quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Estado não faz, moradores tomam atitude e ainda são ameaçados de penalização!

Quando falo que isto aqui está para tornar-se hospício, ninguém crê. Um fato ocorrido nessa semana ilustra bem como as coisas estão fora de ordem.

 

Numa das principais entradas para a capital do nosso Estado, Vitória, não existe sinalização das vias, mais precisamente faixa para pedestre. Foi sumindo com o tempo e conforme a burocratização da máquina governamental do município, os responsáveis pela pintura da faixa nunca chegavam no local.

 

Os moradores do bairro, Ilha do Príncipe, resolveram tomar uma atitude: pintaram eles mesmos o trecho, pois estavam expostos aos erros dos motoristas ocasionados pela falta de sinalização. Repórteres foram ao local saber a opinião de quem sempre trafega pelo trecho. Aprovaram, mesmo sabendo ser a medida ilegal.

 

Foram ouvir também o secretário municipal de Infra-estrutura Urbana, Alex Mariano, que apresentou sua versão dos fatos: existe um cronograma – em atraso – para pintura das vias. Aparentemente contrariado disse:

 

"Isso não pode se repetir, porque pode virar uma baderna que prejudicará a população. Acidentes que venham a ocorrer por causa da sinalização em cima da faixa improvisada, é de responsabilidade do pintor, que responderá pelo ato".

 

Alega o secretário que tal ato pode gerar "insegurança e transtornos" para a população. Mais: foi todo serelepe para a delegacia registrar queixa. Deu com os burros n'água. Tal qual um peru tonto, disse não saber a qual delegacia dirigir-se, porém faria o tal boletim de ocorrência.

 

Pelo enredo da história, vê-se que o secretário parece não saber ao certo para onde ir. Estaria ele também precisando de uma ajuda dos moradores da Ilha para saber qual direção seguir?



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Para onde vai o mundo?

As coisas sucedem-se de forma espetacular e bestificante nos dias atuais. Tecnologia, economias, comportamento, tudo numa espiral – ou deveria dizer num turbilhão? – constante e absurda. O mundo moderno exige tanto de nós, que é possível "empacotarmos" e ainda ficarmos a dever o cumprimento de algumas exigências.

 

Talvez algumas vidas a mais para viver ou uns 500, 700 anos de existência seriam suficientes para alcançar as "metas" impostas por nosso mundinho "pós-muderno" – ou então condenados a viver como Sísifo: quando se pensa que chegou ao fim da missão, recomeça tudo de novo.

 

Mas não é que em meio à tanta loucura ainda surge maluco com tempo para sandices sem precedentes? Tome-se por exemplo o político norte-americano dos EUA que resolveu processar Deus por atos terroristas contra nós, humanos, a saber: desastres naturais, defeitos congênitos, guerras genocidas, entre outras. Na realidade, o ato do senador, segundo o mesmo, foi de protesto, haja vista a justiça americana aceitar as mais diversas ações fúteis.

 

Pode até ser plausível o tal protesto do político. Mas a essência de seu ato não é original. Em 2005 um romeno resolveu também processar o todo poderoso por falhar com sua responsabilidade de tutor supremo e deixá-lo ser aliciado pelo diabo – o que acabou ocasionando em sua prisão.

 

Em ambos os casos os processos foram arquivados pois a justiça alegou não ser possível convocar o Homem para depor...

 

Talvez os tribunais romeno e norte-americano estejam vicejando de pessoal e com tempo de sobra para ao menos acatar pedidos de tal natureza. Quer dizer, não se pode falar muito. Afinal por aqui, igualmente, existem algumas ações na justiça dignas de meu compêndio de bizarrices que publicarei em algum lugar do futuro – se me sobrar tempo.

 



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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Por que eu, flamenguista, não desejo a queda do Vasco

Os amigos, quando ouvem de súbito tal idéia, ficam loucos: "endoidou?" Não e explico o motivo dessa minha vontade em não ver um dos principais inimigos do Mengão ladeira abaixo no próximo ano. Ele atende pelo nome de Eurico Miranda.

 

Nunca gostei do presidente vascaíno e não é pelo simples fato de ele ser bacalhau. Trata-se de uma questão de postura ou mesmo moral. Ele simplesmente não presta ao futebol – engana-se quem crê num mal proporcionado por esse cidadão somente ao Vasco. Representa os piores momentos deste esporte amado por multidões. É um elemento arrivista e deu diversas mostras de mau-caratismo. Um retrocesso.

 

Quando fiquei sabendo de sua queda e a ascensão de Roberto Dinamite ao posto máximo no clube vascaíno, não pude deixar de sentir um certo alívio. "Essa praga está morta, ao menos fora do comando do futebol", pensei. No entanto, calhou do time bacalhau mostrar toda a sua ruindade a ponto de ir para a 2ª divisão justamente sob a direção de Dinamite. Aí a praga já se assanha e ameaça ressurgir do esgoto.

 

A última dele, demonstrando a essência de seus atos, foi ameaçar o atual presidente do clube por um programa de rádio. Mandou na lata: "eu vou acabar com você". Deporá em breve para explicar sua atitude insana.

 

É por isso que entendo ser interessante o vasquinho continuar na 1ª. Cair somente abriria a possibilidade desse nefasto personagem voltar à presidência do Vasco e, consequentemente, ter holofotes a todo instante à disposição.

 

Ademais é bom ter o bacalhau na 1ª pois nada como poder diverti-se com suas trapalhadas em campo, além de podermos continuar batendo neles no Brasilieirão.  



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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O problema do proselitismo

Não gosto de militância. Talvez seja o estilo adotado por qualquer militante, o religioso fundamentalista. Quando se adota tal posição, invariavelmente se descamba para a intransigência, além de se equivocar em suas próprias tomadas de posição. Reivindicar o justo é direito e deve ser feito. No entanto, quando se apega a certas idéias de maneira inflexível, isto pode torna-se um grande problema.

 

Entre minhas leituras diárias, está o blog de Reinaldo Azevedo. Odiado pela esquerda proselitista, ele é um cara capaz de despertar paixões à esquerda ou à direita. Seu livro, "O país dos petralhas", é um dos mais vendidos no momento, apenas pouco mais de um mês de seu lançamento. Apesar de seu conservadorismo em excesso, curto o estilo de combate intelectual do Reinaldo. Costuma ser bem consistente, na maioria das vezes até mais que muito dito intelectual profissional-acadêmico, digamos assim.

 

Contudo, por ser apegado a certas posições de forma intransigente, até mesmo Reinaldo comete erros. Nesse caso da greve dos policiais civis em São Paulo, ele evidencia suas contradições. O conservador sempre se diz um defensor inegociável da lei. Porém, quando a lei vai contra seus princípios conservadores, passa a ser mal vista, como é o caso da legislação que permite greve ao trabalhador da área pública.

 

Fico a pensar: será que Reinaldo apoiaria um movimento pela mudança ou mesmo o fim da lei que defende a greve ao funcionalismo público? Mas aí ele abriria espaço para as reivindicações de alguns progressistas que tanto divergem da lei e lutam por mudanças na mesma, algo combatido pelo articulista.

 

Radicalismo é um mal em si. Defender princípios é válido. Fazê-lo a qualquer custo pode lhe custar a coerência.


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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Os buracos da Carlos Lindenberg e minhas canelas: tudo a ver?

Tomei gosto pelas corridas. Apesar de toda a dificuldade imposta pelo ambiente criado – má iluminação, ar poluído e buracos abertos pela prefeitura de meu município –, é uma atividade empolgante e com retorno garantido, seja a busca pela perda de peso, melhorar condicionamento físico, aumentar a resistência física, enfim, são inúmeras as vantagens.

 

No entanto, tenho tido um obstáculo preocupante: dores na canela insistentes. Não se trata de dor crônica, mas ela surge sempre após os treinos em meio aos escombros promovidos pela prefeitura. E se eu não tomar cuidado, vou para o estaleiro. Isso muito me deixa indignado.

 

Caso aconteça, mandarei a conta para o prefeito, por ser ele responsável por uma reforma desordenada e eleitoreira – o que nada adiantou, haja vista o candidato apoiado por ele ter ficado para trás.

 

Até já tinha escrito sobre a situação da avenida Carlos Lindenberg logo quando voltei a correr, no final de julho deste ano. No jornal A Tribuna de ontem foi publicada uma matéria acerca do caos reinante na avenida. Comerciantes e cidadãos reclamam de tudo quanto é forma. O prefeito responde: "não há como fazer ovos sem quebrar a casca" (sic). Ok, porém ao menos se espera manter ordem na cozinha. E isso a equipe responsável pelas obras da Carlos Lindenberg não mostra-se capaz. É mau cheiro, buraco causando acidentes no trânsito e a população quase impedida de transitar pela área.

 

O mais novo presente do prefeito para a avenida será um buraco de 600 metros de extensão, por 3,5 de largura e 1,5 de profundidade, passando por ela. Um mimo!

 

Ainda segundo informado pelo prefeito, a previsão para o final das obras é abril/2009. Podemos aguardar mais tempo...



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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Eleições, mercados em polvorosa, monografia e exercícios

Estou até me virando bem sem internet em casa. Faço meus acessos do trabalho, ainda que de forma superficial ao extremo, e me sobra o tempo necessário para as leituras visando minha monografia. Aguardo, ansiosamente, poder iniciar os trabalhos escritos a partir do mês de novembro e depois de pronta, me valer de todo o material usado para lançar alguns artigos sobre a cultura punk na rede. Informações riquíssimas é o que não faltará.

 

E os mercados continuam a assistir o derretimento de suas bases de gelo sob calor tropical. Notícias tensas pululam a todo instantes. Bancos estatizados, governo lançando dinheiro na praça para evitar quebradeiras que atingiriam mortalmente aos meros mortais e a nuvem negra continua carregada. Tomara a tempestade não cair torrencialmente. Aí, todo mundo se estropia.

 

Já as eleições municipais Brasil afora aconteceram com algumas surpresas para os institutos de pesquisa. Em São Paulo, por exemplo, dona Marta Suplicy acabou ficando em segundo, quando a projeção era o primeiro lugar. O prefeito Gilberto Kassab, o dos gritos e expulsão quando questionado por cidadãos, começa o 2º turno como vencedor e uma aprovação de mais de 60% pelos paulistas da capital, além de ter 17 pontos de vantagem frente à Marta nas pesquisas.

 

Por aqui, em meu município de Vila Velha, terei de enfrentar o 2º turno. Que fastio...

 

Bom mesmo está sendo minha corrida à noite – apesar do ar carregadíssimo da rodovia Carlos Lindemberg e umas malditas dores na canela, além da inconstância do clima. Aliada aos treinos de kickboxing duas vezes na semana e uma alimentação, na medida do possível, balanceada, estou perdendo uns bons quilos. E ainda faltam o jiu-jitsu e a malhação. É a guerra contra a pança e o estresse diário – promovidos pela vida moderna, mercados tresloucados e políticos enfadonhos!



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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Eleições municipais em Vila Velha/ES: uma esbórnia só!

Segundo resolução do TSE nº 22.718, é preciso zelo para falar sobre os candidatos na internet para não haver favorecimento deste ou daquele. Bem, no meu caso, estou a salvo. Vou é falar mal de todos que disputam a prefeitura de meu município, Vila Velha.

 

Definitivamente, não devemos aguardar nada de novo na política brasileira por enquanto. É tudo mesma coisa sempre. As propagandas dos candidatos a vereador é uma excrescência só. Já passou da hora de se repensar o formato de exposição das propostas dos pleiteantes a cargos para o legislativo. É impossível alguém fazer escolhas para vereadores ou deputados ante as propagandas atuais. Servem apenas para divertimento ou aborrecimento, de acordo com o gosto do cliente.

 

Quanto aos candidatos a prefeito por aqui, estão promovendo um espetáculo bizarro. Para tentar desbancar os dois favoritos na pesquisa, tivemos uma aliança esdrúxula entre socialistas, esquerdistas light, populistas rasteiros e aqueles que nadam para onde a maré leva. Dos líderes nas pesquisas, também não há muito por esperar: um promete tanto que será preciso uns 30 anos, no mínimo para a realização de seus "projetos". O outro é uma incógnita política, com a única certeza de não oferecer nada de novo para a administração pública.

 

Diante desse quadro, só me resta pensar: votar ou não votar?, eis a questão.



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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Reformando “noça lingua”

O presidente Lula assinou essa semana o decreto da reforma oficial da língua portuguesa. Ainda que soe como um sinal dos tempos para alguns críticos mordazes – "tinha que ser Lula, analfabeto, simplificando a gramática" –, a verdade é bem outra.

 

Primeiro, a reforma é uma convenção entre países de mesma língua, discutida por uma plêiade – uau! – de pensantes das letras há mais de uma década. Segundo que mesmo abolindo hífens e tremas, no caso dos primeiros isso não acontece plenamente e ainda o enfiam em algumas outras palavras mais, tal como microondas – passará a ser micro-ondas.

 

Existem outras alterações capazes de gerar mais confusão do que facilitação. Para mim, hífen e trema têm mais que ir para o espaço. Não se trata de apoiar qualquer mecanismo de simplificação de nossa língua, como por exemplo o minimalismo grotesco reinante nas conversas via internet, que enche os olhos até mesmo de alguns "mestres" das letras.

 

No entanto, algumas modificações devem ser bem vindas, haja vista a torrencial chuva de regras que afoga desde o mais simples cidadão bem como intelectuais, docentes universitários e jornalistas. Coisa de louco.

 

A propósito, Monteiro Lobato, um dos grandes escritores brasileiros, era avesso a complicações na língua portuguesa. Logo na abertura de sua obra "Cidades Mortas" é apresentada uma "Ligeira nota sobre a ortografia de Monteiro Lobato", onde o homem desanca uma tal regra de acentuação via lei, de sua época. Lobato era favorável a lei do menor esforço para as línguas. De certa forma, tinha muita razão.

 

Agora, uma coisa acabou esquecida em toda essa história foi a famigerada crase. Êta maldito acento resultante da contração "aa" que me enche o saco. Deveriam ter enviado o infeliz pros quintos também.



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