sono profundo.



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domingo, 25 de janeiro de 2009

O mal da ideologia

Retornando ao teclado após a posse de Barack Obama, o 1° presidente negro – para os padrões criados por anglo-saxões –, a "guerra" interminável entre israelenses e palestinos e em meio a uma crise sem previsão de término, tenho acompanhado o imbróglio diplomático entre Brasil e  Itália depois de uma decisão do Ministro da Justiça, Tarso Genro, negando a extradição do ex-terrorista e assassino – tratamos as "coisas" pelo nome, fazer o quê? – Cesare Battisti.

 

Genro alega que o pobre diabo está sendo perseguido politicamente pela justiça italiana, além de ter sido julgado inadequadamente. Ou seja, os italianos, numa linguagem direta, foram incompetentes e não respeitam o estado democrático de direito. Os aspectos técnicos e jurídicos, contra e a favor estão na rede. É só procurar.

 

Interessa-me outro aspecto bem presente na questão, ao meu ver: o ideológico. Definitivamente, não creio que o argumento do Ministro se sustente. Afinal, os italianos já deixaram clara a culpa de Battisti por crimes comuns e não políticos.

 

Assusta – ao menos para os menos informados – é boa parte da esquerda levantar-se em favor da decisão do ministro brasileiro e já lançando Cesare como uma espécie de mártir, herói da resistência. Tanto ele quanto Tarso terão um ato de apoio no Fórum Social Mundial, a ser realizado em Belém no final do mês. Isto numa mesa que rediscute a Lei da Anistia no Brasil após a ditadura militar.   

 

Clássico dos ideólogos, criaturas comprometidas religiosamente com "causas" a ponto de defender os mais insanos atos quando são promovidos por seus iguais. Já verificamos isso na história entre grandes intelectuais como Sartre, fechando os olhos para crimes comunistas, e Chomsky, lançando dúvidas sobre o massacre promovido por Pol Pot no Cambodja. De diante de atos gigantescamente vis os militantes não se emocionam, por que o fariam frente a coisinhas tão pequenas como os homicídios de Battisti?Bem, mas quando coloco a questão entre os amigos comprometidos, logo sou tratado de reacionário e direitista.

 

O detalhe nesse confusão diplomática, é que mesmo entre esquerdistas notórios como Mino Carta , adorado pelos fiéis, a decisão do ministro não é bem vista, por contrariar a lógica e a verdade.

 

Ainda assim, um bando de cabeças de pudim presta culto à insanidade e ao crime.



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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Sobre cones, “cavalgadas sem sela” e outras aventuras desmedidas

Sei, o mundo anda explodindo e assistimos a tudo sem saber ao certo como agir. A bola da vez é o novo-velho conflito entre israelenses e palestinos. A intolerância e o desejo de vingança guiam as ações dessa gente que se quer iluminada por Deus. Vai entender...

 

Os noticiários já estão congestionados e os ideólogos e partidários de um e de outro lado se posicionaram para sua guerrinha particular. Enquanto isso em Darfur, no Sudão, pessoas gritam silenciosamente por socorro e nenhuma atitude efetiva para tentar resolver a questão é tomada. Nenhum protesto, poucas vozes se levantam para lembrar a desgraça daquele povo.   

 

Mas o que motivou este comentário foram algumas leituras e programas tratando sobre o comportamento sexual de nós, humanos. No último domingo, o Jornal do Brasil publicou matéria sobre um assunto impactante: o crescimento da prática do barebacking – algo do tipo cavalgar sem sela. Trata-se de uma gíria para uma prática restrita – assim pensava-se – e mesmo obscura, inventada por gays na California.

 

As regras do jogo eram claras: uma básica orgia, onde participantes se "pegam" sem camisinha. O detalhe macabro é o fato de um ou outro adepto da festinha ser portador do vírus da AIDS e indivíduos sadios se relacionarem conscientes disso. A finalidade do bare é a adrenalina causada pela possibilidade de ser infectado pelo vírus. Um mimo...

 

Tal prática tem sido recebida com entusiasmo por alguns aqui no Brasil, não somente gays. O desbunde é total e maluco vai para essas festas disposto a ser convertido, ou seja, infectado pelo vírus. Veem como possibilidade de libertação e de viverem mais intensamente, sem a obrigação de se precaver contra a doença.

 

Apesar de não muito estudado no país, alguns especialistas arriscam especulações para a motivação da prática do bare. Uns acham ser uma escolha movida por desequilíbrios emocionais; outros, uma escolha motivada tanto pelo desejo de se alcançar o prazer sem amarras, bem como crer que com os medicamentos atuais a vivência com o vírus pode ser bem administrada.

 

Eu vejo como uma opção beirando à insanidade e à irresponsabilidade. Afinal, muitos dos adeptos por ventura infectados apelarão à saúde pública, jogando o ônus para cima da sociedade por causa de uma escolha imbecil de se alcançar o prazer. Ora, se decidem viver dessa ou daquela maneira, não me cabe censurar – mesmo não compreendendo certas opções. Mas fazer com que toda a sociedade suporte o peso consequente de atitudes doidivanas – para ser gentil – definitivamente não me agrada.

 

Também esta semana, mas precisamente ontem, vi no programa Superpop, comandado pela "Ratinho" de saias, Luciana Gimenez, a acusação de um ator de filmes pornôs gays sobre exames falsos apresentados às produtoras. Segundo o ator, Alexandre Senna, a realidade do mundo pornográfico no Brasil é bem menos gozada, por assim dizer, que aquela apresentada nos vídeos. Foi muito contestado pelas atrizes e um ator presente no programa. De qualquer forma serve de alerta para a moçada que cai na gandaia frente às câmeras sem preocupar-se com a proteção.

 

Por outro lado, o Senna parecia estar mais preocupado em aparecer do que fazer uma denúncia séria. Já participou do programa em outra oportunidade para falar de seu drama (?) de ser um ex-evangélico que partiu para o mundo pornô gay por causa da grana curta – e escolha da esposa. Se gaba de ter tomado dois "pepinos de carne", de mais de vinte cm cada, reto adentro e ao mesmo tempo! Além disso, detêm o recorde (!) de sentador em cones. Um mimo...

 

Pois é, assim caminha a humanidade. Entre bombas, ódios, hedonismo rasteiro e cones.



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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Por um ano menos...

Mais um início de ano e espero que seja um ano de menos. Sim, como a propaganda, um ano de menos tensão, urgência, cobrança, violência e similares. Numa sociedade onde tudo parece necessitar de pressa, espero encontrarmos menos trabalho e mais tempo para nos dedicarmos ao que proporciona prazer – de forma equilibrada; o "bom" hedonismo.

 

Entramos o ano – e finalizamos 2008 – não muito bem. O eterno conflito entre Israel e Palestina permanece, segue fazendo vítimas, escravas tanto quanto seus agressores de tradições e uma religiosidade que mais parece estar próxima do ódio do que do amor. Deus, se existe da forma como apregoam por aí, assiste a tudo impassível, apenas esperando o momento de "retornar" em seu filho, Cristo, para cobrar pelos espetáculos de horror montado por seus filhos fiéis ou desgarrados.

 

Ah, o amor! Esse tenho certeza de sua existência e sinto-o tão distante da humanidade. Parece faltar amor-próprio entre nós. Arvoramos amar o próximo, amar os animais, a deuses, mas creio estar faltando amor a si mesmo. Pois  só aprendendo a respeitar a si mesmo poderemos realmente entender o quanto é valioso o amor – em nós mesmos e nos outros, para os outros.

 

Por um 2009 com menos amor a esse ou aquele e mais amor a si próprio, como princípio do amor universal.



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